Celular que você não vai querer nem de graça

[Irapuan Martinez]

A evidência da nossa falência como sociedade: Existir a estratégia do “celular de ladrão” — você carrega um celular obsoleto para que o ladrão leve achando que é o melhor que você tem.

Assalto, né. O ladrão não tem minúcia e quando tiver tempo, só joga fora. Estratégia loss-loss.

Daí isto virar JOGADA DE MARKETING?

https://www.brahma.com.br/brahmaphone

A Brahma estará dando um celular da Positivo (por isto: De graça) um celular só com câmera obsoleta, GPS, SMS e app de transporte. Dizem que é “celular de carnaval” mas todos sabem que é o celular do nosso amigo, o ladrão.

Não dizem, mas duvido que não possa instalar o app essencial para sobreviver neste planeta, o Instagram. Afinal, as pessoas só estão presentes em algum lugar depois que postam nele. Até então, só se é um fantasma.

Pois sem Instagram, sabe que dia o cerumano vai deixar o celular atual em casa?

800 unidades sendo distribuídas pelo Brasil, uma estratégia barata e gerará mais burburinho do que de fato, cumprir a missão (vide eu aqui, divulgando). A própria iniciativa reconhece isso com o mote “criado por quem entende tudo de carnaval e nada de celulares”.

Não entende mesmo, achando que se for roubado, não perde-se nada. 

A account salvada estará lá.

[Mauricio Fagundes]

Estou nessa briga com um tablet Samsung que comprei. Não quero deixar lá nada que um ladrão possa usar. Mas uma vez confiei no "don't be evil" da Google. Resultado: agora tenho uma conta dessa empresa que pode ser usada para recuperar mais de 1.000 senhas que tenho no meu gerenciador de senhas.

Ou seja, só vou sair com ele de casa no dia em que conseguir tirar todas as contas que tenho atreladas ao Gmail. Aquele que, até hoje, não permite nem que você coloque proteção por biometria (até o Outlook da Microsoft já tem isso).

Para quem não lembra, a Google é aquela empresa que fez o maior golpe de ransomware da história, com as famigeradas "contas gratuitas do Workspace". E que, curiosamente, foi defendida até por quem foi prejudicado por ela.

[]s

Mauricio Fagundes

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[Irapuan Martinez]

Em sáb., 10 de fev. de 2024, 10:42, Mauricio Fagundes <mauricio...@gmail.com> escreveu:

Estou nessa briga com um tablet Samsung que comprei. Não quero deixar lá nada que um ladrão possa usar.

Tecnotronicamente, se o dispositivo móvel estiver fechado, nem o FBI abre.

O brêma é o amigo do alheio te subtrair durante o uso, desbloqueado. 

Emboramente muita informação sensível só esteja acessível em outra camada de segurança. Account do celular ou trava da tela, só habilita a mudança se você entrar com a senha antiga ou eventualmente, biometria. 

Bão, isso quando o hardware colabora. Celulares obsoletos, como o supracitado Positivo, não vai ter este requinte.

Mas uma vez confiei no "don't be evil" da Google. Resultado: agora tenho uma conta dessa empresa que pode ser usada para recuperar mais de 1.000 senhas que tenho no meu gerenciador de senhas.

Bancos digitais estão suscetíveis se você perder o acesso ao e-mail. Solução é ao perder, correr para bloquear o dispositivo perdido no Google Account e os bancos.

Nunca perdi a senha de um bancão, para saber se resetam via email.

Ou seja, só vou sair com ele de casa no dia em que conseguir tirar todas as contas que tenho atreladas ao Gmail. Aquele que, até hoje, não permite nem que você coloque proteção por biometria (até o Outlook da Microsoft já tem isso).

Deste o Nexus One o Gmail está lá escancarado, se você acessar o celular.

Vou imaginar que o perigo real é menor do que estimamos, já que nunca se deram ao trabalho de aplicar uma camada extra para ter acesso aos e-mails.

Talvez só baste o bloqueio do aparelho ao Google Account como segurança suficiente.

Para quem não lembra, a Google é aquela empresa que fez o maior golpe de ransomware da história, com as famigeradas "contas gratuitas do Workspace". E que, curiosamente, foi defendida até por quem foi prejudicado por ela.

Eu fui um que caiu neste golpe. Primeira dose, sempre de graça. Daí a conta parou de funcionar e só pagando — exatamente como o Maurício disse, golpe de ransomware para recuperar suas mensagens.

E pior que defendo eles cobrarem. Assim pelo menos tem o compromisso de não meter uma surpresa no meio do caminho. Kind of.

Anos atrás, Yahoo! prometeu 1 terabyte para você estocasse suas fotos no Flickr, de graça. Isto numa hora que 1 gigabyte já era surpreendente.

Embarquei e becapeei minha unidade externa de fotos lá — sempre tenha uma plano B.

Hoje, Yahoo! vendeu o Flickr e quem comprou o cadáver, toda vez que logo me ameaça de apagar minhas fotos, se eu não pagar pelo espaço ocupado.

[Mauricio Fagundes]

Bancos digitais estão suscetíveis se você perder o acesso ao e-mail. Solução é ao perder, correr para bloquear o dispositivo perdido no Google Account e os bancos.

Nunca perdi a senha de um bancão, para saber se resetam via email.

Já tem tempo que mudei meus emails de bancos para um de domínio próprio. Uso o Zoho neste domínio e o app deles, bem como o Microsoft Outlook, são protegidos por biometria. Entendi o que você falou do bloqueio do próprio celular, mas o app protegido é mais uma camada de segurança.

E uma coisa que eu sempre reclamei dos bancos (bancão ou banquinho): os apps deles devem ser difíceis de adentrar e fáceis se aforar. Mas alguns ainda teimam em esconder o "Sair" e ainda pedem confirmação. "Tem certeza que deseja fechar?". "Não, quero dar mais uma chance para aquele desprivilegiado da sociedade que precisa dividir minha riqueza"

Eu também nunca testei o reset da senha por email, vai que eles me mandam ir à minha agência (uma delas fica a mais de 1.000 km de distância)

Talvez só baste o bloqueio do aparelho ao Google Account como segurança suficiente.

Buenas, meu tablete pediu a minha carinha bonita, mas até agora eu não descobri como desbloqueá-lo com meu sorriso maroto. Só no PIN mesmo. O celular ainda tem a possibilidade de usar o dedo, mas dá para usar o PIN sem problema algum - é só uma questão de praticidade. E ontem eu coloquei o Microsoft Launcher (sim, tô até querendo comprar outro Windows Phone, mas preciso ir para 2014 comprar). Ele tem os apps escondidos, que precisam de outra senha para serem exibidos.

Fácil de quebrar? Talvez, mas aumenta o tempo que o amigo do alheio precisa para conseguir fazer qualquer coisa, aumentando o meu tempo para bloquear tudo.

E pior que defendo eles cobrarem. Assim pelo menos tem o compromisso de não meter uma surpresa no meio do caminho. Kind of.

Eu também defendo que cobrem, desde que não venham com esse papinho de "eu sou superlegal e deixo sua empresa ter uma conta gratuita, porque você abriu em 1953". Aí, quando você tem milhares de documentos (mais proprietários do que os da própria Microsoft) eles mandam você pagar.

Bão, tem o Google Takeout. Aí eu pedi o meu. E deu um erro lá, claramente problema deles. Mas eles me socaram um monte de documentos para eu ler (já tinha lido tudo). Só quando eu fechei o tempo que eles resolveram fazer o que tinha que ser feito desde o começo: limpar a sujeira deles (sei lá o que foi, mas dava erro sempre que eu tentava acessar os arquivos).

Baixei o que tinha lá. E sabe aquelas planilhas muito bonitinhas do Google Shits, ops, Sheets? Virou tudo CSV. Bonito isso, né? Imagina quem confiou nos cabras e não podia nem usar um Libre Office para abrir trocentas milhões de planilhas que tinham milhares de cálculos...

Os caras são mais fechados que cofre de banco, mas a comunidade que adora defender software livre defende a Google com unhas e dentes. E, agora, nem dá mais para confiar no papinho do "don't be evil" (ah, claro, eles já até apagaram tudo que tinha essa frase - depois de enviar o boleto, claro).

Microsoft, por incrível que pareça, é mais aberta que a Google. O curioso é que numa comunidade dessas fui ironizado por dizer que o OpenXML era aberto. Usando Google Docs, claro.

Em tempo: tem uma universidade federal (acho que de Juiz de Fora) que está brigando com eles (por isso, estão mantendo o armazenamento que prometeram). A desculpa deles? Os estudantes estão usando aquele espaço para colocar joguinho lá. Ou seja, a culpa é da vítima.

Mauricio Fagundes

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