Ser obrigado a assinar nos dos outros é refresco

[Irapuan Martinez]

A Space Karen está putin porque comprou um notebook e a Microsoft malvada o obriga criar uma account:

https://br.ign.com/elon-musk/120426/news/fora-de-cogitacao-elon-musk-comprou-um-computador-e-ao-ligar-o-windows-se-recusou-a-criar-uma-conta

Novamente: Elon Musk está reclamando que para usar o Windows, exige-se uma Microsoft Account.

O mesmo cara que, se você bloqueia um anunciante chato no Xuítter (interface web), cai numa tela oferecendo a conta premium.

Detalhe: Você NÃO CONSEGUE voltar para a tela de navegação anterior. Alguém teve o trabalho de criar um script para quebrar o fluxo de navegação web que o Marc Andressen inventou com o Mosaic.

Você precisa recarregar a página para se livrar da tela. Perde-se o ponto onde você estava.

O cara paga uma fortuna por um site, joga fora o branding, afugenta grandes anunciantes e baseia o modelo de negócio em você se livrar da publicidade xexelenta irritante.

[Joel Souza]

A internet respira por aparelho.

Parafraseando lá o pessoal do Manual do Usuário, eu não quero ser um músico da banda que tá tocando enquanto o Titanic afunda mas... quero acreditar que aos poucos a gente volte a digitar na barra de endereços do browser algo que não seja uma rede social/aplicativo.

No último final de semana umas adolescentes de 13, 14 anos primas da minha namorada estavam lá em casa e me atrevi perguntar o tempo de tela de celular de cada uma. Nas férias escolares, chegou a 10 horas de tela em média.

Eu lembro que quando eu tinha 14 ou 15 anos só não ficava mais tempo no celular porque além de estudar, eu também trabalhava. Mas se pudesse, ficava. 

https://www.bbc.com/portuguese/geral-54736513

A minha última esperança é torcer para um colapso físico e mental de uma geração inteira que aos poucos vai se dando conta dos motivos e comece a valorizar as antigas formas de socialização e consumo de conteúdo.

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Joel Souza

[Vinicius Vollrath]

Lembrei dessa matéria:

https://istoe.com.br/geracao-z-enfrenta-epidemia-de-cegueira-devido-a-falta-de-luz-solar-e-excesso-de-smartphone/

Geração Z enfrenta ‘epidemia de cegueira’ devido a falta de luz solar e excesso de smartphone

A Geração Z está ficando cada vez mais míope por ficar olhando para seus dispositivos eletrônicos o dia todo e enfrentará uma epidemia de cegueira se continuarem a ficar em casa enquanto são viciados em telefone, alerta um importante cirurgião oftalmologista em um novo estudo.

As taxas de miopia dispararam em todo o mundo, com um aumento de 46% no Reino Unido nas últimas três décadas, de acordo com o Daily Mail. Nos EUA, um estudo da Califórnia diz que a miopia aumentou uns impressionantes 59% entre os adolescentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), durante o período de 2020 e 2040, o número de brasileiros com alta miopia deve aumentar 84,8%, de 6,6 milhões para 12,2 milhões.

E os Zoomers enfrentam riscos crescentes de desenvolver sérios problemas de visão – até mesmo levando à cegueira – depois de perderem a luz solar natural durante a puberdade, relata o veículo.

Joern Jorgensen, cirurgião oftalmologista de renome mundial da Laser Eye Clinic London, alertou que a situação só vai piorar porque a Geração Z – pessoas nascidas entre meados da década de 1990 e meados da década de 2010 – não está recebendo dopamina suficiente.

Na retina, altos níveis de dopamina ajustam a visão para as condições de luz do dia. O tempo passado ao sol aumenta os níveis de dopamina, enquanto ficar em casa reduz a quantidade deste importante neurotransmissor – levando a sérios problemas oculares.

Enquanto isso, a quantidade de tempo gasto olhando para dispositivos eletrônicos a poucos centímetros de distância do rosto pode levar à miopia.

“Durante um período crítico das suas vidas, eles não recebem luz solar natural e isso, por sua vez, está a causar um aumento muito notável da miopia. É alarmante e o que estamos a ver é uma epidemia”, disse Jorgensen ao Daily Mail.

“Sair à luz do dia para jogar futebol, esportes de qualquer tipo ou apenas para brincar com os amigos provoca um processo químico que libera dopamina”, disse ele.

“Sabemos que é um inibidor do tipo de crescimento ocular que causa miopia. A parte horizontal do olho alonga-se e continua a crescer, dificultando a focagem”, explicou Jorgensen.

“Podemos encorajar as crianças a sair de casa e praticar mais desporto, mas não podemos reverter o que já aconteceu com as redes sociais a desempenhar um papel tão importante nas suas vidas”, continuou ele. “O segundo fator prejudicial é a quantidade de trabalho próximo que os jovens realizam, o que também é prejudicial.”

O especialista alertou que a miopia pode levar à cegueira em casos graves. A pandemia da COVID-19 manteve as crianças presas em casa e focadas nos ecrãs, o que acelerou ainda mais a tendência global de deterioração da visão, de acordo com um artigo de 2022 na Psychology Today .

Estudos na Califórnia e em Sydney, na Austrália, descobriram que o tempo passado ao ar livre estava fortemente ligado a um menor risco de miopia, de acordo com o veículo.

Os jovens provavelmente desenvolvem miopia mais cedo devido ao aumento do tempo de tela e à falta de exposição à luz solar – e não apenas por causa da genética.

“Estamos falando de [crianças] de 4 ou 5 anos de idade”, disse a Dra. Maria Liu, professora associada de optometria clínica da Universidade da Califórnia, Berkeley, à NPR .

Até 2030, 40% da população global será míope, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Segurar uma tela perto do rosto significa que os olhos piscam menos e compensam demais ao focar por horas – levando a um alongamento gradual do globo ocular e alterações nas lentes.

Casos graves de miopia entre jovens também aumentam a probabilidade de desenvolverem degeneração macular – uma das principais causas de cegueira – em 41%, informou o Daily Mail, citando estudos.

“Tratar a DMRI (degeneração macular relacionada à idade) é um dos maiores custos que o NHS enfrenta, é um grande desperdício de recursos”, disse Jorgensen, referindo-se ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.

“Uma única injeção de Lucentis, que é usado para tratar a DMRI, custa £ 1.000 e o paciente precisa tomá-la todos os meses ou corre o risco de cegueira”, disse ele.

“A miopia grave também aumenta dramaticamente as chances de desenvolver outras doenças graves, como glaucoma e descolamento de retina”, disse o médico.

“É uma situação muito grave, estamos vendo casos de alta miopia 30 vezes mais frequentemente e isso desencadeia os quatro fatores causadores de doenças oculares, catarata, glaucoma, descolamento de retina e DMRI”, acrescentou.

Dr. Irfan Jeeva, do Hospital Pinderfields em Wakefield, West Yorkshire, disse que mais jovens precisam de óculos devido à sua exposição a dispositivos digitais.

“Ainda estamos aprendendo sobre isso, mas há dados suficientes para eu acreditar que o aumento da exposição à tela pode afetar sua saúde visual, mental, física e emocional”, disse Jeeva à BBC Look North.

“As telas são bastante viciantes. Eles têm um mecanismo interno de recompensa que faz você querer passar mais tempo com eles”, disse ele.

A Coalizão Global de Conscientização sobre a Miopia descobriu que 52% das crianças brincam menos ao ar livre do que seus pais quando eram jovens.

No ano passado, o Myopia Focus lançou uma petição pedindo mais financiamento do NHS para tratar a miopia entre as crianças.

“Devido às mudanças no estilo de vida, um número crescente de pessoas corre um risco maior de desenvolver doenças que ameaçam a visão associadas à miopia. Isto não deve mais ser considerado uma ameaça potencial – é muito real”, disse Jason Higginbotham, optometrista que iniciou a campanha, ao Daily Mail.

“Queremos pressionar os ministros para que façam algo a respeito agora. Quanto mais cedo a terapia começar, menor será a probabilidade de seu filho correr o risco de perda de visão no futuro. Precisamos que o governo aja”, disse ele.

Liu, professor associado de optometria clínica na UC-Berkeley, incentivou os pais a limitar o tempo de tela e fazer com que seus filhos brinquem ao ar livre tanto quanto possível.

“Eles precisam brincar com brinquedos de verdade”, disse Liu à NPR. “Eles precisam se envolver na vida real ao ar livre.”

[Fernando Kosh]

Aqui em casa limito ao máximo o tempo de tela das crianças. Mas é uma barra! Elas se sentem, digamos, punidas, enquanto os amigos não têm controle algum. Complicado lidar com essa questão sem parecer um carrasco.

Sei que no futuro vão me agradecer. O difícil sempre é o agora.

E sobre a M$ obrigar a criar conta: Eu acho qualquer obrigatoriedade um abuso. Não gosto de criar conta em lugar nenhum. E me irrita ter que aceitar cookies em sites só para saber do que se trata o local. Sou do tempo que se gravava o biscoito e pronto. Aceitando, eu não tenho qualquer conhecimento do que será gravado, do mesmo modo que se fosse simplesmente gravado sem nada me informar.

[ ]'s,


Fernando Kosh
+55 21  980-382-606

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[Vinicius Vollrath]

Falando da internet na UTI...

Outro texto:

https://baixacultura.org/2023/11/20/a-extincao-da-internet/

Um tanto pessimista e no fim pede para lutarmos contra a barra de rolagem do apocalipse (doomscrolling).

Sou mais otimista e vejo que já tivemos muitos ganhos com a internet e devemos ter diversos desafios pela frente.

[Irapuan Martinez]

On Wed, Mar 6, 2024 at 4:50 PM Joel Souza <joel....@gmail.com> wrote:

A internet respira por aparelho.

Lembrando que a web não foi feita para seres humanos. Mas nos loucos anos 90, a coisa mais smart que a gente tinha em mãos era o homo (e mulher) sapiens, então vai com ele mesmo. Berners-Lee concebeu o conceito de agentes buscando informações. Não humanos navegando.

Mas por causa desta primeira experiência — e a entrada dos publicitários — se estabeleceu que web era uma coisa que humanos faziam.

E agora? Em umas duas ou três gerações de celular, não haverá sequer apps. Mas apenas um agente inteligente aprendendo sobre você, te obedecendo e antecipando suas necessidades. Isso é o agente do Berners-Lee.

Aí a web pode acabar.

 

quero acreditar que aos poucos a gente volte a digitar na barra de endereços do browser algo que não seja uma rede social/aplicativo.

Em 1996, a coisa mais animada na web era o GIF89A. Veio Flash, Shockwave, Java, Silverlight, DHTML, diabaquatro e hoje… Você envia GIF89A com memes.

O CD reduziu drasticamente o consumo de LPs, mas hoje existe um vibrante mercado dos bolachões. Está baratíssimo produzir uma tiragem, e-commerce asfaltou as vias de distribuição e muitas bandas underground se financiam vendendo LPs, já que tem pouca estrutura para arrastar multidões para shows e os streaming cada vez mais se parece com o ECAD. A fita cassete está fazendo revival. Tem gente distribuindo música em… DISQUETES.

Antes do Yahoo! comprar e estragar, o Tumblr virou um grande centro de publicação de homepages. Se fosse organizado em bairros, era o Geocities.

O que vai ser daqui pra frente? Além da gente adivinhar o que não existe, a gente tem que adivinhar também o que vai voltar. Minha esposa:

— Aquela mulher está elegantíssima, o biquíni preto dela está totalmente dentro da moda.

— Vestir preto está na moda? Sabia que alguma hora, chegariam no que eu uso todos os dias.

Sobre modernidades passageiras e abraçar a obsolescência, hoje perguntei para meu ChapaGPT sobre "densidade energética". É uma medida em MJ/kg, o quanto de determinado combustível gera trabalho por quilo.

1kg de metano move 55 milhões de Joules; Gasolina, uns 45 MJ/kg. Etanol, uns 26 MJ/kg. Uma bateria de lítio? 0,5 MJ/kg.

Sabe o modernex carro elétrico pipipi popopó? A gente está pagando para os chineses com uma matriz energética imunda entregar um carro elétrico com esta ineficiência e achando que estamos salvando o planeta. Um carro à gasolina — lembrando que eles têm 100 anos de aperfeiçoamento para aproveitar melhor o combustível — fabricado no seu continente salva mais os ornitorrincos do papo roxo que um EV. 

(A título de curiosidade, o ChatGPT não quis incluir material radioativo na tabela. Porque a escala é incomensurável. Hoje a Europa se orgulha em estar fechando suas usinas nucleares achando que é muito moderno, quando na realidade, ela tem um impacto ambiental muito menor que uma hidrelétrica)

 

https://www.bbc.com/portuguese/geral-54736513

Do mesmo bicho incapaz de definir o que é consciência, vem aí: Vamos culpar as novas gerações baseado numa coisa que não dá pra medir, inteligência. Sério que o psicodoido lá escreveu um livro inteiro com argumentos baseados em testes de QI?

Não é de hoje que este tipo de teste é controverso. Daí o cara pega a frenologia dos testes de QI e vai reclamar dos mais jovens. Bom, esta não é a primeira geração a reclamar da próxima geração. Suspeito que também não será a última.

TODA GERAÇÃO mais nova decepcionou a mais velha. Todas. Isto é trivialmente humano. O cara está requisitando uma coisa incerta para provar uma coisa que se reclama deste Sócrates.

 

A minha última esperança é torcer para um colapso físico e mental de uma geração inteira que aos poucos vai se dando conta dos motivos e comece a valorizar as antigas formas de socialização e consumo de conteúdo.

Eu acho formidável uma história que li uma vez: No Renascimento, questionaram a validade de uma missa católica assistida à distância, através de uma novidade tecnológica da época: O telescópio. 

O ser humano é versátil. Surgem novos paradigmas. Tudo em seu começo é arcaico e tem problemas, depois se refina. Sempre estamos num estágio que ainda vai ser aprimoraado. É mais comum ver burrice do que brilhantismo não porque o ser humano é ou está ficando mais burro. Inteligência não é um estado, é uma resposta a um incentivo. É alto o ônus de ser inteligente o tempo todo. Já os ônus de ser burro, é diluído socialmente.

Mesmo pessoas inteligentes têm incentivo para não serem inteligentes o tempo inteiro. Quando? Pois então, o cara acima que acha que responder uma atividade de ligar pontos em um teste de QI consegue determinar se o cara é ou não inteligente, não o quanto ele sofre particularmente o ônus por ser burro.

[Irapuan Martinez]

On Wed, Mar 6, 2024 at 6:54 PM Fernando Kosh <fernan...@gmail.com> wrote:

Aqui em casa limito ao máximo o tempo de tela das crianças. Mas é uma barra! Elas se sentem, digamos, punidas, enquanto os amigos não têm controle algum. Complicado lidar com essa questão sem parecer um carrasco.

Costumo dizer que nossa geração é a que está enfrentando de forma mais dura a paternidade. Gerações anteriores, a chinela cantava. "Criança não tem querer". Hoje nossa geração tem que providenciar as demandas da petizada e esqueça a psicologia infantil da Dra. Havaianas.

Essa inquisição de ter que limitar o tempo das crianças nos celulares é a exata xurumela da minha geração que assistia TV demais.

Os pais de hoje estão encharcados de culpa por não serem legais o suficiente e não serem duros o suficiente. Ah, ninguém está fazendo um trabalho melhor ou pior criando humanos, através dos tempos. Temos a arrogância de achar que somos inteiros responsáveis pelo caráter que nossos filhos terão. Não, o ser humano é um pouquinho mais complexo do que isto.

 

E sobre a M$ obrigar a criar conta: Eu acho qualquer obrigatoriedade um abuso. Não gosto de criar conta em lugar nenhum. E me irrita ter que aceitar cookies em sites só para saber do que se trata o local. Sou do tempo que se gravava o biscoito e pronto. Aceitando, eu não tenho qualquer conhecimento do que será gravado, do mesmo modo que se fosse simplesmente gravado sem nada me informar.

Eu uso até hoje o nome "diretório" e "gerenciador de arquivos". Então eu traduzo pros zoomers na sala: Pasta e Windows Explorer. 

Nos meus tempos que arquivos só podiam ter 8 caracteres no nome, ponto e mais 3 de extensão, não tinha isso de ecossistema não. Quer dizer que é ruim? Eu sou o maior accountfag das redondezas. Acho um luxo estar em qualquer dispositivo e acessar os malditos arquivos.

Não quer criar account? Opção sua. Tem mil nestons pra preparar receitas. Embora accountfag, minha única presença na Meta é por causa do WhatsApp. Rede sociais, não tenho. Uma vez apenas, queria conectar num Wi-Fi num moquifo qualquer, e exigia a account do Facebook. Preferi ficar offline.

[Irapuan Martinez]

Em qua., 6 de mar. de 2024, 20:05, Vinicius Vollrath <vini...@terradigital.com.br> escreveu:

Um tanto pessimista

No intróito: “(…) se debruçando hoje sobre a relação do capitalismo neoliberal com a tecnologia digital.”

Só um tipo de opinião usa o termo “neoliberal”. Então a gente sabe que o cara quer uma internet orgânica, sem pesticidas, 100% vegana e subsidiada pelo governo, sustentado pelos impostos de grandes fortunas e da auditoria cidadã da dívida.

E então:

(…) A esperança de construir um mundo mais justo via rede — com menos discriminação e mais respeito aos outros, com todos sendo também mídia, a partir de uma saudável proliferação de pontos de vista causada pela liberação do polo emissor da informação — tem dado lugar a um pesadelo de desinformação.

Vamos controlar a internet (sem tudo isso que a gente não gosta) para todo mundo ter liberdade para dizer o que quiser. Não para dizer coisas que não gostamos, mas serão livres, viu?

Diferença do pessoal da camiseta da CBF que queria dar golpe para defender a Democracia: Zero.

(…) espalhamento de desinformação

O pessoal que se sente munido de uma missão moral acha que é mole apontar o que é desinformação e o que não é, o que se é livre de ser dito na liberdade de expressão e o que é proibido.

Aqui realmente temos um problema geracional: O jovem reinventando a roda. Esquece a lição dos Founding Fathers, que já resolveram a questão da liberdade de expressão, mas acham que é a primeira geração lidando com o pobrêma.

Paro por aqui. Não preciso chegar no fim deste ovo pra saber que ele não estava bom.

e no fim pede para lutarmos contra a barra de rolagem do apocalipse (doomscrolling).

Eu, como neolib… Digo, liberal, só conheço um jeito de lidar com isto:

Pelo exemplo. Eu cuido de mim.

Tem gente por aí que acha que se resolve obrigando as empresas a paginar o scroll. Criar regras e vir falar de liberdade. Dar poder a gente convicta. O que poderia dar errado?

Sou mais otimista e vejo que já tivemos muitos ganhos com a internet e devemos ter diversos desafios pela frente.

Em Economia, aprendemos que TUDO tem adversidades. Nada é absolutamente bom. Tudo implica em consequências. “Não existem escolhas, apenas dilemas” (Thomas Sowell).

Pessoal implicando com AI. Que ela não é factual. Que droga, ela não nasceu perfeita!

A minha birra com o pessoal revolucionário é que eles querem derrubar a casa porque a torneira está pingando. Então construir a casa perfeita.

Eu acredito que para se ter um teto sob sua cabeça, a consequência é ter que lidar com torneiras pingando.

[Marco]

"subsidiada pelo governo" desde sempre:
https://status.ix.br/

Em qua., 6 de mar. de 2024 às 23:20, Irapuan Martinez
<ira...@gmail.com> escreveu:

> --
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "ArqHP - Arquitetura de home pages" dos Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para arqhp+un...@googlegroups.com.

> Para acessar essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/arqhp/CAFu4B9rAG80BbcYOKfA7EmpuMKbaZgU9Ed%3DtOaC5si0JadW0Xw%40mail.gmail.com.

[Irapuan Martinez]

On Fri, Apr 19, 2024 at 1:57 PM Marco <marcode...@gmail.com> wrote:

"subsidiada pelo governo" desde sempre:
https://status.ix.br/

Bão, estava falando sobre conteúdo, não sobre infraestrutura.

Sim, claro, a infraestrutura da internet é mantida em grande parte, pela iniciativa pública. DNS, só de uns anos para cá, o governo americano abriu para fundações e iniciativa privada. Fapesp sustenta o backbone brasileiro, mas no last mile, é privado — ruim, mas se fosse monopólio estatal, a gente estaria pior do que Cuba para acessar as internet da vida.

Governo barazelêro não inflói nem contribói no conteúdo por causa da infra na mão dele, prefere usar a Justiça para intervir no conteúdo.