As ruas não são para dançar

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Thiago Carrapatoso

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Oct 5, 2016, 10:45:19 PM10/5/16
to baixo...@googlegroups.com

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 10, 2016, 11:28:58 AM10/10/16
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aer quanta merda gente!

quem é essa imbecil?

Em 5 de outubro de 2016 23:44, Thiago Carrapatoso <thiago.ca...@gmail.com> escreveu:

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Ricardo Fukui

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Oct 10, 2016, 2:08:13 PM10/10/16
to BaixoCentro
algumas ponderacoes dela fazem sentido.

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 10, 2016, 5:07:57 PM10/10/16
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Me.fala uma

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 10, 2016, 5:10:34 PM10/10/16
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Dizer qua as ruas para dançae é slogan?

Que queremos promover a espetacularizaçao da rua?

Gente? Perai...devo estar em outro baixocentro entao...

Ricardo Fukui

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Oct 10, 2016, 5:12:52 PM10/10/16
to BaixoCentro
essas servem?

"Na verdade, a cada dia, mais é feito para que eles possam ampliar seu estado de bem-estar. Atrelado a isso, novos empreendimentos surgem. Não só imobiliários, mas também de alimentação, manufatura e todo tipo de serviço e entretenimento. Tudo combinado com certos princípios estéticos das tais ocupações. Se na superfície do asfalto as mudanças que produzem no território são bem diferentes daquelas produzidas por viadutos e Operações Urbanas, na prática encarecem aluguéis e metros quadrados. Elitizam e produzirão gentrificação."

 Enquanto a arte em movimentos sociais populares sempre foi uma ferramenta de conscientização quase pedagógica e alternativa a destinos trágicos, para essa outra experiência de intervenção urbana, o desejo de expressão e, conjuntamente, de um palco em tese menos mercantilizado e com aluguel menos caro toma a dianteira.

O conceito degentrificação jáfaz parte da linguagem cotidiana em outras cidades, como Nova York, onde pessoas comuns te convidam a ir a tal lugar que “foi gentrificado recentemente”. Em seu cerne está a ideia de enobrecer, elitizar um determinado local. Normalmente, atinge territórios de paisagem interessante e bem atendidos por infraestrutura e equipamentos públicos ocupados por pessoas de baixa renda. Quando uma nova área é identificada, poder público e capital privado passam a agir em conjunto em um esforço concentrado para produzir a valorização. E para que o processo seja completo e tenha sucesso em atrair um público “enobrecido” ou elitizado, é preciso remover as pessoas que não condizem com a imagem que se quer passar: negros, profissionais do sexo, imigrantes, velhos…pobres e marginalizados em geral.

Ricardo Fukui

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Oct 10, 2016, 5:14:20 PM10/10/16
to BaixoCentro
em nenhum momento esse foi o intuito, mas nao sei se vc estava na roda de discussao com a professora da fau especialista em gentrificacao e pans, eu perguntei pra ela, entao, como a gente faz isso sem gentrificar as coisas, a resposta foi mais ou menos, NAO TENHO A MENOR IDEIA.

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 11, 2016, 11:53:23 AM10/11/16
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essas servem?

"Na verdade, a cada dia, mais é feito para que eles possam ampliar seu estado de bem-estar. Atrelado a isso, novos empreendimentos surgem. Não só imobiliários, mas também de alimentação, manufatura e todo tipo de serviço e entretenimento. Tudo combinado com certos princípios estéticos das tais ocupações. Se na superfície do asfalto as mudanças que produzem no território são bem diferentes daquelas produzidas por viadutos e Operações Urbanas, na prática encarecem aluguéis e metros quadrados. Elitizam e produzirão gentrificação."

Cara, desculpe mas dizer que movimento da rua transitório e genuíno elitiza e produz gentrificação é forçar uma barra tãooooo grande. Todos sabemos que o sistema capitalista capitania os eventos a seu favor mas dai  a afirmar que isso produz aquilo é realmente assustador.


 Enquanto a arte em movimentos sociais populares sempre foi uma ferramenta de conscientização quase pedagógica e alternativa a destinos trágicos, para essa outra experiência de intervenção urbana, o desejo de expressão e, conjuntamente, de um palco em tese menos mercantilizado e com aluguel menos caro toma a dianteira.

hummm a arte pode e deve servir aos mais variados fins...mas no caso da ocupação das ruas e especialmente o BaixoCentro foi mais uma manifestação entre tantas outras de compartilhamento/festa/celebração do espaço público naquela zona especifica o BaixoCentro. Mais uma vez ela demonstra não compreender o que foi o Festival e suas motivações.  Acho muito perigosa essa abordagem que parece desqualificar os movimentos espontâneos e colocá-los na mira do processo de gentrificação. Entendo que o que se faz necessário é uma outra onda de luta para barrar ou amenizar esse processo e isso se constrói nos bairros com os moradores e o embate político.

O conceito degentrificação jáfaz parte da linguagem cotidiana em outras cidades, como Nova York, onde pessoas comuns te convidam a ir a tal lugar que “foi gentrificado recentemente”. Em seu cerne está a ideia de enobrecer, elitizar um determinado local. Normalmente, atinge territórios de paisagem interessante e bem atendidos por infraestrutura e equipamentos públicos ocupados por pessoas de baixa renda. Quando uma nova área é identificada, poder público e capital privado passam a agir em conjunto em um esforço concentrado para produzir a valorização. E para que o processo seja completo e tenha sucesso em atrair um público “enobrecido” ou elitizado, é preciso remover as pessoas que não condizem com a imagem que se quer passar: negros, profissionais do sexo, imigrantes, velhos…pobres e marginalizados em geral.


Aqui no Arouche onde a diversidade ainda é marcante tem acontecido o aparecimento de alguns estabelecimentos diferentes como Subway, Naomaispelo, mundo verde, Barouche, Preto Café e que dado uma cara diferente por aqui...o que pode ser preocupante nesse sentido da gentrificação mas que pelo que tenho pesquisado não tem afetado ainda os moradores mais antigos daqui e acredito que não vá. De toda forma acredito que é a mobilização dos moradores e comerciantes antigos do bairro no embate político que poderão dar voz a idéias mais humanas de como morar e ocupar. 


Abraço

Malu

Ricardo Fukui

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Oct 11, 2016, 12:01:22 PM10/11/16
to BaixoCentro

Foi coisas que aconteceram e foi uma crítica, que posso nao concordar em 100%, mas ela tem que servir de puxão de orelha sim

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 11, 2016, 12:14:30 PM10/11/16
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Não na minha orelha. 

entendo o que ela quer dizer mas foi uma crítica mal colocada.

enfim...

bj

Malu

Ricardo Fukui

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Oct 11, 2016, 12:16:28 PM10/11/16
to BaixoCentro

Beijo

Rafael Bresciani

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Oct 11, 2016, 1:04:00 PM10/11/16
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TALVEZ isso aconteça por serem conceitos de planos diferentes. Tento explicar...

Se por um lado a gentrificação é resultado da lógica da especulação imobiliária, ou seja, segue regras e objetivos do capital. O movimento feito (também) pelo BxC tinha (ao meu ver) o objetivo de fomentar a ocupação do espaço urbano (com arte), a discussão sobre uso e propriedade do espaço público e o empoderamento civil individual diante de seus direitos e deveres como sociedade civil. A lógica empregada por nós sempre foi buscando a horizontalidade, a independência de estruturas da sociedade e o posicionamento como cidadãos apenas exercendo seus direitos. Um dos objetivos (ou efeitos secundários) dessa empreitada é questionar os fundamentos do capitalismo que precificam a vida humana e suas possibilidades, mostrando que é possível fazer arte acessível sem a necessidade de dobrar os joelhos ao capital.

Bom, tudo isso todo mundo sabe, só quis lembrar em um parágrafo pra apresentar essa tese de que a gentrificação e o BxC talvez não estejam no mesmo plano. Por isso, ao afirmar a lógica e os valores do BxC acabamos por fortalecer a retórica daqueles que tem interesses divergentes. O BxC não é um movimento contra a especulação imobiliária (por mais que sejamos nós e que tenhamos sempre nos posicionado assim, inclusive em coletivo), então é compreensível que ele não seja totalmente coerente com essa causa. Ou seja, é compreensível que coisas que fazemos com objetivos centrais nossos vão contra objetivos satélites, colocando dessa forma.

Também não tenho solução. Na real, talvez seja esse o incubo no BxC. Mas é sempre bom discorrer e refletir.

No mais, sobre o texto, eu gostei do que ela escreveu apesar de discordar de muita coisa. Ela analisa o BxC sobre o ângulo da gentrificação e o BxC não é um movimento criado para combater isso. Essa misturada faz a coisa parecer disconexa as vezes e até injusta com o trabalho feito por aqui, mas é da vida a crítica. Cresçamos dela!

beijos a todos.

saudas.

noiz.

Gisele Brito

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Oct 11, 2016, 5:03:14 PM10/11/16
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Oi, gente. Eu que escrevi o texto. Pediram que eu sistematizasse uma fala minha num evento que rolou lá na Maria Antônia. Me remuneraram, inclusive. Foi ótimo.

O objetivo dele não é criticar o BxC, que acompanho aqui desde o comecinho dele. Foi uma reflexão de um momento político e de atores políticos. Acho que ele já nem reflete a atual conjuntura.

Só uma curiosidade: O nome do BxC não aparece no texto, só a frase que acompanhava a bandeira do movimento. É isso que eu chamo de slogan.

Só estou me apresentando aqui pra vcs saberem que eu estou acompanhando. Mas fiquem avontes pra descer o pau.

Aquele abraço.

Ricardo Fukui

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Oct 11, 2016, 7:58:21 PM10/11/16
to BaixoCentro
que era um slogan sim.
Abraço

Maria Luiza Gimenes Peres

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Oct 12, 2016, 9:18:24 PM10/12/16
to baixo...@googlegroups.com, brito....@gmail.com
Gente não era uma slogan. Slogan é uma frase que sintetiza o conceito de uma marca. Ë nesse sentido estrito usado em campanhas publicitarias o que denigre todo o conceito do movimento.


Na medida que essa frase metafórica identifica o BaixoCentro, fica claro que ele esta ai colocado. 

repito 

 a arte pode e deve servir aos mais variados fins...mas no caso da ocupação das ruas e especialmente o BaixoCentro foi mais uma manifestação entre tantas outras de compartilhamento/festa/celebração do espaço público naquela zona especifica o BaixoCentro. Mais uma vez ela demonstra não compreender o que foi o Festival e suas motivações.  Acho muito perigosa essa abordagem que parece desqualificar os movimentos espontâneos e colocá-los na mira do processo de gentrificação. Entendo que o que se faz necessário é uma outra onda de luta para barrar ou amenizar esse processo e isso se constrói nos bairros com os moradores e o embate político.


TO INDIGNADA. FIM.

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