Notícias de Chiapas 06/12/2013

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Coruja Vermelha

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Dec 6, 2013, 1:22:06 PM12/6/13
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CRESCE A TENSÃO ENTRE OS DESALOJADOS DO EJIDO PUEBLA.
Hermann Bellinghausen. La Jornada 05/12/2013.


Acteal, Chiapas, 04 de dezembro. Os desalojados do ejido Puebla, no
município de Chenalhó, saíram de suas casas fugindo das mentiras
forjadas contra eles e que têm promovido ações violentas e ameaças de
morte, a partir de uma suposta disputa religiosa entre católicos e
presbiterianos por um terreno de propriedade comprovada do grupo que é
sim católico, mas que inclui também ejidatários do lugar. Agressões
torturas, sequestros, apedrejamentos, desapropriações, queima de
casas.
Posta em marcha em 29 de abril, a máquina de mentiras divulgou, entre
outras coisas, um envenenamento de água em agosto, acusando os
desalojados. Isso gerou pânico entre os oficialistas e, em seguida,
provou-se ser falsas segundo as autoridades sanitárias, que até o
momento não divulgaram o seu laudo.
Nicolás Arias Cruz, em nome dos refugiados, falou ao La Jornada que o
governo do Estado “não tem o compromisso de fazer justiça”, e, pelo
contrário, “quis nos obrigar a calar e a não fazer denúncias públicas,
e a assinar documentos com as versões falsas dos priistas” (refere-se
ao grupo do pastor e do comissário ejidal Agustín Cruz Gómez, de
velhos e conhecidos vínculos com os paramilitares que perpetraram o
massacre de Acteal em 22 de dezembro de 1997).
As tentativas de diálogo têm fracassado, apesar da mediação da
Secretaria de Governo, inclusive através de seu próprio titular,
Eduardo Ramirez Aguilar. Hoje vai haver uma reunião com a Secretaria
de Assuntos Religiosos em Chenalhó.
Em Acteal, continuam refugiadas 17 famílias tzotziles: 98 pessoas, 40
delas menores de idade. A maioria da organização Las Abejas. Já nasceu
um bebê “no exílio”. Curiosamente, duas famílias são do Partido
Revolucionário Institucional, não são católicas e sim batistas. Devem
se somar outras duas, bases de apoio zapatistas, atualmente acolhidas
pelo município autônomo de Polhó. Assim, não parece se tratar de um
verdadeiro problema religioso, nem de filiação política. A julgar dos
seus efeitos, poderia se tratar da tentativa de ceder um terreno ao
mencionado grupo de origem paramilitar, que unido à comunidade Los
Chorros, recuperaria um enclave estratégico que dominou em 1997, e foi
então solapado pelo Exército federal.
Cinco dessas famílias abandonaram Puebla há mais de quatro meses.
Todas elas moram há três meses e meio, em cabanas, nas proximidades de
Acteal, onde 16 anos atrás ocorreu o conhecido massacre e hoje é
santuário, mausoléu, acampamento e sede de Las Abejas.


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feitos através do site:
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