Alguém dê um Nobel a este homem
Irapuan Martinez
Dec. 1, 2022 OPINION PAUL KRUGMAN
We are, many people say, going through a “crypto winter.” But that may understate the case. This is looking more and more like Fimbulwinter, the endless winter that, in Norse mythology, precedes the end of the world — in this case the crypto world, not just cryptocurrencies but the whole idea of organizing economic life around the famous “blockchain.”
And the real question, it seems to me, is why so many people — not just naïve small investors, but also major financial and business players — bought into the belief that this bad idea was the wave of the future.
A blockchain is a digital ledger associated with an asset, recording the history of transactions in that asset — who bought it from whom and so on. The asset could be a digital token like a Bitcoin, but it could also be a stock or even a physical thing like a shipping container. Ledgers, of course, are nothing new. What’s distinctive about blockchains is that the ledgers are supposed to be decentralized: They aren’t sitting on the computers of a single bank or other company; they’re in the public domain, sustained by protocols that induce many people to maintain records on many servers.
These protocols are, everyone tells me, extremely clever. I’ll take their word for it. The question I’ve never heard or seen satisfactorily answered, however, is, “What’s the point?” Why go to the trouble and expense of maintaining a ledger in many places, and basically carrying that ledger around every time a transaction takes place?
The original rationale for Bitcoin was that it would do away with the need for trust — you wouldn’t have to worry about banks making off with your money, or governments inflating away its value. In reality, however, banks rarely steal their customers’ assets, while crypto institutions more easily succumb to the temptation, and extreme inflation that destroys money’s value generally happens only amid political chaos.
Still, there was an alternative, more modest justification for using blockchain technology, if not necessarily for cryptocurrencies: It was supposed to offer a lower-cost, more secure way to keep track of transactions and stuff in general.
But that dream appears to be dying, too.
Amid all the sound and fury over FTX, I’m not sure how many people have noticed that the few institutions that seriously tried to make use of blockchains seem to be giving up.
Five years ago, it was supposed to be a big deal — a sign of mainstream acceptance — when Australia’s stock exchange announced that it was planning to use a blockchain platform to clear and settle trades. Two weeks ago, it quietly canceled the plan, writing off $168 million in losses.
Maersk, the shipping giant, has also announced that it is winding down its efforts to use a blockchain to manage supply chains.
A recent blog post by Tim Bray, who used to work for Amazon Web Services, tells us why Amazon chose not to implement a blockchain of its own: It couldn’t get a straight answer to the question, “What useful thing does it do?”
Add in the costs associated with other tokens and the resources burned up in abortive efforts to apply a blockchain approach to everything, and we’re probably talking about waste on an epic scale.
No doubt I’ll hear from many people still insisting that I don’t get it. But it really looks as if there never was an it to get.
Irapuan Martinez
Irapuan Martinez
and extreme inflation that destroys money’s value generally happens only amid political chaos.
Guilherme Silva
Vinicius Vollrath
Irapuan Martinez
O Bitcoin morreu diversas vezes. E ainda assim, se você quiser um, terá de desembolsar algo em torno de 100 mil reais. A unidade.Aquela mesma unidade que já pagaram 12 mil por uma pizza.
Qual seria um sinal de que as Bitcoins iriam perder o valor? Se o ticket da Infomoney parar de aparecer a cotação do Bitcoin (ou da Bloomberg), se todas as corretoras criptos que trocam Bitcoins por moeda forem inviabilizadas... Bom, aí pode ser que estejamos entrando em uma área cinza.
Se for realmente difícil trocar Bitcoin por valor (via moeda ou serviços)... Então será um problema para as criptos.
Uma das desgraças é que toda a novidade sempre atrai golpistas. Muitos usam a valorização insana do Bitcoin ao longo dos anos como uma desculpa para aplicar golpes dos mais diversos: criação de novos tokens que prometem ser a "nova Bitcoin", ou a pura e velha pirâmide mesmo. E não é nem escondida não... Porque você acha que o faraó dos Bitcoins tem esse nome?
Ver alguém reclamando da inutilidade do consumo de energia da mineração é igual a ver alguém reclamando que um show de sertanejo não agrega valor: tecnicamente pode estar até correto. Em um mundo perfeito, não teríamos sertanejo, show com dezenas de milhares de pessoas gastando tempo e dinheiro de forma a ouvir algo que poderia facilmente (com o mesmo hardware) ser uma boa música. Mas a realidade não se importa com este argumento, e vai ter show sertanejo sim. A despeito do que eu penso sobre isso.
Vinicius Vollrath
O que é a 'doença dos prêmios Nobel', que pode afetar as mentes mais brilhantes
- Laura Plitt
- BBC News Mundo
Guilherme Silva
No começo do ano, comecei acompanhar uma iniciativa chamada Milk Road. Newsletter sobre crypto, mas o pessoal iria criar uma carteira pública de cryptos com um objetivo de valor a ser atingido. Não lembro mais, acho que era US$ 1 milhão.A carteira já perdeu mais de 60% deste o início.
Charles Pilger
Alteração em domínio da FTX eliminou NFTs
Quando a FTX quebrou, o domínio ftx.us foi redirecionado para uma página explicando o processo de falência. Ninguém reparou ou se importou com um detalhe: vários NFTs cunhados pela FTX confiavam em uma API hospedada naquele domínio, o que significa que ao removê-la dali, os NFTs sumiram.
Dá para ver o resultado na coleção de NFTs do festival Coachella (exemplo de um NFT que supostamente vale ~US$ 19,7 mil). Em vez das imagens, quadrados cinzas são exibidos. Se ao menos soubéssemos que isso poderia acontecer… Via Web3 is Going Great (em inglês).
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Charles Pilger
Site: http://www.charles.pilger.com.br
"Tecnologia é mato, o importante são as pessoas" - @dpadua
Sent using Traditional Carrier Pigeon Internet Protocol http://www.ietf.org/rfc/rfc1149.txt
Irapuan Martinez
Paul, Paul dodói...
O que é a 'doença dos prêmios Nobel', que pode afetar as mentes mais brilhantes
Irapuan Martinez
Putz, você também tem dúvidas sobre se a bolsa de valores é um negócio legítimo baseado no retorno da carteira da empiricus?
Irapuan Martinez
Alteração em domínio da FTX eliminou NFTs
Guilherme Silva
Irapuan Martinez
Charles Pilger
O Brasil enfrenta vários desafios e problemas em diferentes áreas, incluindo a economia, a política, a saúde pública, a educação, a segurança, entre outras. Encontrar soluções para esses problemas não é tarefa fácil e requer o esforço e a colaboração de governos, empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos. Algumas soluções podem incluir a implementação de políticas públicas eficientes, o investimento em setores estratégicos, a melhoria da qualidade de serviços públicos, a promoção de iniciativas inovadoras e o envolvimento da sociedade civil em processos de tomada de decisão. É importante lembrar que encontrar soluções para os problemas do país pode ser um processo longo e complexo e que é necessário ter paciência e perseverança para avançar.
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O Brasil é um país com uma economia diversificada e uma sociedade complexa, e como todos os países, enfrenta desafios e tem problemas a resolver. Alguns dos principais desafios atuais do Brasil incluem:
Desigualdade e pobreza: o Brasil tem um dos mais elevados índices de desigualdade de renda na América Latina, o que leva a uma grande diferença entre os que têm muito e os que têm pouco. A pobreza extrema ainda é um problema sério no país, especialmente em áreas rurais e nas regiões Nordeste e Norte.
Saúde: o Brasil enfrenta desafios na área da saúde, incluindo a falta de acesso a serviços de saúde de qualidade, principalmente em áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste, e o alto custo de medicamentos e tratamentos. Além disso, o país tem enfrentado epidemias de doenças como a dengue, a febre amarela e a COVID-19.
Educação: o Brasil tem um sistema de educação com grandes desigualdades, especialmente entre as regiões do país. Enquanto algumas escolas são de alta qualidade, outras carecem de recursos e profissionais qualificados, o que leva a uma grande disparidade no nível de educação entre os estudantes.
Infraestrutura: o Brasil tem uma vasta extensão territorial e, em algumas regiões, a falta de infraestrutura, como estradas e pontes, pode ser um obstáculo para o desenvolvimento econômico e social. Além disso, o país enfrenta problemas com o abastecimento de água e energia em algumas áreas.
Segurança pública: o Brasil tem uma alta taxa de violência e criminalidade, especialmente nas grandes cidades. A falta de investimentos em políticas de segurança e a corrupção na polícia têm sido alguns dos principais fatores que contribuem para esse problema.
Esses são apenas alguns dos desafios enfrentados pelo Brasil, mas existem soluções possíveis para todos eles. Algumas medidas que poderiam ser tomadas incluem investimentos em políticas de inclusão social e redução da desigualdade, melhorias no sistema de saúde e educação, investimentos em infraestrutura e reformas na segurança.
Irapuan Martinez
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Mario Aragão
“Criptomoedas são esquema de pirâmide, não servem para nada”, afirma pesquisador da Unicamp
Em entrevista, professor da Unicamp Jorge Stolfi explica por que moedas virtuais como o bitcoin não geram valor. E o comércio delas beneficia apenas quem está no topo do sistema
Em 2014, no início da febre das criptomoedas, o cientista da computação Jorge Stolfi foi surpreendido com uma provocação. “O bitcoin é o novo Telexfree?”, perguntou no Twitter um dos seus seguidores.
A questão fez o professor titular da Unicamp e Ph.D. pela Universidade de Stanford iniciar uma investigação quase solitária sobre o funcionamento dos blockchains e a essência das criptomoedas.
Atualmente, Stolfi faz parte de um número crescente de críticos das moedas virtuais, que hoje têm entre seus maiores investidores nomes de peso como o bilionário Elon Musk. Mas, para o professor brasileiro, o bitcoin, o Ethereum, o Thether ou o USD Coin, por exemplo, não têm nenhum valor intrínseco e são inúteis até mesmo para efetuar transações.
E, em resposta à pergunta feita há oito anos, Stolfi não tem dúvidas: para ele, do mesmo modo que a Telexfree – uma das maiores fraudes financeiras da história do país –, as moedas virtuais não passam de esquemas de pirâmide.
“Todos os bitcoins em circulação somam 400 bilhões de dólares. Mas isso é imaginário, porque não tem nada em nenhum lugar que valha um real. Uma hora dessas as pessoas vão perceber isso e vender tudo antes que os outros percebam”, afirma Stolfi.
Em entrevista à DW Brasil, ele explica por que as criptomoedas não geram valor e o comércio delas beneficia apenas quem está no topo do sistema, qual sua relação com outros esquemas Ponzi e um certo tipo de ideologia política. E por que estão fadadas a, um dia, entrar em colapso.
DW Brasil: O senhor afirma que criptomoedas são esquemas de pirâmide. Por quê?
Jorge Stolfi: Quando você investe em criptomoedas, a única maneira de receber o dinheiro de volta é com um outro investidor colocando dinheiro, porque não há nenhuma fonte que possa dar esse dinheiro de volta.
É bem diferente de uma ação. Nesse caso, a empresa cria riquezas, presta serviços, gera dinheiro – e o lucro que vem disso pertence aos acionistas e investidores. Essa é a ideia básica do investimento produtivo.
Na pirâmide financeira, você tem uma estrutura em que o seu nome vai subindo e, quando chega lá em cima, você ganha um monte de dinheiro, mas porque ele vem de outros que investiram na pirâmide.
Suponha que você compre um bitcoin por 20 mil dólares e venda por 50 mil dólares. Você ganhou 30 mil dólares. Mas por quê? Por que alguém comprou o seu bitcoin por 50 mil dólares. Esses 30 mil dólares não vieram de uma atividade produtiva; no caso de um sistema, é puramente transferência.
A rede de bitcoin não tem absolutamente nada. Uma empresa tem fábricas, logística, produtos, patentes, todas essas coisas pertencem aos donos das ações, qualquer lucro pertence aos acionistas. No caso de criptomoedas, não tem bens, não tem produtos, não tem nada.
Qualquer dinheiro que você coloca, quando compra bitcoin, vai imediatamente para o bolso do investidor ou do minerador, que está no topo da pirâmide.
E ninguém percebeu ainda esse esquema?
Quem entende de investimento, quando vai investir em ações de uma empresa, a primeira coisa que pergunta é como são as finanças da empresa, quantos produtos ela vende e qual o lucro dos últimos anos.
Investidores que entendem o que estão fazendo fazem essa conta. Mas quem investe em bitcoin não é esse tipo de investidor. É o pessoal que não entende essa lógica, não consegue nem entender que tem investimentos produtivos e tem esquemas Ponzi ou de pirâmides – e que vale a pena investir no primeiro, mas que tem que ficar longe do segundo.
Há quem esteja consciente de que é um esquema-pirâmide, mas pensa em sair na hora certa e ganhar dinheiro com isso. Muitos dos grandes investidores com certeza entendem isso e se acham espertos, e que vão conseguir ganhar nisso.
Então se as pessoas param de jogar esse jogo…
O preço do bitcoin é um número aleatório, porque quem está investindo a longo prazo não tem a menor ideia de qual é o preço real. O gráfico do bitcoin tem coisas que você não vê em ações de empresa.
O pessoal que está fazendo trading está comprando e vendendo, comprando e vendendo, então o preço está mexendo aleatoriamente. Aí, de repente, alguém faz uma grande compra, e o preço vai lá para cima, e os jogadores, em vez de voltarem para aquele preço anterior, continuam transacionando nesse novo preço, simplesmente porque eles não têm a menor ideia de qual preço estava certo. O mesmo acontece com alguém que vende muito, e o preço vai lá embaixo.
Você não vê isso em ações, porque quando há uma grande compra e o preço sobe, os investidores veem que o preço está alto demais e aí vendem, e o valor da ação volta para o nível normal.
Tem horas que ações também caem, se por exemplo foi descoberto um defeito nos carros de uma montadora, e a empresa vai ter um prejuízo para consertá-los. Em bitcoin, não há essa referência por preço: é um número aleatório. O preço sobe porque tem muita gente dizendo que o preço vai subir mais.
Mas um dia todo esquema de pirâmide entra em colapso, porque não tem nada lá dentro. Hoje, todos os bitcoins em circulação somam 400 bilhões de dólares. Mas isso é imaginário, porque não tem nada em nenhum lugar que valha um real. Uma hora dessas, as pessoas vão perceber isso e vender tudo antes que os outros percebam.
Segundo os mineradores de criptomoedas, o lastro do bitcoin e de outras moedas virtuais viria da quantidade de energia gasta para minerá-las. Isso não gera valor? Ou é apenas um argumento vazio?
Essa energia que é gasta pelos mineradores é negativa, não positiva. Para manter o sistema rodando, os mineradores precisam gastar quase 20 milhões de dólares por dia em eletricidade. E quem dá esse dinheiro para eles são os investidores, que vão comprando bitcoins. Se você dividir esse valor pelo número de transações que o sistema faz, dá mais ou menos 50 dólares por transação.
Agora, a pessoa que está usando o sistema para mandar dinheiro não paga isso, paga 1 dólar ou menos – isso porque o custo do sistema é subsidiado pelos investidores de bitcoin. Por enquanto eles estão queimando o dinheiro dos investidores. Se eles algum dia tiverem lucro, talvez seja justificado. Mas no caso do bitcoin nunca vai ter lucro, porque não tem empresa, não tem nada por trás.
E o argumento de que as criptomoedas têm valor por ser em número limitado?
Tem gente que fala que só vai ter 21 milhões de bitcoins até o fim do mundo e que por isso eles são valiosos. O fato de eles se encerrarem não faz que eles fiquem valiosos. Além de ser raro, tem que ter uma demanda de consumo. Os palitos de dentes que eu usei são raros, não vai ter mais que mil palitos, mas não valem nada, porque não ninguém quer, não adianta ser raro.
Mas as pessoas compram essa história de como o negócio que é raro vai ser valioso, contam uma mentira que o ouro só é valioso porque é raro, mas o ouro é excelente para fazer joias e outras coisas. Não tem substituto para esse metal, assim, dois terços de todo ouro que é minerado é usado em joias e para dourar coisas. Já o bitcoin não serve para nada.
Mas não serve nem como moeda para transações?
Algumas criptomoedas têm capacidades maiores. Mas o bitcoin, por exemplo, só consegue fazer 400 mil transações por dia. A empresa que está gerenciando o bitcoin prometeu que nunca vai aumentar esse número – ela diz que é uma vantagem.
Essas 400 mil transações por dia significam que se o sistema tiver 4 milhões de usuários, eles só vão poder fazer uma transação a cada dez dias.
E mais do que isso, mais de 80% das transações que o sistema faz não são pagamentos. Pagamento é quando uma pessoa dá uma moeda para uma pessoa em troca de bens e serviços, mas a grande maioria das transações do bitcoin são simplesmente mineradores que têm que pagar um monte de gente que tem maquininha de minerar e fazem sistemas de pools, pagamentos que não são de serviços e são simplesmente parte da operação do sistema, ou seja, é um custo interno do sistema.
Tem um monte de gente que deposita bitcoin nas bolsas de bitcoin ou tira de lá, isso também não é serviço, pois eles não estão transferindo para outra pessoa. E assim por diante.
Então, se talvez só menos de 20% de todas as transações são pagamentos, elas não são feitas a cada dez dias: se tiver 4 milhões de usuários, é a cada 100 dias, ou três meses. Então não tem absolutamente nenhuma possibilidade de o bitcoin vir a ser útil em comércio.
Mas não existem outras criptomoedas mais rápidas?
Tem moedas que têm dez segundos, como Ethereum, é possível mexer nesses parâmetros. Mas esse tipo de moedas que são semelhantes têm um problema: elas têm que garantir que, uma vez que você pagou uma mercadoria, comprou alguma coisa e fez um pagamento para a loja, você não vai, depois que recebeu a mercadoria, estornar o pagamento.
Mas, por outro lado, se alguém rouba ou tira o seu dinheiro, vende uma mercadoria que não manda, ou a mercadoria está estragada e quer ter a possibilidade de estornar… Empresas tipo Visa e PayPal têm que ter funcionários que decidem se um estorno é autorizado ou não. E quando você tenta fraudar um negócio, eles têm advogados que vão atrás e processam você. Mas um sistema descentralizado, que todas as criptomoedas podem ter, não tem esse tipo de serviço.
O fato de as transações serem feitas de forma anônima é um risco?
Todos os criminosos adoram os bitcoins, porque é a definição de anônimo: não tem como rastrear, é anônimo e a vítima não pode reverter o pagamento. Antes do bitcoin, eles tinham o problema de como cobrar o resgate das vítimas: se eles pedem um depósito bancário, a polícia pega, por exemplo.
É por isso que o ransonware não existia antes do bitcoin. Agora ele é a maior modalidade de crime de informática. Antes, costumava ser roubo de informação de empresa ou de credenciais, tipo dados de cartão, mas passou isso e agora está na faixa de 5 a 10 bilhões de dólares de prejuízo, sem contar o transtorno. E tem também drogas pelo correio, que o cara paga em bitcoin e recebe em casa.
Isso é um outro problema para que, mais cedo ou mais tarde, os governos vão ter que abrir os olhos e ver que não dá para deixar esse negócio livre. Nos EUA, não tem nenhuma agência que regulamente criptomoeda. No Brasil também não.
O resultado é que, se não tem ninguém que regulamente, os vendedores de bitcoins podem contar as maiores mentiras que quiserem, de como é valioso porque o número é limitado, de que cada criptomoeda tem um lastro que é a energia que foi gasta nela. Porém, se fosse uma ação e eles falassem isso, iriam para a cadeia. O que vai acontecer é que mais cedo mais tarde vai ter que fechar o negócio, e aí o preço vai cair e todo mundo vai perder.
Mas por que tem tantos entusiastas? Podemos falar que é uma bolha que ainda não estourou?
Bolha pode ser uma ação que deveria valer R$ 10, subiu para R$ 100, estourou e aí voltou. Bitcoin é uma bolha que saiu do zero. O dia que ela estourar não vai para R$ 10 ou R$ 1.000, vai para zero.
O entusiasmo se explica, em primeiro lugar, porque, enquanto outros investimentos prometem 10%, 30% de lucro ao ano, o bitcoin promete lucros de 10.000% ao ano. Isso significa que um sujeito que só tem R$ 1.000 para investir de repente pode comprar um carro com o lucro, e isso deixa as pessoas malucas.
Outra coisa é que mesmo quem não entende direito como as finanças funcionam tem vagamente a ideia de que o preço só vai subir se mais gente investir. Então todo cara que investe em bitcoin vira um vendedor em potencial.
Tem algumas poucas pessoas que gostam do bitcoin pela ideologia, elas acham que o mundo seria melhor se não tivesse governo, então adoram a ideia que seria um meio de pagamento que não tem controle. Mas 99% dos investidores estão convencidos que isso vai tirá-los da miséria.
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Em 7 de dez. de 2022, à(s) 18:00, Irapuan Martinez <ira...@gmail.com> escreveu:
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Antonio Jozzolino
A questão fez o professor titular da Unicamp e Ph.D. pela Universidade de Stanford iniciar uma investigação quase solitária sobre o funcionamento dos blockchains e a essência das criptomoedas.
É bem diferente de uma ação. Nesse caso, a empresa cria riquezas, presta serviços, gera dinheiro – e o lucro que vem disso pertence aos acionistas e investidores. Essa é a ideia básica do investimento produtivo.
Algumas criptomoedas têm capacidades maiores. Mas o bitcoin, por exemplo, só consegue fazer 400 mil transações por dia. A empresa que está gerenciando o bitcoin prometeu que nunca vai aumentar esse número – ela diz que é uma vantagem.
O resultado é que, se não tem ninguém que regulamente, os vendedores de bitcoins podem contar as maiores mentiras que quiserem, de como é valioso porque o número é limitado, de que cada criptomoeda tem um lastro que é a energia que foi gasta nela.
Tem algumas poucas pessoas que gostam do bitcoin pela ideologia, elas acham que o mundo seria melhor se não tivesse governo, então adoram a ideia que seria um meio de pagamento que não tem controle. Mas 99% dos investidores estão convencidos que isso vai tirá-los da miséria.
Enviado do meu iPhoneEm 7 de dez. de 2022, à(s) 18:00, Irapuan Martinez <ira...@gmail.com> escreveu:
Como moeda, Bitcoin flopou. Deflacionado e especulativo, não tem sentido você usar a moeda para comprar uma mariola. El Salvador está passando um cortado.
Mário Aragão
Sabe que tem um site que registra quantas vezes o BTC morreu, né? Só o SPX subir que o BTC segue...
Antonio Jozzolino
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Antonio Jozzolino
Irapuan Martinez
“Criptomoedas são esquema de pirâmide, não servem para nada”, afirma pesquisador da Unicamp
“Todos os bitcoins em circulação somam 400 bilhões de dólares. Mas isso é imaginário, porque não tem nada em nenhum lugar que valha um real. Uma hora dessas as pessoas vão perceber isso e vender tudo antes que os outros percebam”, afirma Stolfi.
Jorge Stolfi: Quando você investe em criptomoedas, a única maneira de receber o dinheiro de volta é com um outro investidor colocando dinheiro, porque não há nenhuma fonte que possa dar esse dinheiro de volta.
É bem diferente de uma ação. Nesse caso, a empresa cria riquezas, presta serviços, gera dinheiro – e o lucro que vem disso pertence aos acionistas e investidores. Essa é a ideia básica do investimento produtivo.
O preço do bitcoin é um número aleatório, porque quem está investindo a longo prazo não tem a menor ideia de qual é o preço real.
Essa energia que é gasta pelos mineradores é negativa, não positiva. Para manter o sistema rodando, os mineradores precisam gastar quase 20 milhões de dólares por dia em eletricidade. E quem dá esse dinheiro para eles são os investidores, que vão comprando bitcoins. Se você dividir esse valor pelo número de transações que o sistema faz, dá mais ou menos 50 dólares por transação.
Além de ser raro, tem que ter uma demanda de consumo. (…) Mas as pessoas compram essa história de como o negócio que é raro vai ser valioso,
contam uma mentira que o ouro só é valioso porque é raro, mas o ouro é excelente para fazer joias e outras coisas.
A empresa que está gerenciando o bitcoin prometeu que nunca vai aumentar esse número – ela diz que é uma vantagem.
É por isso que o ransonware não existia antes do bitcoin.
Irapuan Martinez
Em 7 de dez. de 2022, à(s) 18:00, Irapuan Martinez <ira...@gmail.com> escreveu:Como moeda, Bitcoin flopou. Deflacionado e especulativo, não tem sentido você usar a moeda para comprar uma mariola. El Salvador está passando um cortado.Sabe que tem um site que registra quantas vezes o BTC morreu, né? Só o SPX subir que o BTC segue...
Antonio Jozzolino
Flopar é diferente de morrer.Linux não morreu. Mas a promessa de tomar o lugar do Windows, flopou.
Bitcoin como moeda não vingou mais do que tem gente usando Linux em desktops. A saída? Alguma empresa criar uma IDE amiguinha para o sujeito não precisar escrever um script para formatar um disquete ou pagar por uma mariola.
Guilherme Silva
Antonio Jozzolino
E o povo daqui só vai começar a enteder o valor do Bitcoin se algum cabeça-de-ovo aleatório se tornar ainda mais autoritário; como você armazena
Guilherme Silva
E o povo daqui só vai começar a enteder o valor do Bitcoin se algum cabeça-de-ovo aleatório se tornar ainda mais autoritário; como você armazenaOfensivo, generalização grosseira. 😁
Antonio Jozzolino
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Guilherme Silva
Grande momento de humor da TV brasileira :-)
Antonio Jozzolino
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Irapuan Martinez
No dia que eu disse que era um sinal de compra, ela valia 17.1k. Isso dá uma valorização de 32% em pouco mais de um mês. Tá bom pra mim.
E o povo daqui só vai começar a enteder o valor do Bitcoin se algum cabeça-de-ovo aleatório se tornar ainda mais autoritário; como você armazena seu valor fora do alcance de alguém que pensa que pode determinar se você pode dispor do valor com base em sua opinião política é algo que tem valor intrínseco que não é pequeno.
Bitcoin é uma das poucas armas funcionais para enfrentar o autoritarismo de um governo.
Guilherme Silva
Bom, já que o projeto do politicamente correto foi concluído com louvores, precisamos de um novo tipo de humor, humor stealth talvez.
Mas sobrou a tragédia. Que tbm é proibida, descontentamento leva a revolta...
Sobrou o q então? Emoções criptografadas na brokenchain?
Guilherme Silva
No dia que eu disse que era um sinal de compra, ela valia 17.1k. Isso dá uma valorização de 32% em pouco mais de um mês. Tá bom pra mim.Fraco. Se tivesse operado vendido nas Americanas, eram 80% de lucro!Bastava usar a mesma bolsa de cristal.
Na hora que separa, a ocorrência de você liquidar investimentos pra sustentar acampamento incubadora de terrorista, se reduz drasticamente. E reduz na mesma proporção sentir a bafejada do Big Xander na nuca.
Faz sentido o Bitcoin para indivíduos. E indivíduos não são andorinhas individuais causando primaveras democráticas por aí.Se Bitcoin lubrificasse democracias, Hong Kong não estaria sentindo o peso da China.
Irapuan Martinez
Funny random fact: Para alguns espíritas, baseados no livro 'o abismo" de André Luiz e outros, o ovóide é o final da escala "involutiva" de um espírito. Como eles acreditam que o espírito não consegue desaprender, o que acontece é que o espírito vai perdendo sua forma de manifestação, até chegar no formato ovóide, hibernando por tempo indeterminado.
Guilherme Silva
Daí vem os kardecistas e metem o ovo como o fim dos condenados. Este pessoal parece nem se esforçar.
Marco
Ocidente = República + Democracia
República: religião pagã do Estado da Roma.
Democracia: sistema de governo dos gregos, pagãos.
Em ter., 24 de jan. de 2023 às 20:30, Irapuan Martinez
<ira...@gmail.com> escreveu:
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "ArqHP - Arquitetura de home pages" dos Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para arqhp+un...@googlegroups.com.
Marco
ovo, colocando uma borda de Catupiry® nele.
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "ArqHP - Arquitetura de home pages" dos Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para arqhp+un...@googlegroups.com.
Irapuan Martinez
O que eu penso quando alguém cita "Ocidental Judaico-Cristã":
Ocidente = República + Democracia
República: religião pagã do Estado da Roma.
Democracia: sistema de governo dos gregos, pagãos.
Guilherme Silva
Não que eu tenha citado. É um termo que eu coloquei no mesmo roll da camiseta da CBF: posso até usar por um motivo legítimo, nas vou ser confundido com uma certa escória.
Guilherme Silva
Antonio Jozzolino
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Irapuan Martinez
Escrevo para destacar que pela primeira vez que me lembro, eu vi um movimento contrário da bitcoin frente à percepção de risco. E para mim, isso é um sinal de que a tendência de subir não vai parar logo.
significa que está sendo vista, ao menos por parte do capital, como um porto seguro do capital;
se os bancos foren à falência, se o sistema do dollar inflacionar.. ainda teremos a Bitcoin como reserva de valor.
Vamos ver o que o dia de amanhã reserva pra nós. Mas ao menos esse teste de curto prazo, a velha Bitcoin tirou de letra.