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Sobre emojis, apesar dos rostinhos despertarem emoções, no geral acho que seu uso empobrece o discurso. Claro que você antes precisa ter desenvolvido repertório para saber como se parece um discurso. Esta geração que chama três parágrafos de “textão”, acha normal não ter nada a dizer e então coloca as mãozinhas em prece.
A Idiocracy está vindo a cavalo? Sou cético quanto a isto. Não é novidade desta geração a falta de dedicação à atividades intelectuais. No “República”, Sócrates reclamou da displicência dos jovens. Toda geração se acha "a última" que deu duro e que os jovens não querem nada com a dureza. E quando a nova geração vira a velha geração, repetem o mesmíssimo discurso.
O que reclamam hoje de redes sociais, eu já vi reclamando de vitrolas.
A atual geração não é mais tapada que alguma anterior. Apenas a internet que deu poder de amplificar e tornar pública sua burrice. Isto os fizeram perder o pudor, encontrar outros idiotas que davam suporte para sair do armário, se aglomerarem (durante uma Pandemia) e eleger um presidente representante de seus valores e raciocínios.
Acho que segue a mesma quantidade de sempre a proporção de idiotas para quem lê mais do que dois parágrafos sem checar se alguém surpreendentemente publicou algo no Instagram. Qual a proporção?
Bom, se eu for atingido por um meteorito, vou me considerar com sorte por finalmente fazer parte de alguma amostragem maior.