TENDÊNCIAS Conhecida como “The Merge”, a fusão que permitirá a migração da rede Ethereum para a Proof of Stake (Prova de Consenso), deve avançar no dia 6 de setembro deste ano. O evento aguardado há anos deve trazer novamente a disputa em torno da prova de trabalho, a chamada “mineração”, nas criptomoedas. O uso de máquinas para resolver cálculos matemáticos e dar sustentação à blockchain do Bitcoin é defendido pela segurança que agrega a rede, enquanto a PoS, que será adotada pelo Ethereum, promove a validação por meio menos intensivo em energia. Na prática, carteiras com 32 Ethereum se tornarão validadores das transações, recebendo uma taxa por isso. De acordo com dados da OKLink, ao menos 13,3 milhões de Ethers estão trancados com a finalidade de promover as validações da rede. O valor equivale a cerca de R$104 bilhões, que renderão uma renda passiva aos investidores. Sem a necessidade de mineração no processo, a expectativa é de que a emissão de novos tokens caia drasticamente, ocorrendo o que já foi apelidado de “triple halving”, em alusão ao evento que reduz pela metade as emissões de Bitcoin. Na prática, a rede Ethereum irá aumentar a oferta de tokens em 0,4% ao ano, contra os atuais 4,3%, tornando o Ether mais escasso, um argumento consistente de investimento, e com viés “ESG”, afinal, a rede irá reduzir em até 99,95% o consumo de energia. O evento "The Merge" deve começar dia 6 e será concluído entre os dias 10 e 20 de setembro. |