Como já mencionei antes, eu uso o Baixo Centro como coletivo central na resistência contra a gentrificação no centro de São Paulo. O Baixo Centro é um ponto de partida (e continuo retorno) porque trabalho com o conceito de corpo coletivo que se contrai e expande em diversos momentos. A ideia principal é ver o Baixo Centro (assim como outros coletivos) como um corpo coletivo em momento de contração, enquanto tem outros momentos de fusão de corpos que promovem sua expansão. Aí, eu trabalho com a teoria de multidão (e uso como exemplo alguns protestos, como as jornadas de junho). Esses momentos seriam de expansão do corpo coletivo. Inclusive, quando fui ver as fotos do Baixo Centro na Flickr no Bruno Fernandes, acabei vendo também as fotos das manifestações de junho de 2013. E acabei escolhendo uma de lá. Achei que seria uma forma de já fazer esse link também na capa.
Eu também discuto como o corpo coletivo geralmente é visto como uma composição de indivíduos, e daí proponho vermos o corpo coletivo como um amálgama de afetos que estão sempre interagindo. Para isso, uso a teoria de afeto da Sara Ahmed assim como a teoria da multidão (principalmente Tarde e Canetti). Nessa parte, eu foco em nojo, comforto, medo e esperança.
Gostaria muito de receber comentários, críticas, sugestões, etc. E se tiverem qualquer dúvida, estou super disponível para conversarmos por aqui ou por Skype. ;)