Hollywood é uma indústria tecnológica bilionária que produz conteúdo… Atacando a ciência e o capitalismo. Não é o melhor lugar para pescar argumentos.
Em todo caso, o filme "Eu, Robô" guarda semelhança com o livro do Asimov, apenas no título. O livro é uma compilação de contos curtos, cuja única personagem em comum é a Dra. Calvin — e no filme, é uma personagem secundária. O personagem do Smith, sequer existe.
Tem uns bons 20 anos que li, mas pelo que me lembre, não tange a questão de consciência dos robôs, mas as implicações das três leis.
Existe um episódio do Star Trek Next Generation, "
A Medida de um Homem", onde desejam desmontar um andróide único, Data, para replicar seu modelo e cada nave contar com seus serviços. Seus companheiros o defendem, alegando que ele é parte da equipe e não pode ser desmantelado para a engenharia reversa. O episódio se arrasta sobre como provar a identidade de Data como ser consciente e portanto, deveria ser protegido.
A solução? A abolição da escravatura. Escravos, ao longo da história, não eram reconhecidos como indivíduos, podendo ser vendidos, comprados, mal tratados. Antes tinham apenas um papel utilitário e posteriormente, lhes foi garantido o reconhecimento como indivíduos.
Então periga a humanidade fornecer um CPF para AI, ou qualquer outra atribuição como indivíduos que lhes garantam um apanhado de direitos, e ainda assim, se embananar em definir o que se trata ser consciência e como provar que ela existe. Não saberemos diferenciar consciência de uma imitação muito boa.
AI vai se virar contra a humanidade? Por que ela faria isto? Se é um ser vivo, existe um imperativo evolucionário. Este imperativo nunca foi sobre força, mas estar melhor preparado à mudança de ambientes. Não diz respeito a exterminar um nicho ecológico — bem estamos vendo quando humanos se metem a fazer isso, piora muito para eles
Todo o medo da AI hoje é exclusivamente oriunda de… Hollywood.