Notícias de Chiapas 25/07/2013

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Coruja Vermelha

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Jul 25, 2013, 12:53:35 PM7/25/13
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LIBERTAM TRÊS INDÍGENAS ACUSADOS DE ENVENENAR A ÁGUA NO EJIDO PUEBLA.
Hermann Bellinghausen. La Jornada 25/07/2013.


Na noite de terça, foram colocados em liberdade os três indígenas do
ejido Puebla, dois deles zapatistas, que permaneciam na Procuradoria
Indígena de San Cristóbal de las Casas desde o final de semana.
Trata-se de Mariano Méndez Méndez, Luciano Méndez Hernández e Juan
López Santiz.
Pouco antes, a Junta de Bom Governo (JBG) Coração Concêntrico dos
Zapatistas Dante do Mundo, com sede no caracol de Oventik, em Los
Altos de Chiapas, havia denunciado a violência contra as bases de
apoio zapatistas e católicos de dito ejido, no município autônomo San
Pedro Polhó (San Pedro Chenalhó, pela denominação oficial).
Responsabilizou os “partidários” do PRI e do PRD “que há tempo vem
prejudicando nossos companheiros bases de apoio”, e, já em 2012, lhes
cortaram o fornecimento de energia.
“Onde está a tranquilidade que tanto anunciam os três níveis dos maus
governos? Onde está a paz? Chega de tantas falsidades”. A Junta
zapatista exigiu também “o fim das hostilidades e ameaças de morte por
parte do comissariado ejidal, de outras autoridades comunitárias e dos
integrantes da igreja evangélica do ejido”.
O governo autônomo zapatista identificou os agressores e acusadores:
“Os que fizeram estas barbaridades se chamam Germán Gutiérrez Arias,
Austin Cruz Gómez (comissariado ejidal), Diego Hernández López,
Nicolas Sántiz Arias e Agustín Méndez López”. Também estavam presentes
Calixto e Benjamin Cruz Gómez, filhos do comissariado Cruz Gómez.
“Esta Junta tem em seus conhecimentos que o problema começou por
motivos religiosos com católicos e não católicos. No dia 20 de julho,
a autoridade do ejido Puebla inventa problemas ao anunciar em seu
sistema de som que o tanque de água ‘está envenenado’, sem dizer quem
foi”, recapitula.
“Ao ouvir isso, nossos companheiros Mariano e seus filhos Luciano e
Mauricio Méndez Hernández, foram ver o seu tanque que mantêm separado
a cerca de 50 metros daquele dos oficialistas. Minutos depois,
chegaram os partidários e, sem dar tempo para nada, o comissariado
procede à detê-los, culpando-os de envenenar a água”.
Mariano Méndez e seu filho foram detidos e amarrados. “Mariano está
ferido no ombro e tem um braço imobilizado”, relata a JBG. Além disso,
os oficialistas “foram deter Juan López Sántiz na sua casa, acusando-o
também de participar”. Sua detenção foi “sem nenhum delito, só com
simples falsidades”.
No momento dos acontecimentos, Rosa Hernández Méndez, esposa de
Mariano, “foi ver o que estava acontecendo, mas acabou golpeada no
rosto; rasgaram-lhe a blusa e foi puxada pelos cabelos pelos
oficialistas, enquanto seu esposo e seu filho [estavam] amarrados
pelas mãos e pelo pescoço e imobilizados num poste da quadra de
basquete”, prestes a serem queimados com gasolina.
“Ao fazer a investigação, as autoridades do ejido Puebla não
permitiram tirar amostras da água. Isso prova a grande falsidade. Tudo
isso é apoiado pelos três níveis dos maus governos”, afirma a JBG.
“Não permitiram aos defensores dos direitos humanos que vissem nossos
companheiros porque não querem que se veja e se confirme seu estado de
saúde e os golpes recebidos. Por estar presente, o ministério público
se torna cúmplice”.
“Aparentemente, o problema diz respeito à construção da capela, na
realidade é um ataque contra as bases de apoio zapatistas e seus
simpatizantes que há anos também são vítimas de ameaças,
desalojamentos e outras barbaridades de paramilitares, autoridades
comunitárias, municipais, estaduais e federais. As instituições de
justiça do mau governo não têm feito absolutamente nada, a não ser
prender nossos companheiros sem prova alguma, pelo único delito de
serem zapatistas e de organizarem sua vida de maneira autônoma”,
aponta a JBG.
“Governos, juízes e ministérios são especialistas em fabricar crimes
contra pessoas inocentes e nunca em aplicar a justiça, assim como têm
feito todas as vezes e têm demonstrado em todo o nosso estado e país,
que não deixam de cometer tantas injustiças contra nossos povos,
contra pessoas inocentes...”.

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