. Sobre a vida de Programador
. Só o índice TIOBE
E como podemos ver pelos livros, que recomendo vivamente, do agora Ministro da Educação:
. Desastre no Ensino da Matemática (com a contribuição do pai de um amigo do meu filhote)
. O Eduquês
Se não for ele a dar a volta ao ensino, não sei quem o possa fazer!
Já estamos a voltar à batata quente.
A Porca e os Bacorinhos
Por outro lado, não me parece que o actual governo pretenda uma coisa em vez da outra, nem diminuir o investimento em I&D na área das tecnologias, mas sobre os Sr.s Políticos (parece-me que este governo tem pouco políticos, o que já fazia falta há muito tempo!).
Mas não somos ingleses, apesar de termos com eles a mais antiga aliança diplomática a nível mundial, desde 1373, pelo que talvez seja bom eu explicar um pouco melhor o porquê da adequação da imagem aos "políticos" portugueses.
Deve ter sido lapso quando os ordenados dos nosso deputados foram reduzidos em 5%, pensei que eles estavam a começar a falar a sério e a fazer alguma coisa realmente importante por Portugal, mas vi logo que me tinha enganado pois não era lapso e ficávamos só pelos 5%, é que eles enganaram-se mesmo, pois esqueceram-se do "0" (zero), devia ter sido 50%!
Podemos acrescentar que os Sr.s Deputados não têm corte nos subsídios, aqui o de natal e o de férias, nem numa série de empresas de capitais públicos, só apertam o cinto alguns funcionários públicos e os reformados. Gostei que o actual governo tivesse menos políticos e mais gestores com fibra, mas esta não compreendi, uns são filhos da mãe e outros filhos da p...
Mas e então o porquê dos 50%? Não estarei eu eventualmente enganado? Reduzir os "parcos" ordenados dos nossos queridos deputados em 50%, coitadinhos deles? É melhor não falarmos nas benesses...
É que nós os portugueses, e eu tenho muito orgulho em ser português, mas respeito as outras nacionalidades sem excepção, nem penso que os portugueses sejam melhores do que os outros nem piores, penso é que como em tudo simplesmente há uns que são melhores do que outros, e a nacionalidade aí pouco tem a ver com a coisa, nós os Portugueses é que esquecemos as coisas muito depressa, temos memória curta.
Então os Sr.s Deputados esqueceram-se da primeira coisa que fizeram a seguir ao 25 de Abril?
Simplesmente aumentaram os seus ordenados em 50%! Lembram-se agora? Aqui tiro o chapéu ao General Ramalho Eanes que também foi colocado na lista (até parecia mal Sr.s Deputados, não era?) mas que recusou dando um excelente exemplo que não foi seguido por mais ninguém (pelo menos que eu saiba), ai os bacorinhos sempre a mamar nas tetas da porca...
Contas de Merceeiro à Dívida de Portugal
Fala-se muito, e tirando as intervenções de Medina Carreira e Camilo Lourenço, dos outros quase não se percebe nada, assim aqui vai umas contas à merceeiro (dá para todos entenderem).
1) Quando o anterior governo teve a sua primeira maioria, tinham decorridos cerca de 30 anos de regime aparentemente democrático.
2) A dívida era na altura cerca de 30 mil milhões de euros.
3) O que dava uma dívida média de 30 mil milhões / 30 = mil milhões, ou seja por cada ano de governo criou-se uma dívida média de mil milhões de euros.
4) Quando o anterior governo perdeu as eleições por muita tristeza de uma enxurrada de portugueses, depois da sua segunda maioria e 6 anos de desgovernação, a dívida era superior a 200 mil milhões e sem contar com a dívida resultante de contratos a 40 anos e mais das Parcerias Publico Privadas.
Temos assim:
200 mil milhões / 6 = 33,3 mil milhões, ou se quisermos ser bonzinhos e arredondar para baixo, ficamos só pelos 30 mil milhões de dívida por ano, sim por ano!
Resumindo, o que se passou nesses 6 anos em que fomos (in)governados pelo ilustre frequentador daquela quinta da praia das Maçãs?
Simplesmente o tal senhor, assídua visita da quinta de muros altos, conseguiu a proeza incrível de em média por cada ano de governo criar uma dívida igual (mas realmente superior) à criada nos últimos 30 anos de governação, é obra! Penso que é mais um recorde para Portugal e único no mundo!
E então Sr.s Deputados onde estavam vocês? Distraídos e a gozar das benesses principescas e dos subsídios? É que quem fiscaliza as acções dos governos são os Sr.s Deputados, lembram-se? Não viram nada, nem uma moção de censura?
Recebem o vosso ordenado para quê? Navegar em sites manhosos nos portáteis em vez de orientarem bem o País no parlamento, sabem é para isso que o povo vos dá as condições que têm, mas quem dá também pode tirar.
Também veio o Presidente da Assembleia da Republica dizer que não se governava com os 1.500 contos/mês que recebia, e agora o nosso Presidente da Republica a queixar-se de não receber ordenado e a sua reforma fica só pelos míseros 5.000€ (1.000 contos) por mês, isto é mesmo à bacorinho que não quer deixar as tetas da porca!
Obrigado portugueses por terem dado duas maiorias a quem nos enterrou completamente e que agora já nem anda por cá, virou-nos as costas e deve ter trocado a praia das Maçãs pelas margens do Sena...
Mas não nos vamos desviar e voltemos à porca e aos bacorinhos.
Quanto à oposição, do governo que assinou o acordo com a Troica, temos 2 grupos que são o máximo, quer os Sr.s do Bloco de Esquerda quer os Sr.s Comunistas, quanto aos Sr.s do Bloco de Esquerda foram severamente penalizados na eleições que se seguiram, então Sr. Louçã não retirou as consequências políticas da coisa? Já se devia ter posto milhas e dar oportunidade a outro, não é assim que ele anda sempre a sugerir para os outros fazerem? Já percebi, é que arrecadar mais uns subsídios que agora são só para alguns, é que está a dar.
Mas nada como ir ajudar os pobres dos gregos, para inverter a situação, só que também se esqueceu que a Grécia está sempre entre os 30 países mais ricos do mundo, nada como ajudar uns ricos para ganhar algum por fora, a porca dá mesmo para todos os bacorinhos.
Quanto aos Sr.s Comunistas até tiveram mais votos, muito bem, mas o que não explicam é qual a solução alternativa à Troica, convém relembrar que na altura do acordo do memorando Portugal tinha dinheiro para pouco mais de 3 semanas, estávamos completamente na banca rota devido ao senhor agora das margens do Sena e dos nossos queridos Sr.s Deputados.
Eventualmente a solução destes senhores, atenção que não têm corte nos subsídios, era os Portugueses passarem a ir à casa de banho, guardar um pouco e comer ao almoço e ao jantar.
Se não era esta, que digam abertamente qual é? Mas contribuam também como a maioria dos Portugueses, devolvam os salários a mais que recebem e os subsídios.
Quando aos Agricultores eles têm umas forquilhas e umas foices bem jeitosas, era uma cá uma limpeza.
Mas então Carlos, tu também não é português? Sim, certo! e com muito orgulho (já o tinha afirmado antes), mas não voto há mais de 20 anos porque perdi a estima pela porca e os bacorinhos. No mínimo sou coerente.
Já se viu que para os Sr. Políticos e Deputados somos filhos de senhoras diferentes, apesar da nossa constituição e vivermos sobre um regime aparentemente democrático.
Soluções Realistas mas Simples e Eficazes
Podemos também ter uma solução que permite os bacorinhos continuem a mamar na porca e haver empregos para todos. Como?
1. Basta acabar com os subsídios a fundo perdido - quem recebe tem de pagar mais tarde ou mais cedo, o dinheiro assim nunca desaparece.
2. Passar o horário de trabalho para 25 horas semanais, assim temos de empregar mais cerca de metade da população activa que ronda os 4 milhões, o que originaria emprego para 2 milhões em que 1 milhão já recebe subsídio de desemprego mas não contribui para a produtividade do país.
3. O subsídio de desemprego era convertido para salário social e só recebia quem trabalha-se, nem que trabalhasse de manhã e estudasse de tarde, ou trabalhar de dia e estudar de noite como faço eu e muitos portugueses e portuguesas, tudo gerido por um IEFP eficaz.
4. Deixavam de ser necessários os sindicatos, e o despedimento era à lá EUA, o patrão não gosta então despede imediatamente, a pessoa despedida tinha emprego no dia seguinte, tudo gerido por um IEFP eficaz.
5. Os custos totais mantinham-se, o custo actual com a população activa mas que passava a trabalhar menos, para os que recebem subsídio de desemprego pudessem ir trabalhar, quanto aos cerca de 1 milhão que só recebe rendimentos mínimos teriam também de ir trabalhar, só não trabalhava quem não pudesse, quanto à idade de reforma podia baixar por haver mais mão de obra, talvez para os 60/55 anos.
Isto tinha a vantagem acrescida de eliminar muitos processos nos tribunais, e os Advogados e tribunais passavam realmente a tratar de coisas importantes, como a corrupção e fraude fiscal, quanto aos Sr.s dos Sindicatos teriam mesmo era de irem trabalhar.
Ai os bacorinhos a verem a mama a desaparecer...
Quanto a mim volto a votar quando os Sr.s Deputados corrigirem o seu salário que está aumentado em 50% deste 1974 (seria uma óptima ajuda nestes tempos de crise!), e passar a haver responsabilização criminal para os mesmos em consequência de gestão danosa dos dinheiros públicos.
Num cenário absurdo, se todos fizessem como eu não votando, penso que os bacorinhos deixavam de mamar, nem que fosse momentaneamente. Está claro que o nosso modelo democrático está esgotado, mas vai permitindo os bacorinhos continuarem a mamar...
Não acredito que se fossem as mulheres a mandar as coisas chegassem a este nível, é mesmo obrigatório que os cargos políticos sejam em paridade de género, com bichas e tudo, nada de discriminações, mas paridade para termos mais mulheres na política e quanto aos cargos governamentais também paridade. É que os bacorinhos já oprimiram durante demasiados séculos as mulheres, apesar de já ser tarde temos de lhes dar essa oportunidade, e mulheres cheguem-se à frente deixem de ser tímidas!
Se calhar vou acabar os meus dias por lá, no pomar, quando houver Internet aceitável e sempre a tratar da terra para manter o físico e a sanidade mental, e sempre é mais barato que os ginásios, e quem sabe rodeado de netos. Vou tentado manter a vontade de voltar a votar, a esperança é a última coisa a morrer, mas vou mantendo afiadas as forquilhas e as foices nunca se sabe se vão realmente ser precisas para outras coisas, e se passar por lá um bacorinho sempre fico com leitão para a janta.
Viva à terceira alternativa, aos tecnológicos e aos agricultores!