Com o fluxo de mensagnes e pessoas novas aqui da lista diminuindo ao passar dos anos, encontrei no Manual do Usuário uma alternativa pra passar alguns minutos por dia lendo, escutando e conversando sobre internet (digital, conteúdo, consumo, etc...). Além do conteúdo editorial do site, há uma espécie de "
forum" e um grupo no Telegram pra quem colabora com o projeto mensalmente.
Acho que tanto a ArqHP como o Manual do Usuário, convergem para os mesmos assuntos. Lá, um pouco menos espinhoso e com assunto mais diversificado que aqui. Ainda assim, vejo bastante similaridade apesar das diferenças óbivias (aqui um grupo de e-mail, lá um fórum + grupo de mensages)
Espero que o Ira seja um consumidor do conteúdo do Manual e que algumas pessoas de lá venham pra cá um dia.
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https://manualdousuario.net/orbita-post/o-custo-do-gratis/Pensando nas questões de financiamento de software, acho que estamos em uma situação bem crítica, quando falamos de usuário final.
O que as pessoas chamam de “Enshittification” não é um problema que possa ser resolvido, é o objetivo declarado de todo software financiado por VC ou empresas de capital aberto: dominar mercado fazendo dumping, para depois recuperar isso com estratégias de monetização.
Outras formas de desenvolvimento, como empresas de capital fechado e open-source poderiam ser uma alternativa, mas fato que não estão funcionando.
O caso de redes sociais é o mais claro, pelo efeito de rede ser indispensável para funcionar. Outras coisas, como soluções profissionais (e.g. suíte de escritório, criativas), também dependem de um ecossistema de usuários grande para ser adotado.
Por causa da prevalência de soluções “gratuitas”, é muito difícil uma empresa independente atuar nesses mercado. Mesmo que algumas pessoas estejam dispostas a pagar, nem sempre é possível usar uma alternativa como decisão individual.
Open-source não teria esse problema do custo – funciona maravilhosamente bem para ferramentas e plataformas de desenvolvimento – mas e para usuário final? Temos exceções que confirmam a regra, como Blender e OBS por exemplo, mas via de regra não é competitivo.
Várias eventes recentes confirmam essas dificuldades de viver fora do modelo predatório, basta olhar as últimas do MdU e Órbita: Evernote, Castro e Simple Mobile Tools: o que está acontecendo com os aplicativos legais?; Firefox a beira do colapso?; Instapaper dobra preço da assinatura: melhor assim?.
E, mesmo que individualmente eu possa me esforçar, não resolve os grandes problemas como os efeitos das redes socias e da devassa dos dados.
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Joel Souza