E isso não é brincadeira; muitos homens estão tendo suas vidas arruinadas, como a deste homem, só por terem sido acusados de um estupro que não cometeram.
Imagina,
agora cada vez que o namorado diz “eu te amo”, evoca a lembrança do
agressor. É uma forma do agressor prolongar a violência cometida.
Imagine agora esse
trauma sendo reproduzido em todos os homens e mulheres do mundo, graças a
essa campanha ridícula e irresponsável: a morte dos relacionamentos homem-mulher. É exatamente isso o que o feminismo propõe.
E não, sexo sem vontade não é a mesma coisa de sexo não consentido.
Sexo sem vontade não é estupro. É só sexo sem vontade (não há vontade
mas há consentimento e, muito provavelmente, prazer, ainda que possa ser
um sexo meio chato para ambos).
“Percebe
a estupidez dessas biscates feministas? Pra elas, se você fala alguma
dessas frases acima quando transa com sua namorada, você é um
estuprador.”
Não
é isso que está sendo dito, não! Cara, isso não tá certo. Criticar é
uma coisa. É completamente legítimo, mas fazer isso? Você tem que
reconhecer que forçou a barra aqui.
Veja acima.
(Aliás, o texto em
itálico na crítica é a única citação que ela pega do artigo original,
que tem passagens muito mais enfáticas e substanciadas, como esta:
é
interessante notar que [Grace Brown] menciona "abuso infantil" e
"tráfico sexual" como assuntos discutidos pela sociedade enquanto
menciona "abuso sexual" como assunto não discutido, contradizendo ela
mesma porque "abuso infantil" e "tráfico sexual" também tem "abuso
sexual" envolvido no tema; e segundo, é intrigante ela colocar "esposas"
e "namoradas" como grupos de mulheres abusadas sexualmente, dando a
entender que um homem também pode "estuprar" sua mulher ou sua namorada.
Assim, revela-se o verdadeiro objetivo desta companha ridícula: te envergonhar e culpar por querer transar com mulher, ainda que ela seja sua namorada ou esposa.
e esta:
você
acha mesmo que uma campanha desta tem efetividade em "sensibilizar" um
estuprador de verdade para os crimes que ele comete? Lógico que não. E
ao contrário do que diz a idealizadora, "estupro" é um tema recorrente
em muitos portais de notícias, especialmente quando se publica no
título porcentagens chamativas sem citar os dados de onde tais números foram calculados para
falar o mesmo blablablá de "mulheres mais encorajadas a denunciar" e
"há muita burocracia e impunidade" e "há muito machismo na sociedade".
Elas falam isso com tanta propriedade que é como se um estuprador fosse
aprovado pela sociedade: como se as pessoas de uma vizinhança que ele
aterroriza organizassem um desfile em carro aberto para ele quando o
pegassem; como se os presos, ao receberem um estuprador na cela,
juntassem as bichinhas do presídio para darem de presente pra ele. Você
vê isso acontecer na sociedade?
O que já
caracteriza uma evidência de tentar descaracterizar o artigo como um
reles calhamaço de palavras carregadas de indignação e "grosserias". Mas
calma, vamos rebater o resto da crítica parte por parte)
E pra que chamar as mulheres de biscate?
Veja acima.
Ainda
que seja temerário beber até perder a consciência (no que eu concordo
plenamente), isso ainda não justifica ou desculpa uma violação. Qualquer
violação de alguém inconsciente é um estupro. Outro dia vi um vídeo de
um maluco chupando o amigo hetero (que tava chapado, inconsciente). Eu
considero isso estupro. Agora imagina se o cara tivesse sido sodomizado
por um outro homem “amigo”? O cara chapado seria responsável pela
violência? O comentarista aí de cima ainda assim não consideraria isso
um estupro? Fazer sexo bêbado é diferente de alguém fazer sexo em você
inconsciente. Neste caso, não é sexo, é violência, não?
Mesmo que situações
como essas sejam estupro e devam ser punidos, nesses contextos não se
deve desconsiderar o fato que as vítimas se exporam a riscos
demasiadamente altos e, por isso, caso não se consiga chegar aos
criminosos, elas não têm o direito de reclamar de falta de segurança ou
crime "de ódio", como feministas gostam de rotular casos de estupro
assim.
Você está sendo
totalmente hipócrita aqui porque usa um caso real de estupro pra
defender a hipocrisia sexual já explicada acima. Você a usa para
defender uma campanha de viés feminista e, que por sê-la, procura
extender a definição de estupro a praticamente todo tipo de relação
sexual que a mulher pense que não foi "legal" (que não é exatamente o que a lei diz).
Muitas
de suas falas deixam transparecer que a mulher não tem o direito de ter
seu corpo preservado de violações. E pensar assim justifica e desculpa
uma série de violências.
E entre essa "série
de violências", você com certeza deve incluir chamar biscates de
"biscates" (vulgo "violação dos sentimentos"). Você tá tirando com a
gente!
Você
fala como se todos os homens fossem gente boa e estivessem sempre
certos. Não são e não estão. Da mesma forma como mulheres cometem
violências, homens também o fazem. E não é porque estamos falando de
homem-mulher, que a violência de um sobre o outro se justifica, mesmo
havendo vínculo afetivo (aí se torna ainda mais grave, não? Afinal
existe, pelo menos em princípio, afeto e confiança entre os dois).
Eu sei muito bem a
armadilha intelectual que você tá tentando colocar aqui: usar
relativismo ("nem todos os homens são x, nem todas as mulheres fazem y"-
ver falácia anedótica, nº 22)
pra defender exatamente as ideias alienadoras que a Project Unbreakable
promove: a de que todos os homens são ruins e não têm razão, de que
mulheres não são violentas, e de que qualquer investida do homem sobre a
mulher em um relacionamento é violenta.
Infelizmente pra você, ninguém é bobo aqui.
A
autora do projeto diz que é preciso dar maior visibilidade ao estupro,
pois é uma agressão invisível, muitas vezes difícil de ser comprovada,
já que não subtrai objetos e nem sempre deixa marcas tão visíveis.
Você não sabe PORRA
NENHUMA de análises forenses e científicas que a polícia utiliza para
comprovar que uma vítima tenha sofrido um estupro (assim como o identificar o autor),
bem como TORCE O NARIZ para o fato de que estupros são noticiados
rotineiramente na imprensa. Aparece em qualquer jornal, qualquer
programa de TV, qualquer site da internet. Estupro, de invisível, não
tem NADA.
Acho
cruel que você ridicularize as experiências dessas pessoas e que tente
transformar esse projeto numa tentativa de vilanizar o sexo
heterossexual. O projeto caminha no sentido oposto.
A Project
Unbreakable em si é uma piada, e pensamos, pobres são as verdadeiras
vítimas de estupro que estão ali misturadas com feministas militantes
que se aproveitam da dor delas para promover uma agenda ideológica que
ferrará ainda mais com a vida delas, sendo estigmatizadas como "vilãs da
humanidade".
A
autora não fala como se um estuprador fosse aprovado. Ela fala como se o
estupro fosse invisibilizado. Todos ficamos chocados com casos como o
da turista americana no Rio, mas minimizamos situações em que a
violência física não foi tão intensa e não ouve testemunhas.
De novo: estupro, de invisível, NÃO TEM NADA. Veja acima.
Na
entrevista que você citou, ela não coloca “esposas” e “namoradas” como
grupos de mulheres abusadas. Diz apenas que elas também podem ser
vítimas desta violência. E podem, não? Todos que estamos no mundo
podemos. Nós dois, inclusive. É verdade que a mulher tem mais chances
de ser estuprada que o homem, a menos que o homem seja preso (o que
demonstra como o estupro é uma violência tolerada e invisível).
Fizemos questão de grifar onde toda a sua convicção relativista-falso-moralista-e-anti-homem aflora: enquanto
todos os homens não forem presos, as mulheres sempre correrão perigo de
serem estupradas e ignoradas (já que o crime é invisível). Feminazi detected!
Praticamente
não se discute a questão do estupro nas prisões e muito menos a tortura
policial que, frequentemente, recorre à violência sexual contra homens
Mostre-me um cartaz da Project Unbreakable onde um cara afirma ter sido estuprado numa prisão, e eu te mostro este:
 |
"Não me lembro do que aconteceu" |
Tradução: estupro na prisão a Project Unbreakable não cobre... :(
E
sim, é provável que alguém que a gente conheça tenha sido vítima desse
tipo de violência. Eu conheço uma pessoa que sofreu abuso por parte do
próprio médico.
Ah, sim, depois de
exemplificar estupros em prisão, cuja maioria das vítimas é homem, você
diz conhecer uma vítima... de estupro por um médico. Deve ser mulher a vítima. Campeão!
É
preciso reconhecer que, sim, o parceiro pode ser um agressor. Ele não é
sempre um agressor, mas pode ser. Da mesma forma que o pai ou o avô ou o
tio podem ser também agressores. Não o são sempre, mas podem ser. E
que, quanto maior o vínculo que há entre agressor e vítima, mais difícil é a denúncia e a comprovação da violência sexual.
Tradução: Falácia anedótica + "quanto mais íntimos os parceiros na relação sexual, mais difícil é a comprovação do estupro [E é nisso que trabalhamos]"
Mais uma vez o "U-boat" da esquadra rosa do FemiReich emerge à superfície!
Dizer
isso não transforma o sexo heterossexual em violência. Pois sexo não é
violência. Estupro é violência. E estupro não é sexo.
"Porque estupro é estupro, sexo é sexo,..." - BELO argumento!
Não vejo essa vilanização do homem.
Óbvio que não, pois:
1) acredita que é
certo dar privilégios especiais pra mulheres (chamados de "ações
afirmativas pela igualdade de gênero") enquanto se revolta com a ideia
de responsabilizar uma mulher por suas más escolhas sexuais ("não é
justo chamá-la de 'vadia'!");
3) deve apresentar pelo menos 10 dos sintomas da manginice apresentados aqui.
Ou deve ser mais um
feminista mais esclarecido tentando disfarçar o propósito de sua agenda
ideológica pra nós. Mas, mais uma vez, não somos bobos.
A
questão [da Project Unbreakable] é apenas que faz parte do imaginário
social que algumas mulheres [...] merecem a violência apenas por não
serem do jeito que os homens acham que elas devam ser.
Ser, tipo, bem educadas, atenciosas, femininas,...
E isso é muito subjetivo, percebe? E não faz nenhum sentido. Uma mulher é também uma pessoa, como um homem é.
Sim, claro:
Se
não há violência ou desrespeito que se justifique para um homem, também
não deve haver violência ou desrespeito que se justifique para uma
mulher.
Isso vindo de você não vale nada, já que apoia a hipocrisia sexual e a demonização do homem, como já demonstramos acima.
[Promover
hipocrisia sexual e demonizar o sexo masculino] é castrar homens ou
transformá-los em cachorros submissos? Pra mim, é transformar homens e
mulheres em parceiros contra a violência [do homem contra a mulher]. Não consigo vislumbrar essa sua conclusão a partir do exposto no projeto.
Bem, desde que o feminismo chegou, tem crescido cada vez o número de homens por aí que, para não "baterem em mulher", aguentam isto.
Mulheres
que exploram homens não tem nada de feministas. Tenho a impressão que
você formou uma ideia muito estereotipada (e essencialmente equivocada)
de mulheres feministas. Criticar é legítimo, mas fazer a crítica a
partir de interpretações distorcidas, não considero correto.
E eu tenho a
impressão de que você veio aqui com a imagem estereotipada do
antifeminista, que critica o feminismo no papel mas não tem coragem de
expor a hipocrisia delas, nem cortar táticas de intimidação feitas pra
silenciá-lo.
A reflexão que gostaria de propor é essa.
Desculpe pelo longo texto.
Boa noite,
C[atherine McKinnon "cover"]
 |
homem ou mulher? |
Sugiro que da
próxima vez que vier trazer argumentos pra tentar provar que estamos
errados, em vez de trazer uma caralhada de comentários explicando 2500
pontos do texto, sugiro que marque um debate conosco AO VIVO
pelo Google Plus. Não é preciso nem se inscrever no canal, pois
disponibilizaremos o link do hangout pra vocês. Mas é mais prático e
rápido discutir tudo em 1 hora do que ficar passando 10 horas digitando
réplicas e tréplicas.