Eu acredito que o risco de chargeback é o menor dos motivos. Há dois mais proeminentes:
— Ao vender por cartão, a operadora vai morder uma taxa de administração. Coisa de 2 a 3% atualmente, mas não há muito tempo, chegava a 5%. E o Código de Defesa do Consumidor é claro em proibir que se cobre preços diferentes em função da forma de pagamento. Repassar a taxa para o cliente é ilegal.
— Toda movimentação em cartão vai para a Receita Federal. Antigamente, quando o uso de cartão de crédito não era difundido, tinha loja declarando 90% da operação em cartões de crédito. Isto era bandeira que o resto era sonegado. Mas hoje, com pagamentos eletrônicos difundidos, uma operação num shopping pode muito bem chegar nestes patamares sem configurar sonegação.
O site vendendo cryptowallet, além de constar estes dois itens, também quer provar o ponto que devemos adotar cryptos para escambar coisas por aí.
Há risco de chargeback? Já fui vítima. Em 15 anos, uma única vez. O dono do cartão pediu estorno alegando desvio dos dados. A operadora normalmente assume o rojão, mas desta vez, não.
Depende muito da operadora. Cielo e Master tem algoritmos que bloqueiam antes de aprovar a venda. Daí você pega a ZapiCred em Quixeramobim do Leste, seu algoritmo se limita a não deixar passar vendas acima de certo limite.
Esta semana, na passarela da burrice brasileira, o Twitter, um rapaz veio todo pimpão ostentar seu primeiro cartão de crédito. Como ele não era a faca mais afiada do faqueiro, postou a foto do número, validade e CVC.
No dia seguinte, estava com uma fatura de R$ 5 mil para pagar e não fazia a mínima ideia como isto foi acontecer. O cartão? Panamericano.