O Governo vai determinar o parâmetro do que é verdade. O que poderia dar errado?

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Irapuan Martinez

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Nov 19, 2021, 10:32:58 AM11/19/21
to Lista ArqHp
Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar um parâmetro. (…)” — Próximo presidente do Brasil, cuja eleição foi contratada quando se elegeu um delinquente despreparado para encerrar a hegemonia justamente deste próximo presidente.

https://veja.abril.com.br/blog/radar/vamos-ter-que-regulamentar-as-redes-sociais-diz-lula-na-europa/ 

Tem muita gente dizendo que a eleição do Lula vai ser um aprimoramento da situação atual. Parte-se de uma verdade: Bolsonaro é o pior presidente da história republicana não apenas do Brasil, mas da humanidade.

Mas agora imagina um Lula agindo com a leniência das instituições que Bolsonaro obteve em seu mandato. 

Tem, claro, a “terceira via”. O Brasil só precisaria de um povo novo em folha para conseguir escapar da polarização política. E a terceira via, até semana passada, era o Bolsonaro de Esquerda, o Ciro Gomes. 

O desta semana, Sérgio Moro, é um Bolsonaro que sabe usar talheres.

Mauricio Fagundes

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Nov 20, 2021, 9:57:20 AM11/20/21
to ar...@googlegroups.com

Tem muita gente dizendo que a eleição do Lula vai ser um aprimoramento da situação atual. Parte-se de uma verdade: Bolsonaro é o pior presidente da história republicana não apenas do Brasil, mas da humanidade.

Isso porque só conhecemos essa forma de vida inteligente. Mas tenho a plena certeza de que em nenhum outro planeta existe algo pior.
 

Mas agora imagina um Lula agindo com a leniência das instituições que Bolsonaro obteve em seu mandato. 

Ainda tenho minhas dúvidas se o Lula realmente será candidato. Hoje é o único nome viável da esquerda, mas acho difícil acreditar que, aos 77 anos, ele realmente queira entrar nessa aventura novamente. Até porque é inegável que ele é, hoje, o político brasileiro mais amado fora do país. Me lembra o caso das estrelas do Guia Michelan, que levou chefs até ao suicídio.

O Lula conquistou algo caríssimo para um político: exerceu dois mandatos que são considerados muito bons e criou a imagem de um grande político. Eu, pessoalmente, discordo disso: acho que ele é, na verdade, uma pessoa carismática e um péssimo político, que apenas surfou uma onda e cometeu o maior estelionato eleitoral da História: se elegeu como o Lula e governou como o FHC, sempre dizendo que FHC deixou uma "herança maldita".

Sem juízo de valor, essa foi a terceira estrelinha dele. Agora ele só pode perder. E, lembrando uma frase que sempre lia na época do Lula: governar depois do FHC é mole, quero ver governar depois do arraso da dupla Sarney/Collor. Esse, sim, o grande mérito do FHC, que nunca nem cogitou colocar em risco suas estrelinhas. Quero ver como seria o Lula governar depois dos desastres Dilma e Bolsonaro.

Mas o Lula é o Lula. Tem respeito e um "nome a lesar". Será, mesmo, que ele entrará nessa aventura onde ele não tem nada a ganhar, apenas a perder? Bom, talvez o excesso de autoconfiança o faça imaginar que ele será aquele que nos salvará dos desastres mencionados acima (um deles, por sua responsabilidade - para mim a escolha da Dilma como sucessora é a maior prova da sua baixa qualidade política).

A minha leitura política (que vale tanto quanto uma nota de 3 reais, confesso) é que ele tenta se firmar como o virtual vencedor e depois, alegando cansaço, irá escolher aquele que será seu sucessor. Mas tem um porém: será que, fora da presidência, ele conseguirá isso? Somado, também, ao enorme desgaste dos escândalos de corrupção do seu governo e a clareza de que ele construiu um crescimento sobre um castelo de cartas, que ruiu quando as primeiras cartas foram retiradas (Mensalão, Petrolão e o pior de todos, o desastre Dilma - essa, sim, com um governo verdadeiramente "petista").

A estratégia fez água em 2018 - teve muito voto no Lula que não migrou para o Haddad (depois daquela pantomima de lançá-lo candidato na prisão), mas para o próprio Bolsonaro. Daí vem a "hipótese Biden": era o único que poderia derrubar o Trump e, mesmo sem condições ideais de saúde, encarou a eleição e conseguiu a vitória. Seguiremos por esse caminho?

A extrema-direita no Brasil fez surgir algo que inexistia: uma esquerda "respeitável". Essa, porém, ainda é muito identificada com o lulismo e acho que não conseguirá emplacar em 2022. E mesmo ela tenta se "afastar" do Lula, que já está totalmente intoxicado pela adesão incondicional da extrema-esquerda.

O que eu tiro disso tudo é que teremos muitos anos difíceis pela frente. E, por "muitos anos", quero dizer que possivelmente cobrirá todo o período que eu tenho de vida (algo entre 20 e 30 anos, acho pouco provável eu passar dos 84 (tenho 54).

ResumindoL o grande responsável pelo fato de essa esquerda "moderna" não emplacar tem nome: Luís Inácio Lula da Silva.
 

Tem, claro, a “terceira via”. O Brasil só precisaria de um povo novo em folha para conseguir escapar da polarização política. E a terceira via, até semana passada, era o Bolsonaro de Esquerda, o Ciro Gomes. 

O desta semana, Sérgio Moro, é um Bolsonaro que sabe usar talheres.

Exato. Terceira via no Brasil é só uma ressignificação dos termos "Primeira Via" e "Segunda Via". E, IMHO, o foco tem que ser a "morte política" do bolsonarismo. Enquanto isso viver, estaremos, com o perdão da má palavra, fudidos.


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Mauricio Fagundes

Irapuan Martinez

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Nov 24, 2021, 1:25:26 PM11/24/21
to Lista ArqHp
On Sat, Nov 20, 2021 at 11:57 AM Mauricio Fagundes <mauricio...@gmail.com> wrote:
Ainda tenho minhas dúvidas se o Lula realmente será candidato. Hoje é o único nome viável da esquerda, mas acho difícil acreditar que, aos 77 anos, ele realmente queira entrar nessa aventura novamente.

— Eles não têm dinheiro nenhum — Jacquel comentou quando voltaram ao carro. — Ele vai falar com Ibis amanhã. Vai escolher o enterro mais barato. Os amigos dele vão convencê-lo a dar tudo que ela tem direito, creio. Mas ele vai reclamar. Não tem dinheiro. Ninguém por aqui tem dinheiro hoje em dia. De qualquer modo, ele morre daqui a seis meses. Um ano, no máximo. 
Flocos de neve caíam e espiralavam na frente dos faróis. A neve estava chegando ao sul. Shadow disse: 
— Ele está doente? 
— Não é isso. As mulheres sobrevivem aos seus homens. Os homens... homens como ele... não vivem muito depois que a mulher se vai. Você vai ver... ele vai começar a delirar, todas as coisas que ele conhece vão embora com ela. Vai ficar cansado, e então vai se apagar aos poucos, desistir e pronto, morreu. Talvez a pneumonia o leve, ou o câncer, ou talvez o seu coração pare. Velhice, você perde toda a vontade de lutar. Daí você morre.

Gaiman, Neil. Deuses Americanos

=x=

Lula não está no auge do vigor. Obeso, é notória sua preferência por cigarrilhas francesas (como todo trabalhador simples que dizem, ele se identifica) e parece apreciar uns gorós. Achei que depois da morte da sua esposa, iria acontecer como o enxerto acima, que nada mais é do conhecimento popular e plus a mais, endossado por pesquisas: Homens casados vivem mais. 

Normal: O solteiro tem um infarto, acha que é uma dor de cabeça, toma um tylenol e se deita; O casado tem uma dor de cabeça, a esposa acha que é um infarto e toca para o hospital.

Mas o Lula já arrumou outra mulher para cuidar dele. E o Ricardo Stuckert, seu paparazzi pessoal, tomou umas aulas de Photoshop e está fazendo o Lula parecer 120 anos mais moço.

Mas a entrevista desta semana, onde Lula entrou no modo full Bolsonaro dizendo "Se Merkel pode ficar 16 anos no poder, por que o Ortega não?”, ele parecia um fantasma. Se o Brasil deu posse ao Tancredo, mortinho da Silva, Lula concorre duma cama de hospital sem o menor problema. Aliás, foi EXATAMENTE assim que Bolsonaro ganhou a eleição de 2018: De uma cama de hospital, sem destilar aquele brilhantismo em debates.

O PT não tem plano B. O plano A do PT é não ter plano B. Que é o contrário do PSDB, que tem plano A, B e C e ter plano A, B e C é o plano do A. "A" de "Aécio".

 
Até porque é inegável que ele é, hoje, o político brasileiro mais amado fora do país.

Reunião de família. Foi recomendado para eu não partilhar minha opinião sobre o Bolsonaro na mesa. Eu, obediente, me limitei apenas a elogiar quem o Bolsonaro já elogiou. No caso, na carta de 9 de Setembro, onde ele se rasga pelo Alexandre de Moraes.

O bate-boca comeu na mesa. Minha missão havia sido cumprida. Certa altura, um dos bolsonaristas solta o argumento definitivo em defesa das qualidades do Bolsonaro:

— Lula não tem condições de andar a pé no centro de alguma cidade!

Imagina se a qualidade do Bolsonaro seria o combate à regalias ou trabalho incansável por reformas. Sua qualidade exclusiva é não ser o Lula. Respondi:

— E deste quando isto é impeditivo de eleger alguém presidente?

É mais ou menos como Lula ter simpatia fora do país: Os franceses não votam para presidente no Brasil. Embora eu ache que o Lula deveria presidir a França para eles ver o que é bien contre la toux.

 
O Lula conquistou algo caríssimo para um político: exerceu dois mandatos que são considerados muito bons e criou a imagem de um grande político.

Ele quebrou o recorde de aprovação de um presidente. De quem era o recorde anterior?

DO SARNEY.

 
Somado, também, ao enorme desgaste dos escândalos de corrupção do seu governo e a clareza de que ele construiu um crescimento sobre um castelo de cartas, que ruiu quando as primeiras cartas foram retiradas (Mensalão, Petrolão e o pior de todos, o desastre Dilma - essa, sim, com um governo verdadeiramente "petista").

Lula, e por extensão todo petista, acha que urnas redimem. O progressismo adora um sistema plebiscitário. Então eles querem ser inocentados da corrupção ganhando nas urnas. 

Então, anotem:

— Moro vai ultrapassar Bolsonaro nas pesquisas;
— Em seis meses, os cabeça de bagre com camiseta da CBF terão todos aderido ao Moro;
— Se em 2018 Lula fomentou a polarização, em 2022 a eleição virará um plebiscito sobre a Lava-Jato.

Palavra de quem acertou a morte do Flash. Nas 32 vezes.

 
Exato. Terceira via no Brasil é só uma ressignificação dos termos "Primeira Via" e "Segunda Via". E, IMHO, o foco tem que ser a "morte política" do bolsonarismo. Enquanto isso viver, estaremos, com o perdão da má palavra, fudidos.

“Terceira via” é um conceito que tem data para acabar. No exato momento que Moro passar Bolsonaro nas pesquisas.

A imprensa inventou a coisa de "terceira via" querendo quebrar a repetição da polarização de 2018. Então quando esquecerem este conceito, 22 assumirá seu contorno, plebiscito sobre a Lava Jato.

Exceto se até lá, Bolsonaro consiga dar um autogolpe. Ele já topou, o Exército é que fica regulando os tanques de fumacê.
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