Notícias de Chiapas 28/10/2013

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Coruja Vermelha

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Oct 28, 2013, 12:57:40 PM10/28/13
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O ÚNICO CRIME DE PATISHTÁN: DENUNCIAR GRANDES INJUSTIÇAS.
Emil Olivares Alonso. La Jornada, 28/10/2013.


O único crime pelo qual Alberto Patishtán Gómez está preso e foi
condenado a 60 anos de prisão é o ativismo que realizou diante das
injustiças contra uma parte dos habitantes do município de El Bosque,
Chiapas, afirmou o professor desta comunidade, Martín Ramírez López.
Durante o ato político e cultural ‘Educar para ser livres’,
organizado pela Coordenação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE) em apoio a Patishtán -que ocorreu ontem a noite num plantão que
o magistério dissidente mantém no monumento à Revolução-, Ramírez
López apontou que o caso do professor tzotzil preso há 13 anos “por um
crime que não cometeu” deve ser divulgado sem cessar para que cresça a
pressão por sua liberdade.
Lembro que Patishtán Gómez era uma das pessoas mais preocupadas pela
situação de desigualdade que havia em seu município. “Ele denunciou
grandes injustiças em El Bosque”, organizou a comunidade para chamar a
atenção das autoridades estaduais e municipais a esclarecer a morte de
alguns moradores e até se arriscou a pedir a destituição do então
prefeito (no ano de 2000), Manuel Gómez.
Ramírez López colocou que as atividades de Patishtán foram justamente
as que o transformaram num homem “incômodo” para as autoridades, e se
aproveitou do fato de que houve uma emboscada contra vários policiais
na qual morreram sete, para acusar o educador indígena. Contrariando o
que o município pensou, o povo se organizou para pedir a liberdade do
professor e realizaram um plantão permanente diante das dependências
da prefeitura, “foi então que o governo estadual, a cargo de Roberto
Albores Guillén, se comprometeu a fazer justiça, o que nunca ocorreu”.
O professor considerou que as mudanças no Código Penal Federal
realizadas semana passada pelo Senado para que o Congresso possa
solicitar o indulto em casos de injustiça como o de Patishtán, e que
foram remetidas à Câmara dos Deputados, são uma opção para sua
liberdade.
“Contudo, perdemos a confiança nas autoridades. Além disso, não
concordamos com o indulto porque o companheiro Patishtán não é culpado
e não tem porque ser perdoado. Ao contrário, quem tem que pedir perdão
é o outro lado: o prefeito, o juiz que o condenou, o Ministério
Público que fabricou as provas e todos os envolvidos em todos os
níveis de governo”.
Por sua vez, Héctor Patishtán, filho do professor tzotzil, disse que
ainda não se pode falar da liberdade de seu pai, pois, apesar do que
foi aprovado pelo Senado ser uma possibilidade, essas modificações têm
que ser ratificadas na outra câmara. “Meu pai acredita que é um
caminho, mas deve-se estudá-lo a fundo e, caso nos convenha, usá-lo”.

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podem ser feitos através do site:
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