Era uma vez um urso que estava à beira de uma grande floresta, olhando fixamente para o céu. Lá bem no alto, um bando de gansos voava em direção ao Sul. O urso sabia
que o inverno chegaria em breve e que ele deveria procurar uma caverna para hibernar. E foi exatamente o que ele fez. O que ele não contava era que, durante aquele inverno, uma fábrica seria construída bem em cima da caverna que ele havia escolhido. Com a
chegada da primavera, o urso desperta, mas não consegue acreditar que não está mais sonhando: o capataz insiste que ele volte imediatamente ao trabalho – afinal de contas, ele não é um urso. Como provará para os patrões da fábrica (e para si mesmo) que ele
é um urso?
Para quem acha que não conhece o autor deste livro, basta pensar nos clássicos episódios das séries Looney Tunes e Merrie Melodies dos anos 1930 e 1940. Sim, Tashlin era uma das geniais mentes criativas por trás das aventuras de Pernalonga, Patolino e Gaguinho
– o que fica evidente no traço inconfundível desse mestre da ironia e do nonsense. Escrito originalmente em 1946,
O urso que não era vem encantando há décadas gerações de crianças e adultos.
Considerado um clássico da comédia satírica, o livro esconde diversas camadas e possibilidades de interpretação, seja pela crítica social que faz, seja pela abordagem da construção da identidade e da alienação no trabalho.
Ficha técnica
Título: O urso que não era
Autora: Frank Tsahlin
Tradução portuguesa: Editora Bruaá
Adaptação brasileira: Dani Gutfreund
Páginas: 60
Preço: R$ 34,00
ISBN: 978-85-7559-638-8
Editora: Boitatá
Leitura compartilhada: leitor em processo (8 a 9 anos)
Leitura autônoma: leitor fluente e leitor crítico (10 a 12 anos ou mais)
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Frank Tashlin
(19 de fevereiro de 1913 - 5 de maio de 1972), nascido Francis Fredrick von Taschlein, foi um animador americano, cartunista, artista de quadrinhos,
escritor infantil, ilustrador, roteirista e diretor de cinema. Ele também era conhecido como Tish Tash e Frank Tash.
Tashlin escreveu e ilustrou três livros, O urso que não era (1946),
O gambá que não (1950) e
O mundo que não é (1951). Estes são frequentemente referidos como "livros infantis", embora todos contenham elementos satíricos;
O urso que não era foi adaptado como um desenho animado pelo ex-colega de Tashlin na Warner Bros., Chuck Jones, em 1967. Outra história infantil que Tashlin escreveu em 1949 foi gravada por Spike Jones:
Como o circo aprendeu a sorrir. Tashlin também escreveu e auto-publicou um livreto instrutivo intitulado
Como criar desenhos animados
(sobre desenho animado, não animação) em 1952.
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O
Boitatá é um selo infantil que não subestima a inteligência de seus pequenos leitores e procura promover o aprendizado, o questionamento crítico e a construção de um senso de justiça social
através da literatura.
Confira os títulos do Boitatá.
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