A Palavra e o Psicanalista - Uma carta sempre chega ao seu destino?

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Caco Tirapani

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Nov 27, 2012, 1:09:49 PM11/27/12
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A PALAVRA E O PSICANALISTA: UMA INVENÇÃO FREUDIANA (ANO II) - última conferência de 2012

UMA CARTA SEMPRE CHEGA AO SEU DESTINO?
Conferência com Ana Laura Prates Pacheco, e mediação de Leandro Alves Rodrigues dos Santos

Dia 30 de novembro, sexta, das 20h às 22h
Local: Casa da Palavra - Praça do Carmo, 171, Centro - Santo André, SP
Informações: 4992-7218

Nossa convidada, Ana Laura Prates Pacheco enviou uma pequena prévia do encontro:

No Seminário dedicado ao conto ‘A Carta Roubada’, de Edgar Alain Poe, Lacan ensina que quando se trata do sujeito do inconsciente, do desejo e da falta, a carta (letra) – em sua eficácia simbólica – sempre chega a seu destino. Ora, se cabe ao Outro transmitir a castração, cabe ao sujeito, a resposta. Num primeiro momento, poderíamos afirmar que a resposta do sujeito à falta do Outro é a fantasia, que sustenta o sintoma enquanto metáfora. Mas Lacan avança do passo de sentido da metáfora ao sem sentido do gozo. Se a partir da letra (carta), enquanto distinta do significante, podemos escrever o discurso sem palavras, é porque há uma impossibilidade lógica do lado o pai. É lá onde o pai é um lugar “vazio e sem comunicação” (sem resposta) que ele exerce sua função de transmissão, não somente do sentido que insiste e consiste, mas, sobretudo de uma orientação que aponta para o real que ex-siste e para A mulher que não existe. É com essa carta na manga que se chega ao psicanalista, aquele cuja oferta cria a possibilidade inédita de um discurso que acolhendo a co-respondência entre o sujeito e o Outro permitirá, entretanto, a escrita de uma carta (letra) que não seja mais uma "roubada". Não é que Lacan alce o analista – como queria Derrida – no lugar do "carteiro da verdade". Longe disso! Se a resposta do analista – radicalmente original na civilização – resgata por um lado a correspondência extraviada entre o sujeito e o Outro, é tão somente para embaralhar suas letras esvaziando seu sentido. Lá onde não há carteiro da verdade há, entretanto algo que a letra/carta carrega: “A borda do furo no saber, não é isso que a letra desenha?”

Mais uma vez conto com a presença de todos!

Ana Laura Prates Pacheco é psicanalista (AME) da EPFCL-Brasil, doutora em Psicologia Clínica pelo IPUSP, pós-doutorada em Psicanálise na UERJ, coordenadora da Rede de Pesquisa de Psicanálise e Infância do FCL-SP, autora de Feminilidade e experiência psicanalítica (Hacker Editora) e De la fantasía de infancia a lo infantil de la fantasia (Letra Viva). Até recentemente foi diretora da EPFCL-Brasil.

Aberto ao público: com certificados de participação ou horas culturais aos interessados
VAGAS LIMITADAS


Cassiano Ricardo Tirapani
Coordenador - Casa da Palavra - 4992-7218
Praça do Carmo, 171, Santo André

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