Aquele pessoal que mora no Linkedin adora duas carochas: McDonald's não é uma rede de podrão e o Starbucks não vende só essência da vida, café. McDonald's seria uma empresa imobiliária e a cafeteria, um banco.
Acontece que o modelo de franquia do McDonald's implica em comprar o imóvel para o franqueado o alugar (ao invés de pagar taxa de franchise); os cartões de presente do Starbucks movimenta uma quantidade tão considerável de dinheiro que ela hoje virou uma rede financeira.
A ideia da fintech não é apenas rogues mordendo beiradas do mercado, é também empresas que fazem bem qualquer outra coisa, ser banco também.
Vai dar certo? Bom,
nem sempre é uma saída Sadia. A fabricante de presunto virou presunto quando começou a ganhar mais dinheiro fazendo investimentos do que os embutidos. Quando tomou um tombo, nem todas as salsichas salvaram a empresa. De tentativa hostil para adquirir a Perdigão, acabou sendo comprada por essa (nascendo assim a BR Foods).
A entrada das big techies tende a melhorar o ambiente bancário a médio prazo. Concorrências e apps que não saem do ar, mais um suporte que funciona de verdade, não um sistema pra te enrolar. Mas a Apple não pode perder de vista o que ela faz muito bem (cabos USB — são indestrutíveis) pra não acontecer com ela o que aconteceu com a Sadia.
Grandes bancos como os Bradescitaú da vida se salvarão? O único protegido é o Banco do Brasil, que nunca precisou dar lucro e se não der, as burras públicas o salvam. Outros bancos não tem qualquer segurança.
Fun fact: O Jornal Nacional tem este nome porque o primeiro patrocinador era o Banco Nacional. O programa tinha literalmente o nome do patrocinador. O banco foi-se, o programa segue até hoje. E assim foi com o Banco Real ou supracitado Bamerindus.