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Irapuan Martinez

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Apr 14, 2023, 11:30:16 AM4/14/23
to Lista ArqHp

Strange brew: Why negative branding is fueling the craft beer industry — Why are beers with seemingly unappealing names like Road Slush, Zombie Dust, and Atomic Torpedo fueling the rapid growth of the craft brewery industry?

(…) in 2021 the overall beer category grew 1% while craft beer grew 7.9%. They report craft beer has a 13% share or $6.8 billion of the US beer market. To put this growth in perspective, in 2011 there were zero taprooms and 1.4 million micro-breweries in the U.S. and by 2021 those numbers had grown to 2 million taprooms and 4.5 million micro-breweries.

(…) But Khessina says that it’s no accident that the success of these sometimes strangely named breweries and products comes from abandoning conventional branding principles.

“People really like small craft players because they think that they make their products not for money, but out of love for the product that they want to share. By contrast, consumers believe big companies focus on profits, not quality,” she said.

The consolidation of major beer brands feeds into that narrative. Over 30 years, 48 major brewers joined to form two super-brewer behemoths: Anheuser-Busch InBev and MillerCoors. As the number of national brands shrunk, home brewers started experimenting with unrepresented tastes and variety, and appealed to consumers wanting to support small, regional businesses.

The micro-brewery industry took off in the 1980s and 1990s with entrants such as Indiana-based 3 Floyds (Zombie Dust and Gumball Head), and Cleveland-based Great Lakes Brewing, which leans into negative imagery and emotions for its beers named for sunken ships (Edmund Fitzgerald) and vampires (Nosferatu). The quintessential bad boy brewery, Chicago’s Revolution Brewing, opened in 2010 with its Anti-Hero IPA, which helped to catapult it to the No. 1 brewery in Illinois. (…)

Joel Souza

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Jun 5, 2023, 1:43:59 PM6/5/23
to ar...@googlegroups.com
Aqui no RS uma das cervejarias que começou utilizando essa estratégia foi a Seasons.

Screenshot 2023-06-05 at 14.39.48.png

A receita fechava: uma ótima cerveja e o jeitão descolado de ser. Mas aí apareceu a mão invisível do capitalismo e anunciaram a fusão com outras marcas. Agora vende no Brasil inteiro, menos aqui.

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Joel Souza

Irapuan Martinez

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Jun 14, 2023, 10:12:39 AM6/14/23
to ar...@googlegroups.com
A humanidade está ali fazendo cerveja há uns 6 mil anos. Faraós beberam cerveja. Sumérios tinha uma deusa exclusiva para a cerveja, Ninkasi (e sim, existe uma cerveja com o seu nome). 

Não é combustível de foguete (Sim, também tem uma cerveja com este nome) preparar: Malta grãos e fermenta. Claro que hoje a gente tem acesso a coisas que os sumérios não tinham, como por exemplo, Teoria dos Germes. Por isso eu arrepio quando alguém sugere "resgatar receitas medievais/era do bronze de vinho ou cerveja").

Se é assim assim, porque não existe no mercado uma Ira Pale Ale (Mentira, existe realmente uma cerveja Ira)? Porque cerveja é um negócio que é um monte de coisas. Menos cerveja.

Séc. XX, a cerveja saiu das mãos de pequenos fabricantes, artesanais e caseiros, e virou um negócio de escala. Ajudou um pouco ter surgido neste meio tempo a refrigeração industrial — dando oportunidade para logística. Antes dela, cervejarias exploravam no máximo mercados municipais. Mais longe que isto, não vale a pena mandar entregar a cerveja lá. Você encarece a bebida, ela chega com má qualidade e na outra cidade, haveria uma cervejaria local que entregava melhor e mais barato.

Só aqui, a cerveja começa a perder importância no negócio de cerveja. Escala e logística passam a ser mais importantes.

Comecinho dos anos 90, a gente começa ver essas microcervejarias/artesanais colocando as manguinhas para fora, como a Devassa, Baden Baden ou Eisenbahn. Chegavam aqui nos Goiás poucas e absurdamente caras. Então as grandes cervejarias adquiriram estas marcas.

Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido: Começaram a ter escala e ter regularidade no fornecimento, em mercados distantes de onde surgiram.

Bem verdade, novamente, cerveja não era o negócio: Algumas destas iniciativas visavam ser compradas por uma grande cervejaria. Eram empreendedores investindo não em fabricar cerveja, mas em ter a operação comprada.

O quanto importa a logística? Esta semana, surgiu no Twitter algumas viúvas reclamando que uma marca de cerveja, Anchor, vai parar de ser distribuída fora da Califórnia. A Sapporo, que comprou a marca, decidiu que não valia mais a pena o investimento.

Os hipsters em campanha "apoie sua cervejaria local" não estão apenas de modinha, é uma questão muito prática você tomar cerveja local. Até porque, quanto mais fresca, melhor — não, fábricas não tem duas linhas de produção, uma para chopp e outra para cerveja. A diferença é que a cerveja é envasada (vidro ou lata) e toma um banho térmico (pasteurização), para ter sobrevida na gôndola. O chopp, sem este banho térmico, dura menos tempo e logo, sempre será mais fresco (se a casa em questã prestar atenção a estes detalhes, né).

Fun fact: Você pode resfriar sua cerveja, esquentar e resfriar novamente. Isto não a danifica. Até porque, ela é resfriada antes de ser envasada, para reter a cabornatação. A cerveja já chega re-resfriada em suas mãos.




Tanure

unread,
Jun 16, 2023, 5:48:49 AM6/16/23
to ar...@googlegroups.com
Aqui na batatolandia,  TODO brasileiro chega achando que vai ser um paraiso de IPA, ou seja la que cerveja hipster/coloridinha imaginam, e ficam meio chateados ao ouvirem falar das big 6 , que dominam quase tudo,  que basicamente se bebe helles,  mas de resto eh como o Ira falou, cervejarias locais. basicamente cada cidade aqui tem sua cerveja, seu pao e sua salsicha, e o povo do norte nem conhece as do sul

e cerveja aqui nao eh quente. mas nunca eh gelada. e tem sabor melhor que as BR no geral, mas acho  que tem mais a ver com isso, logistica e calor, que estraga as cervejas ai


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Luiz Tanure

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Irapuan Martinez

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Jun 16, 2023, 8:48:55 AM6/16/23
to Lista ArqHp
On Fri, Jun 16, 2023, 06:48 Tanure <leta...@gmail.com> wrote:
Aqui na batatolandia,  TODO brasileiro chega achando que vai ser um paraiso de IPA, ou seja la que cerveja hipster/coloridinha imaginam, e ficam meio chateados ao ouvirem falar das big 6 , que dominam quase tudo, 

Eu, na república xereca, digo, tcheca, só beberia Budweiser. Não a água de batata americana, a cerveja homônima que a big american não conseguiu tomar o nome, e fora do seu mercado é conhecida como Czechvar.

Ela e a Urquell. Ambas Pilsen (inclusive, esta última inventou o estilo).

Mas entendo seu ponto e sortudo como sou, fico numa cidade aonde não tem bebedouro nas praças com elas, mas só uma marca que dominou tudo. 

Anos 90, a Carlsberg pingou no Brasil. Em tempos de Brahma e Skol, gostei da novidade. Não emplacou e nunca mais vi. Nas vezes que atravessei o grande lago salgado que separa os continentes, nunca achei a marca.

Sobre mercados distantes, anos 80 no Brasil havia apenas três grandes marcas de cerveja: Brahma, Antarctica e Skol. Mas o norte do Brasil, mercado remoto, tinhas suas cervejas locais. Cerpa, Cervejas Pará, por exemplo.

Hoje a logística cobre o território e você acha Kaiser no Pará e a existe uma “Cerpa Tijuca”.



que basicamente se bebe helles

Eu poderia sobreviver nestas condições.


e cerveja aqui nao eh quente. mas nunca eh gelada. e tem sabor melhor que as BR no geral, mas acho  que tem mais a ver com isso, logistica e calor, que estraga as cervejas ai

Existe uma teoria que diz que o brasileiro congela sua cerveja e satura o café com açúcar pelo mesmo motivo: Disfarçar o paladar ruim de matéria prima xexelenta.

Gelada, a cerveja anestesiaram as papilas gustativas e cerveja ordinária ficaria palatável.

Muitas luas atrás, em Cancún, um clima tropical, percebi que a cerveja era só resfriada. Pode ser só uma questão de cultura mesmo — hoje o brasileiro tem coisa boa na gôndola mas continua congelando sua cerveja.

A questão de cultura é deste jeito: No México, na praia em frente a ilha de Cozumel, pedi um Cozumel. O garçom achou que eu estava falando portunhol. Bom, eu realmente estava, mas expliquei:

— Cerbeja, sale, hielo, lemón…

— Quieres una marguerita?

Então me dei conta que Cozumel é um drink mexicano que só existe no Brasil.
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