Eita, Jakobão está vivo ainda? Sempre gostei do texto dele — por irritar os web developers. Falha minha não continuar acompanhando-o
Metade da população escrever “prástico” ou achar que um vírus não contamina se o paciente tiver força de vontade, não é propriamente um paradigma do AI, é intelectual.
Inteligência é um asset caro. Você o obtém a partir da experiência ou eventualmente, através da criatividade. O sujeito precisa investir seu tempo em atividades aborrecedoras, como estudar. Resultado, a maioria prefere gastar seu tempo assistindo BBB.
Mas este é o pulo do gato das LLMs.
Antigonamente, o computador fornecia a resposta que você quisesse, deste que você o ensinasse antes — um troço chamado “programação”, não sei se já ouviram falar.
Hoje, eu consigo rodar Python no Jupyter meramente dizendo o que vai entrar e o que deve sair, com um prompt maroto.
No primeiro cenário, o usuário precisa conhecer os paranauês. No segundo, ele precisa ter uma ideia sobre.
É meio como operar um ar condicionado: Você não vai conseguir que o aparelho arrebente pipoca. Você tem ideia dos outputs possíveis. Não precisa ser um engenheiro criogênico também.
O primeiro cenário era um confortável paradigma de emprego: Você recebe salário de acordo com sua experiência — praticamente igualando experiência com a qualidade dos outputs (ninguém soube explicar a ponte entre os dois, mas é verdade na maioria dos casos).
Agora, o output depende da qualidade do pensamento do usuário. Isto é abstrato pra chuchu. Como você vende uma unidade de pensamento no mercado? Você está neste ponto da história do emprego.