Que beleza, Lucas! Fico muito feliz por você.
Olha, vou te dizer algumas coisas que nenhum instrutor diz, mas vão te valer muito:
A primeira delas é que guiar é absolutamente natural para o cão: ele quer te agradar, vai fazer o que puder para te ajudar. Quando se treina um cão para vir a ser guia a única coisa que se faz é dar um método para o que ele já nasceu sabendo fazer.
A outra coisa que você vai perceber é que quando seu guia chega ele é como um computador novinho com sistema operacional, alguns programas que todo mundo usa, tipo Office, mas quem vai arrumar o dito cujo para te ter a melhor serventia é você: você vai organizar as coisas, instalar mais alguma coisa bacana, claro, um outro leitor de telas além do Narrador, que já quebra bem o galho, enfim: o computador novo vem com o indispensável e você completa o serviço. O cão-guia é a mesma coisa: ele vem com o manual de instruções básico, mas você e ele passam a formar uma dupla que vai aprender junto, evoluir junto. Mais ou menos durante o primeiro ano de dupla é o período de ajustes, mas a dupla não para de evoluir, não importa o tempo de convivência, de perfeito entrosamento: você não vai nunca deixar de se surpreender em algum momento com o que vocês podem conseguir juntos.
Outra coisa que fica cá entre nós: instrutor é isso: um instrutor como instrutor de auto-escola: não é nenhum ser iluminado, não é dono da verdade, é apenas uma pessoa comum que, se Deus quiser, faz bem seu trabalho. Não precisa seguir a risca as instruções; no início, sim, é de bom-senso, mas você vai ver que pode criar novos comandos, dar uma folga aqui, apertar um pouco ali, enfim, ajustar ao ponto melhor possível para a dupla vir a ser feliz por muito tempo.
Aprenda o o mais que puder, sinta o que ele te informa, aprenda a linguagem dele o que não é difícil: você já faz isso com seu outro cachorrinho. Cão-guia, em primeiro lugar, é um cão normal, merece brincar, se divertir, ser cachorro o mais que puder porque, quando ele guia vira profissional, um trabalhador. Assim como as pessoas, que trabalham precisam de laser, relaxamento, descanso, carinho.
Vai dar tudo certo! Desde já vai meu carinho para o Rumble e um abraço para você,
Regina.
M. Regina M. de Carvalho e Silva
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Lucas,
Aos poucos você vai conseguir perceber a maior liberdade que caminhar com o cão traz. Não passei por esse tipo de adaptação porque nunca usei bengala: fui direto para o cão-guia, mas, se ele vai aprender a confiar em você, você vai aprender a confiar nele e, confiando no cão, você vai perceber a diferença de liberdade dos movimentos. Mas há outro aspecto que acho até mais relevante do que aprender a caminhar com cão-guia com desenvoltura: a incrível inclusão social que a presença do cão traz: você nunca mais vai entrar em uma reunião e ficar de lado, sem saber quem está ao seu lado, o que se passa em volta: todo mundo vem se apresentar, conversar, oferece ajuda; nunca mais vai entrar em uma loja, restaurante, serviço de saúde, e sentir que as pessoas passam por você e você fica perdido. Andar na rua sem que ninguém fale com você, nunca mais! Seu cão passa a ser o protagonista, você é coadjuvante e lucra muito com isso! Mas tem os chatos no caminho: os que te pegam pelo braço querendo levar para um trajeto diferente do que o cão quer e o cão sabe o que está fazendo, o chato não sabe. E tem o pior tipo de chato, o chato perigoso, o chato que pega no arreio do cão e te quer puxar; o mínimo, nessa hora, é gritar: LARGA!!!; às vezes é até necessário alguma atitude mais enérgica, mas, isso, aos poucos está mudando porque as pessoas estão mais acostumadas com os cães-guias. Eles continuam atraentes, chamam atenção, mas para o bem. Pessoalmente, acho que a inclusão social que o cão-guia traz é até mais relevante do que a ajuda ao caminhar.
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Lucas, que ótimo saber que o treinamento com seu amigo de 4 patas já se iniciou, e que você parece bastante feliz!
No que tange às dúvidas, medos e incertezas, como Regina bem disse, isso é normal, ainda mais quando estamos treinando com o nosso primeiro cão-guia.
Devo dizer-lhe que, embora pareça estranho, ter um 2º cão-guia é mais desafiador do que o primeiro. Talvez porque vamos com certa cede ao pote, achamos que nossa experiência nos ajudará na criação de vínculo com o novo cão, mas, ledo engano: é quase como se nunca tivéssemos tido cão-guia na vida! Soma-se a isso o fato de que ainda estamos muito acostumados com o primeiro cão, e temos a tendência, embora inconsciente, de que o novo cão fará coisas semelhantes às que o anterior fazia e, mais uma vez, ledo engano. É preciso parar, respirar, entender que aquele é um novo ser, com suas personalidade e suas maneiras de se comunicar.
O importante é que, ao final de alguns meses, você e seu cão estarão perfeitamente sincronizados e desbravando as ruas, não só da cidade em que residem, mas de outros locais, inclusive desconhecidos.
Boa sorte e vá nos contando as novidades.
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Oi Lucas,
e por falar em segundo, terceiro guia, como estão suas meninas, a Arya e a Jackie? Já vai um carinho para cada uma delas.
Abraço,
From: caes...@googlegroups.com <caes...@googlegroups.com> On Behalf Of Lucas de Abreu Maia
Sent: Wednesday, September 25, 2024 6:02 PM
To: caes...@googlegroups.com
Subject: Re: O Rumble chegou!
Lucas,
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E você consegue dar uma voltinha, aí perto, só na frente da sua residência, por exemplo? Você tem parque perto onde possa levar as meninas? Eu resolvi aposentar meu Merlin, embora ele fosse bem jovem, ainda, porque, ao mostrar o arreio ele se virava de costas, mostrando que não queria guiar; Muito de vez em quando ele, já bem mais velho, enfiava a cabeça no arreio e algumas dessas vezes eu o levei para o trabalho onde ele não precisava se esforçar. Mas aposentar um guia é sempre um trauma e uma guia como a Jackie, então, bem tenho idéia da dor no coração... O importante é que ela está aí com você.
Vai um carinho para essa senhorinha e para a jovem Árya também.
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Parabéns, Lucas, pela coragem de entrar num novo mundo: o dos cães-guia!
Vai ser difícil como é qualquer coisa de novo que entra na nossa vida. Depois, vai-se adaptar e adorar. Nada é perfeito, mas ter um cão-guia equivale a ter mais segurança e tranquilidade nas deslocações do que em relação à bengala, acho eu. Força aí e vá perguntando coisas que nós tentamos ajudar! Eu vou no 3.º cão-guia (a minha atual é a June, menina já com 10 anos), mas aqui há utilizadores bem mais experientes do que eu.
Um abraço,
Mariana Rocha
De: caes...@googlegroups.com <caes...@googlegroups.com> Em Nome De Lucas Antonio
Enviada: 24 de setembro de 2024 09:25
Para: caes...@googlegroups.com; ondaslivrescas <ondasli...@googlegroups.com>
Assunto: O Rumble chegou!
Olá, amigos. Minha vontade era escrever um texto longo, detalhado, daqueles que, há tantos anos, escrevia nas Ondas Livrescas e, com algum talento, conseguia prender o leitor nos pobres enredos urbanos que tão bem conhecia e dos quais, ainda hoje, tanto gosto. Testei várias frases; por onde começar? Quando as emoções estão recentes, escrever é um desafio ainda maior do que parece.
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No dia 1 de out. de 2024, às 11:22 PM, Mariana Rocha <mariana...@gmail.com> escreveu:
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dia 27 de set. de 2024, às 9:20 AM, Lucas de Abreu Maia <labre...@gmail.com> escreveu:
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Aposentei meu Merlin aos poucos, também; nos dias em que ele virava as costas para o arreio eu ia com o Ascheley;nos dias em que ele enfiava a cabeça no arreio abanando o rabo, ia com ele; assim foi até que ele não quis mais ir e, pouco antes de morrer, já doente, pediu para guiar: fomos ao hospital, ele recebeu muitas festas e carinhos, mas foi só uma despedida...
Para ver esta conversa, acesse https://groups.google.com/d/msgid/caes-guia/95911F3A-8D28-481E-8A43-10307D553B84%40gmail.com.
Fique de olho, Lucas, porque ele pode mesmo ter comido alguma coisa, tipo osso de galinha, sei lá... às vezes não parece nos meios de diagnóstico mais comuns, mas, se hoje ele tiver qualquer comportamento estranho, leve ao veterinário,exames de imagem podem ser necessários...
Para ver esta conversa, acesse https://groups.google.com/d/msgid/caes-guia/CAJPu75Bypibr%2Bjn3Wcd8Ub2R%2BJeEfy%2B7xJgAiHrZuDM1N2NdHA%40mail.gmail.com.
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Alguns cães são sensíveis às irritações gástricas, gastrites; meu Merlin era assim. Meu Ascheley, certa vez, apresentou algo semelhante a seu Rumble e teve dois episódios de evacuação pastosa, mais amolecida do que o normal. A veterinária me disse que o pai dele teve algo semelhante e eles conviviam bastante no Petshop da dona do Buck, pai do Ascheley. Na ocasião, já há anos atrás, ela recomendou um medicamento, na época só para uso veterinário, à base do Sucralfato. Essa molécula forma um filme protetor sobre a mucosa gástrica, muito eficiente e, em cães sujeitos a gastrites, vômitos, funciona muito bem como proteção. Atualmente é usado como medicamento para humanos também. O nome de referência é Sucrafilm e tem algumas apresentações interessantes, flaconetes, por exemplo, que se põe no fundo da garganta do cão, em geral uma vez ao dia, depois até pode manter em em espaços maiores. Pergunte à sua veterinária o que ela acha. Eu gostei, foi muito eficiente.
Ooutra coisa: peça para quem estiver com você qual o aspecto das fezes dele; se houver modificação para mais mole do que o normal, pode fazer parte do quadro, mas, por favor, peça que percebam se houver qualquer traço de sangue ou fios escuros, pretos mesmo, ou qualquer outro sinal de coisa que não deveria estar ali. Cães comem qualquer coisa; o diretor do PetCare, o Dr. Marcelo, que conheço e respeito há muitos anos, me contou que já tirou do intestino de cães coisas como meias, bola de tênis, pedaços de brinquedos, os para cães, inclusive, caroços e frutas, palitos de churrasco, super perigosos, hashi, de comida japonesa, enfim, qualquer coisa entra pela boca do cão e, muitas vezes, fica lá retido. O primeiro guia da Mariana quase morreu duas vezes, uma por ter engolido um caroço de manga, outra vez por ter engolido um espetinho de churrasco; o Júnior teve que ser operado das duas vezes, saiu bem, mas por pouco. Viveu muito bem até idade avançada, acho que 14 ou 15 anos com a família que o acolheu na velhice porque a mariana não podia mais oferecer tudo o que seu adorado Júnior merecia. O Júnior foi um guia espetacular, viveu muitos anos, uma dupla fantástica.
Mas preste atenção porque cães são naturalmente estóicos, não demonstram dor, mal-estar; quando demonstram é para ir atrás do motivo, sempre.
Para ver esta conversa, acesse https://groups.google.com/d/msgid/caes-guia/CAJPu75AjfXsuHmS0t_8QB-i_4rKDDuskUVG50ZvbrDi8%2BRxNmA%40mail.gmail.com.