Cielo blu

[Irapuan Martinez]

Mordam-se de inveja, lambaris:

Fiquei preocupado em reservar os direitos do Irapuan®, passei uma semana escavando um convite.

Fiz coisas das quais não me orgulho. Por exemplo, coloquei o Reddit para dar alert no meu celular, e comecei a monitorar comunidades sobre o célezul. 

Todas as mensagens eram de gente vendendo os convites. 100%, la garantia soy yo. Variava entre US$ 10 a 30. PayPal ou Amazon gift card. Not great, not terrible. Aquele valor exato de tomar dinheiro de incautos e então bloqueá-los, para o golpe continuar.

Mas aparecia alguns bons samaritanos apenas doando os convites. O problema? Reddit me dava o alerta depois de 20 horas. Em tempo real, você precisa ir nas comunidades e dar refresh em news posts.

Alguém ofereceu e eu pedi na cara dura. Nice dude, também gosta de gatos. Consegui.

=x=

Blue Sky vai matar o Twitter? Nunca. Elon está trabalhando com as quatro patas garantindo que ninguém vai acabar com o microblog senão ele próprio.

Mas você chega ao Blue Sky esperando ter todos os anos de avanço de interface do Xuitter, mas atualmente nem vídeo suporta.

Embora a gente possa não achar isso de todo ruim.

Caso é, larguei de publicar no Twitter em 2018. O ambiente naquela época já estava tóxico e só piorou desde então. Blue Sky me despertou uma sensação muito antiga, que há décadas não sentia.

Era aquela sensação de usar a internet nos anos 90, deslumbrado com o esforço de umas poucas pessoas em tornar aquilo uma coisa legal.

Não tem tudo, mas você sente as pessoas querendo construir este ambiente positivo.

Claro, tem muita viúva do Twitter falando mal do falecido no Blue Sky. Outros, “patrulhando os fascistas”. E quando eu desliguei o filtro de nudez, meu feed virou um canavial de picas.

Vale a pena entrar pra segurar seu user name, mas contas como veículos jornalísticos, escritores ou bandas musicais, poucos estão presentes. Os que estão, a interface e algoritmo precisam amadurecer pra ficar acessíveis.

Mas… Você lembra quando chegava ao fim do Twitter? Se você se ausentava por algumas horas, fazia rolagem e chegava no último tweet visualizado? Blue Sky consegue isso. Demais redes sociais, apenas doom scroll.

Estou achando fantástico a nova rede ser incipiente, para limpar a dopamina radioativa do Twitter.

Vai ficar assim por um tempo, até que o exército de cretinos que estão hoje no Twitter, migrem e problematizem quando você mencionar “denegrir” ou “criado mudo”. Ou o pessoal que quer nos convencer que Bolsonaro era menos pior que o Lula e vice e versa. Ou o pessoal que não faz a remota ideia que colunas de opinião e cobertura jornalística sejam duas coisas distintas.

=x=

Tá, tá. Quando pintar convites, aciono vocês por aqui.

[Guilherme Silva]

Tem coisas que eu não acredito. E um novo twitter é uma dessas coisas. Aliás, o próprio twitter, com suas restrições iniciais, já é algo improvável a ponto de parecer ficção científica.

O Facebook tentou lançar uma rede social competidora. Muito hype, milhões de ativações nas primeiras horas... e a chance de funcionar é praticamente zero. Passada mais de uma semana - não sei exato o tempo, talvez 3 meses? - eu nem lembro o nome do negócio. Anos atrás, o poderoso Google desistiu do G+... depois de decidir transformar a empresa numa rede social, deu para trás. Porque fazer rede social é muito mais problemático, justamente porque ninguém entra se não tiver conteúdo - e não terá conteúdo se ninguém entrar.

Com isso, três previsões minhas do que não vai dar certo:

- óculos de realidade virtual.

- DREX

- um novo twitter.

Acho que o primeiro escrevi aqui que eu não acreditava. Talvez nunca tenha apertado o "send" porque eu acabo percebendo que estou virado num velho ranziza que fica dizendo que não suporto a Apple, não entendo o metaverso, não entendo patavinas da vantagem que um governo que pode emitir moeda teria em fazer um blockchain. 

Mas enfim, me cobrem em 5 anos, se alguém se lembrar que dessa vez eu apertei o send.

[Mauricio Fagundes]

Fiz o mesmo que o Ira, só pra tentar manter o mfagundes. Consegui com um infectologista que sigo no Xwitter e que me mandou o convite. Entrei lá e... ninguém posta absolutamente nada lá, nem mesmo o cara que me convidou.

Pelo visto, os caras estão crescendo a infra devagar. Na minha humilde opinião, devagar até demais. O hype passou. E aí fica a pergunta: como conseguir manter o troço funcionando no longo prazo? Eu nem imagino.

Eu sei que estou achando o velho Twitter melhor. Já fiz uma limpa na minha timeline, ninguém mais fala de Bolsonaro ou Lula. Fico vendo só shitpost ou desenvolvedores. E tem as nota da comunidade, que me fazem rir bastante.

Vou lá no Céu Azul seguir o Ira.

Mauricio Fagundes

Sent with Shortwave

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[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 12:30 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

Tem coisas que eu não acredito. E um novo twitter é uma dessas coisas.

Eu tendo a concordar, no sentido que a coisa não decola só pela vontade. 

Mas como disse acima, Musk está fazendo um trabalho excepcional, 24/7, para a gente correr do X. O pateta pagou bilhões por um brand e jogou fora. Sua atitude pirracenta nos faz perguntar porque estamos dando audiência pra ele.

A questão é: Twitter já tinha virado uma importante ágora global. Mas tem gente encerrando sua conta lá exclusivamente por Musk ser um cretino em estado puro.

Então, a gente vai conseguir ficar com um vácuo se esta ágora se tornar infrequentável? Natureza detesta vácuo e alguma coisa pode vir ocupar seu lugar.

Vai ser o Bluscái? A se ver.

Aliás, o próprio twitter, com suas restrições iniciais, já é algo improvável a ponto de parecer ficção científica.

Eu achei que o YouTube, naquela mixórnia de banda dos anos 00, iria floopar com a conta do provedor.

Assim como coisas como Orkut e WhatsApp, enormes bostas de implementação, arrebatou todo mundo.

Vai entender. Redes sociais tem adesão não pelas suas qualidades, mas porque seus amigos estão lá.

Porque fazer rede social é muito mais problemático, justamente porque ninguém entra se não tiver conteúdo - e não terá conteúdo se ninguém entrar.

Sempre gosto da história que o parque de TVs são renovados (primeiros aparelhos P&B; depois à cores; depois tela plana; hoje 4 ou 8 K) durante as Copas do Mundo. Sinal que:

#1) Futebola tem a ver mais com TV do que com esporte;

#2) Conteúdo é rei.

Com isso, três previsões minhas do que não vai dar certo:

- óculos de realidade virtual.

- DREX

- um novo twitter.

“Se um cientista experiente diz que algo é possível, ele provavelmente estará certo; se ele diz que algo é impossível, ele provavelmente estará errado” — 1ª Lei de Clarque.

Talvez esta citação seja inadequada, pois algo existir é diferente de algo ser viável. Mas vamulá:

1) Óculos VR: Acima mencionei a escalada tecnológica dos aparelhos de TV, mas pulei as TVs 3D. Fiasco retumbante. Apple Vision vai ser também? Como disse no thread a respeito, o pulo do gato ali é o "spatial computer”. Apple Vision é um ábaco. As calculadoras digitais serão veículos e robôs da Apple.

E esta semana, vazou que Samsung e Google estão trabalhando em dispositivos concorrentes.

2) DREX floopa? O tempo todo o BC diz que ele será voltado à finanças por atacado — entre bancos e intituições parrudas. Receita para manter longe os Zé Ruelas. 

Mas acredito que isso educará o mercado para dinheiro programável / tokenização. 

Mesmo que o BC e FEBRABAN reserve o brinquedo para eles, o interesse pode despertar demanda.

Eu vou apostar. Em 2019, contei aqui as minhas peripécias em comprar um domínio — problema que seria facilmente resolvido com um smart contract. Mas o ponto era que o domínio era para uma fintech. Veio a Pandemia e, com minha comorbidade da procrastinação, nada andou.

Agora tenho até 2024 pra colocar a carroça pra andar. Iraplex pode até não tokenizar no DREX e eu nem queria mesmo, mas eles não serão a única quitanda aberta.

Mas enfim, me cobrem em 5 anos, se alguém se lembrar que dessa vez eu apertei o send.

Eu acertei que o Flash iria acabar. Levou apenas uns 12 anos pra eu acertar.

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 12:45 Mauricio Fagundes <mauricio...@gmail.com> wrote:

Entrei lá e... ninguém posta absolutamente nada lá, nem mesmo o cara que me convidou.

Meu primeiro “skeeter” (se a gente se acostumou com “tweet”, isto talvez pegue) era irrelevante e em português. Ganhou uns joinhas. 

Imagino que o algoritmo te promova no começo pra você sentir confiança.

Mas depois de uns dias, o interesse cai. Você entra no X, está aquela overdose de dopamina.

O que está segurando as pontas do Blue Sky não virar o Meta Threads é o convite, que sobe o preço de estar lá. Threads, seu preço é baixíssimo e surpresa, ninguém dá valor.

Outro favor de promoção do Blue Sky é, claro, Musk. Ele é o tipo o melhor cabo eleitoral que Lula teve: O Bolsonaro.

E aí fica a pergunta: como conseguir manter o troço funcionando no longo prazo? Eu nem imagino.

Falando grego: Destampamos a caixa de Pandora das redes sociais e agora a gente não consegue colocar de volta o que saiu de lá para ser como era antes.

Vamos aprender a não ter mais a ágora do Twitter? Ou algo vai só se deixar ser sugado pelo vácuo?

Este meu raciocínio é à prova de falhas? Absolutamente não. Não é possível prever sucesso de serviços online pela razão.

Serviços online é disparar 1000 flechas e só lembrar de contar as que acertaram o alvo.

Eu sei que estou achando o velho Twitter melhor. Já fiz uma limpa na minha timeline, ninguém mais fala de Bolsonaro ou Lula.

Engraçado que a maneira que consegui rastrear jornalistas e jornais no Blue Sky foi exatamente pesquisando o nome destas duas figuras trágicas. Isto é o tanto que a rede está incipiente.

Fico vendo só shitpost ou desenvolvedores. E tem as nota da comunidade, que me fazem rir bastante.

Semanas atrás, Musk xitou uma bobagem relacionada à sequelas de vacinação. Ele levou uma nota.

A nota sumiu no dia seguinte. Se o dono da bola não marcar gol, não é para ninguém se divertir.

[Guilherme Silva]

Mas como disse acima, Musk está fazendo um trabalho excepcional, 24/7, para a gente correr do X. O pateta pagou bilhões por um brand e jogou fora. Sua atitude pirracenta nos faz perguntar porque estamos dando audiência pra ele.

Se a gente precisasse de um fundador sendo um querido, jamais a Apple ou o Facebook teriam tido sucesso. E as pessoas usam os produtos de ambas as empresas, mesmo assim.

A pergunta é se os wokes vão ser relevantes o suficiente para tirar conteúdo suficiente da plataforma a ponto de torná-la irrelevante. Talvez, até porque quem mantém o twitter de pé são os jornalistas. Sílvio Meira, há muitos anos, dizia que o twitter era a ferramenta de "sincronização", onde você conseguia saber em tempo real o que está acontecendo no mundo. Minha percepção pessoal é que... eu não quero mais saber o que está acontecendo no mundo.  Eu sei que eu sou uma amostra completamente não representativa, mas minha percepção é que estamos todos muito cansados depois de tanta guerra política que contaminou a tudo, aqui e nos EUA. 

Então, a pergunta é qual a relevância de uma outra ferramenta de sincronização. Eu pessoalmente acho que não será tão relevante quanto o twitter foi. 

 

A questão é: Twitter já tinha virado uma importante ágora global. Mas tem gente encerrando sua conta lá exclusivamente por Musk ser um cretino em estado puro.

Assim como conheço muita gente que encerrou a conta no Nubank quando convidou a Anitta para o conselho. Imagino que o conselho da empresa dêem risada dessas pessoas até hoje.

Então, a gente vai conseguir ficar com um vácuo se esta ágora se tornar infrequentável? Natureza detesta vácuo e alguma coisa pode vir ocupar seu lugar.

Se houver demanda, sim, mas eu não diminuiria a exaustão que citei antes e os custos associados de uma grande plataforma dado ao novo momento mundial.

Grande parte da razão para uma rede social hoje escalar devagar não é infraestrutura; Essa é rápida de escalar. É a moderação do conteúdo, uma vez que as plataformas estão sendo cada vez mais responsabilizadas pelo conteúdo que permite expor. Lidar com o ego de juízes de todos os países do planeta, cada um com seu próprio censor careca ou cabeludo. Apenas grandes empresas detêm capacidade de manter um time de pessoas que monitorem real-time o conteúdo lá colocado. Você não quer se tornar um lugar para tráfico, pornografia (da ilegal, e não da lucrativa) e outras coisas malvadas do mundo, 

E as pessoas reclamam se a plataforma não intervier no conteúdo.

Que não escutem, mas não sei como as listas de discussão por emails não foram proibidas ainda. Provavelmente é porque é realmente muito pouco relevante no momento atual. Não duvido que um dia fará sentido retornar ao IRC justamente porque um lugar precisa ser livre.

 

2) DREX floopa? O tempo todo o BC diz que ele será voltado à finanças por atacado — entre bancos e intituições parrudas. Receita para manter longe os Zé Ruelas. 

Minha aposta que flopa é justificada porque não consegui entender o benefício, além do hype de um BC querendo ganhar páginas de notícias.

Eu tinha feito um texto gigante que não mandei, como follow-up daquele email que eu disse que não entendia. Mas o resumo do resumo... resolve algo que não é um problema. Para mim, claro. Mas a conciliação bancária é tão caro assim a ponto de justificar essa novidade? Eu não consigo imaginar. Talvez esteja errado, mas hoje não vejo nada para mudar minha aposta. 

 

Eu acertei que o Flash iria acabar. Levou apenas uns 12 anos pra eu acertar.

Acertar que vai acabar é um pouco diferente de apostar que nunca vai se tornar algo relevante. Tudo que hoje é relevante vai acabar um dia; mas o DREX não necessariamente vai passar um momento relevante.

[Guilherme Silva]

O pateta pagou bilhões por um brand e jogou fora.

Entre a minha capacidade de entender o mundo e extrair dinheiro disso, e a do Musk, fico com a dele. Não que eu tenha algum problema com o que eu construí, mas assim, só entre nós, ele fez uns bilhões de dólar a mais que eu. 

Até agora. Não tá morto quem peleia.

Faz muito tempo que opero sob uma premissa: se pessoas inteligentes e poderosas tomam decisões que eu não entendo, provavelmente é porque elas têm informações que eu não tenho.

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 15:23 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

Se a gente precisasse de um fundador sendo um querido, jamais a Apple ou o Facebook teriam tido sucesso. E as pessoas usam os produtos de ambas as empresas, mesmo assim.

Jobs era temperamental, mas não lembro de se envolvendo em questões políticas. Zuckerberg foi chamado ao Senado.

Musk? Escreveu que quem fosse processado por postar no Twitter, ele pagaria pela defesa do usuário. “Sem limites". Mas não disse um piu sobre um professor saudita que foi sentenciado à morte por tweets protestando contra seu governo.

Detalhe que o príncipe saudita é acionista atual do X. Detalhe II: O sentenciado postou anonimamente. Como a polícia saudita chegou no sujeito, a gente só tem como desconfiar.

Noves fora a cretinice, Musk trabalha contra o Twitter. Teve que ser acionado judicialmente para concluir a compra e transformou a coisa num circo midiático. Jobs e Zuckerberg nunca foram vistos destruindo seus produtos/serviços.

Minha percepção pessoal é que... eu não quero mais saber o que está acontecendo no mundo.  Eu sei que eu sou uma amostra completamente não representativa, mas minha percepção é que estamos todos muito cansados depois de tanta guerra política que contaminou a tudo, aqui e nos EUA. 

Dia desses, um bando de usuários estava pendido que o Instagram voltasse a ser uma rede silenciosa. De plataforma de fotos, virou uma de vídeo e nem todo mundo aprovou a mudança.

Como escrevi acima, estou passando pela sensação no Blue Sky que tinha quando tudo na internet era incipiente. E eu não consegui classificar este sentimento como ruim.

Agorinha, fui pesquisar como instalar fontes tipográficas no iPad e o Google me deu como resposta vídeos de tutorial. Tipo de afronta que não acontecia quando o Geocities era o domínio mais acessado da internet.

E ontem, vi uma notícia que a Atari (aquela do River Raid) comprou uma empresa que fabricava homebrews de seu console 2600 e cartuchos.

O pessoal vislumbra demanda para o Megamania, é tipo gente ainda comprando LPs em 2023.

Grande parte da razão para uma rede social hoje escalar devagar não é infraestrutura; Essa é rápida de escalar. É a moderação do conteúdo, uma vez que as plataformas estão sendo cada vez mais responsabilizadas pelo conteúdo que permite expor. Lidar com o ego de juízes de todos os países do planeta, cada um com seu próprio censor careca ou cabeludo. Apenas grandes empresas detêm capacidade de manter um time de pessoas que monitorem real-time o conteúdo lá colocado. Você não quer se tornar um lugar para tráfico, pornografia (da ilegal, e não da lucrativa) e outras coisas malvadas do mundo,

IPPON!

Sempre achei que tiraram Orkut do ar porque os processos que começaram a pipocar não vamos a dor de cabeça.

Como toda nova fronteira, começa sem lei. Depois precisa adaptar quando chegam os xerifes pra botar ordem. Como rede social não tem como mais ser considerada nova fronteira, o salário dos xerifes já precisam estar inclusos.

Que não escutem, mas não sei como as listas de discussão por emails não foram proibidas ainda. Provavelmente é porque é realmente muito pouco relevante no momento atual. Não duvido que um dia fará sentido retornar ao IRC justamente porque um lugar precisa ser livre.

Dia desses eu postei que o serviço que hoje herdou o brand do ICQ, foi banido do Brasil pois estava hospedando material criminoso.

Lista de discussões continuam de boas porque só dinossauros usam.

Eu tinha feito um texto gigante que não mandei, como follow-up daquele email que eu disse que não entendia. Mas o resumo do resumo... resolve algo que não é um problema.

Que pena, queria estimular a discussão. É um ótimo terreno pra brotar ideias.

Para mim, claro. Mas a conciliação bancária é tão caro assim a ponto de justificar essa novidade?

Maxwell, ali no séc XVIII, estava lá de boas à luz de velas e decidiu equacionar a relação entre eletricidade e magnetismo.

Hoje o mundo funciona nas costas destas equações. Certas coisas são criadas sem contudo estar claro em que soluções serão aplicadas. E não significa que um dia, toda coisa será solução.

Mas as que viram solução, passaram por esta penumbra de não se saber o que fazer com elas.

DREX é tokenização e sequer isto é novidade. Mas ele traz respaldo governamental, coisa que os tokens de hoje não contam.

Vocês sabem, sou biscate do Estado de Direito. O do Brasil é responsável por metade de nossos problemas, mas não tem outro meio para conseguirmos segurança institucional para a gente empreender.

Eu não consigo imaginar. Talvez esteja errado, mas hoje não vejo nada para mudar minha aposta. 

Este de visão é essencial pra justamente, um produto passar só por ser novidade.

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 16:49 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

O pateta pagou bilhões por um brand e jogou fora.

Entre a minha capacidade de entender o mundo e extrair dinheiro disso, e a do Musk, fico com a dele. Não que eu tenha algum problema com o que eu construí, mas assim, só entre nós, ele fez uns bilhões de dólar a mais que eu. 

Li certa vez que “sucesso é o argumento definitivo".

Anos atrás, li uma biografia do Musk. Ah, eu leio todo tipo de porcaria, Cinquentão de Cinza, Apanhador de Pipas, Diário de um Mago.

Numa passagem dela, conta que o Musk, quando botou a mão na grana da verba do PayPal, comprou um McLaren F1, um esportivo de série limitada, apenas 62 unidades fabricadas no mundo. E usava o bólido como carro do dia a dia.

Um dia, se exibindo, acelerou, perdeu o controle e voou fora da estrada. Perda total e o carro não tinha seguro.

Musk é melhor do que todos nós não por ter visão além do alcance. É só burro o suficiente para arriscar sem medir as consequências. Estava dando certo, até ele decidir comprar o Twitter.

Faz muito tempo que opero sob uma premissa: se pessoas inteligentes e poderosas tomam decisões que eu não entendo, provavelmente é porque elas têm informações que eu não tenho.

“Nunca atribua malícia ao que pode ser adequadamente explicado pela burrice” — Navalha de Hanlon.

=x=

Reabri a biografia para pegar que marca era o carro que Musk destruiu e tinha nela está passagem:

"Certo dia, Musk enviou um e-mail sem mais nem menos a outro proprietário de uma McLaren, Larry Ellison, o bilionário cofundador da fabricante de softwares Oracle, perguntando se ele queria disputar uma corrida de carro numa pista, de brincadeira."

Não é de hoje que ele fica provocando outros empresários.

A tal biografia foi a “Elon Musk: Como o CEO bilionário da SpaceX e da Tesla está moldando o nosso futuro" por Ashlee Vance.

Walter Isaacson, que escreveu a biografia do Jobs, parece que está trabalhando numa do Musk no momento.

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 18:01 Irapuan Martinez <ira...@gmail.com> wrote:

Musk é melhor do que todos nós não por ter visão além do alcance. É só burro o suficiente para arriscar sem medir as consequências. 

All of these men are famous 

And they're also very dumb 

History is made by stupid people 

Clever people wouldn't even try 

If you want a place in the history books 

Then do something dumb before you die

https://youtu.be/AJsrcbVGsa4

[Guilherme Silva]

Reabri a biografia para pegar que marca era o carro que Musk destruiu e tinha nela está passagem:

"Certo dia, Musk enviou um e-mail sem mais nem menos a outro proprietário de uma McLaren, Larry Ellison, o bilionário cofundador da fabricante de softwares Oracle, perguntando se ele queria disputar uma corrida de carro numa pista, de brincadeira."

Não é de hoje que ele fica provocando outros empresários.

Eu acredito que Musk é também um imbecil. Mas ele sabe jogar esse jogo de ser conhecido, de provocar os outros.

Falamos muito sobre a luta dele com o Zucka. E que o Zuckerberg iria provavelmente ganhar se um dia fossem realmente para uma luta. Mas essa discussão,  essa história é só mídia,  que provavelmente o Musk já caçava desde criancinha. No fim, é normalmente alguém querendo aprovação de seus progenitores.

Tanto fez que conseguiu amizades e inimizades que o catapultaram até onde está.

Ninguém constrói impérios do tamanho do Musk, Gates, Zucka, Rockfeller, Escobar, Buffet, Jobs... se não tiverem problemas familiares sérios a serem resolvidos, egos gigantescos e um intelecto potente.  Eu na minha primeira dezena de milhões de dólares, me aposentaria na praia e deixaria os problemas do mundo para serem resolvido por pessoas que têm problemas com os pais...

[Guilherme Silva]

All of these men are famous 

And they're also very dumb 

History is made by stupid people 

Clever people wouldn't even try 

If you want a place in the history books 

Then do something dumb before you die

https://youtu.be/AJsrcbVGsa4

Touchè

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 18:56 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

Eu acredito que Musk é também um imbecil. Mas ele sabe jogar esse jogo de ser conhecido, de provocar os outros.

“Chernobyl” da HBO é fácil uma das melhores coisas que fizeram para TV, deste sempre.

Na reta final, o personagem principal constrói como aconteceu o desastre daquelas proporções: Uma mentira após a outra, aumentou catastroficamente o débito de verdade.

Fazer coisas estúpidas para deter atenção funciona? Funciona. Mas toda vez acontece um débito ali. Imagina quando a fatura chegar.

Mas a gente precisa reconhecer: Musk deu visibilidade à produção de carros elétricos. Só aqui, nenhum ecologista deveria reclamar. Reclamam porque são verdes por fora e vermelhos por dentro: Este pessoal espera restaurar o meio ambiente, eliminando o Capitalismo.

Mas ele não inventou nada no carro elétrico. A indústria poderia chegar lá, ele foi apenas um catalisador.

E no dia que as automotivas atender as demandas de produção de veículos elétricos, a principal fonte de renda do Musk, vender créditos de produção de carro elétrico, virará pó.

Eu na minha primeira dezena de milhões de dólares, me aposentaria na praia e deixaria os problemas do mundo para serem resolvido por pessoas que têm problemas com os pais...

Eu costumo dizer que adoraria fazer alguma certa coisa pra irritar alguma categoria específica de pessoas, mas precisaria ser rico e excêntrico. 

E sou apenas uma dessas duas coisas.

[Guilherme Silva]

Fazer coisas estúpidas para deter atenção funciona? Funciona. Mas toda vez acontece um débito ali. Imagina quando a fatura chegar.

Não sei se creio nessa conta corrente kármica. 

Não existe uma coisa boa que precise existir para contrabalancear uma outra; e ainda por cima, as coisas têm um valor simbólico e não significam o mesmo para cada um de nós. A olha lá o que dizem sobre isso https://www.thedrive.com/news/32191/did-you-know-elon-musk-wrecked-an-uninsured-mclaren-f1 -> "Musk reportedly had it repaired and hung on to it until 2007 when he sold it at a profit, which isn't that surprising considering the car is worth over $20 million today. Even actor Rowan Atkinson's once-wrecked violet McLaren F1 sold for $12.3 million in 2015."

SOLD IT AT A PROFIT

SOLD IT AT A PROFIT

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SOLD IT AT A PROFIT

Enfim, quando você vê coisas como o irmão ainda mais chato do Nelipe Feto enchendo uma banheira de nutella (esqueci o nome da criatura, e não vou procurar), a primeira coisa que uma pessoa séria pensa é... que desperdício, quanto deve ter custado isso? Mas o fato é que um vídeo desses deve ter retorno positivo, pois muita gente assiste no youtube. Então a coisa não opera assim, nem todo ato infantil será punido. Taí o mr. Beast para provar.

[Guilherme Silva]

Eu tinha feito um texto gigante que não mandei, como follow-up daquele email que eu disse que não entendia. Mas o resumo do resumo... resolve algo que não é um problema.

Que pena, queria estimular a discussão. É um ótimo terreno pra brotar ideias.

Eu escrevi quando estava cansado, e por isso, ficou em um tom que eu não gostei. Daí apaguei, e alguns poucos dias depois você mesmo chegou na conclusão daquilo que eu ia falar....

1. O DREX não sendo um produto de varejo, não tem razão para popularizar como o PIX. 

2. O DREX substitui uma transação bancária que é grátis para os bancos, por uma que tem custo, ainda que baixo. Quanto custa a conciliação bancária no final do dia? Algumas linhas no sistema, um uso de API... virtualmente de graça.

3. A razão para escrever smartcontracts é quando você não tem confiança na contraparte. E eu pessoalmente não vejo isso como um problema para o sistema bancário brasileiro, mas eventualmente eu apenas não conheço o problema que ele pretende resolver. Até aprender pelo menos um caso de uso que o DREX faria sentido, eu não aposto como uma solução; justamente porque desconheço o problema. E os artigos que li até agora foram todos, digamos, pouco esclarecedores.

    

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 20:24 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

Não sei se creio nessa conta corrente kármica. 

100% materialista aqui, não disse como questão kármica. Foi bem mais pela questão econômica.

Toda opção tem um preço. Se toma decisões tolas em coisas cujo o preço cobrado é baixo e tem extremo cuidado com coisas cujo o preço é alto.

Só que uma hora, o acúmulo de decisões tolas pode vir numa única fatura. Consta que Musk tentou registrar um dos filhos como “X Æ A-12”, mas leis californianas proibem coisas como a ligadura Æ e o numeral.

Então registraram como “X AE A-XII”. Agora imagina quando este filho estiver na adolescência. Eles já infernizam a vida dos pais com nomes prosaicos, imagina um adolescente com esta munição.

SOLD IT AT A PROFIT

SOLD IT AT A PROFIT

SOLD IT AT A PROFIT

SOLD IT AT A PROFIT

Circuitos emocionais do meu cérebro: 

— Oba! Vamos vender o carro velho e comprar um carro novo!

Circuitos econômicos do meu cérebro:

— É impossível fazer um bom negócio comprando esta pilha de parafusos cujo gráfico de depreciação começa com um abismo, no momento que o carro toca o meio fio da calçada da concessionária.

Uma vez pensei que a única maneira de ser feliz vendendo um carro seria se eu fosse famoso e as pessoas topariam tê-lo como objeto de coleção.

Saber que Musk vendeu um carro batido com lucro me fez perceber que a questão não é o carro ser de celebridade, é ser um item escasso.

O McLaren em questão tem uma escassez forçadíssima, 62 veículos fabricados. Motorheads endinheirados topam, nestes termos, pagar mais caro inclusive por sucata. Fará parte da diversão dispendiosa deles reformar a parada.

(Não que qualquer um deles irá sujar a própria mão de óleo, né)

Enfim, quando você vê coisas como o irmão ainda mais chato do Nelipe Feto enchendo uma banheira de nutella (esqueci o nome da criatura, e não vou procurar), a primeira coisa que uma pessoa séria pensa é... que desperdício, quanto deve ter custado isso? 

Eu sou do tempo que vi o Ratinho apresentando um programa policial que consistia um cenário modesto, apenas ele na tela, mostrando nóias sendo presos. Fiquei abismado como alguém dava audiência para aquele tipo de indigência.

Hoje o pessoal que dava audiência para isso se tornou a segunda maior força eleitoreira do Brasil. Ratinho tem sólida carreira de comunicação (sem ter aprimorado uma vírgula) e seu filho tem potencial para virar presidenciável.

[Irapuan Martinez]

On Sun, Sep 10, 2023, 20:36 Guilherme Silva <guilherm...@gmail.com> wrote:

1. O DREX não sendo um produto de varejo, não tem razão para popularizar como o PIX. 

O BACEN confirmam uso por atacado, e ao mesmo tempo citam como exemplo a questão de transferência de venda de um carro entre indivíduos.

O que entendi é que embora só instituições homologadas vão botar a mão no brinquedo, os clientes deste poderão operar tokens e smart contracts com estas, intermediando.

Se confirmado, indivíduos não vão poder gravar blocos. E se a BACEN regular demais a homologação de empresas, virará um oligopólio.

Coisa que o sistema bancário atual já é.

Mesmo observando isto, vou investir. Esta limitação pode muito bem ser uma oportunidade.

2. O DREX substitui uma transação bancária que é grátis para os bancos, por uma que tem custo, ainda que baixo. Quanto custa a conciliação bancária no final do dia? Algumas linhas no sistema, um uso de API... virtualmente de graça.

Aaaah tá, isso que você quis dizer sobre conciliação. Você mencionou isto e a mente estreita aqui pensou em assinalar entradas e saídas da conta corrente dos clientes. Duh.

Tem que ver içaê. Pix tem pouco atrito, mas bancos ainda estão oferecendo o TED. Os bancos podem aderir ao DREX mas manter seu sistema de compensação, se este continuar confiável e barato.

Drex seria apenas uma camada para desenvolver novas soluções.

3. A razão para escrever smartcontracts é quando você não tem confiança na contraparte.

Quando eu fui comprar o domínio de um completo e aleatório desconhecido na internet, condicionei os pagamentos:

40% quando ele me mandasse uma foto do contrato de compra e venda assinado (ele já teria em mãos a cópia assinada por mim);

30% quando o contrato chegasse em minhas mãos;

30% quando minha chave no Registro.br recebesse o domínio.

Ele poderia ter sumido com os 40%. Ruim para mim, mas melhor do que tomar 100% do preju, pagando tudo adiantado.

Se ele sumisse com 70% ou eu desse o cano nos últimos 30%, poderíamos acionar legalmente um ao outro.

Com um smart contract, a grana ficaria retida até algum socket no Registro.br sinalizasse a troca do responsável do domínio. Se passasse determinado tempo e não aconteceu, o dinheiro voltaria para mim. Se o desconhecido tivesse transferido o domínio no prazo estipulado, o valor era destravado para ele.

Risco zero para todo mundo.

A risco de eu tomar um chapéu nos 40% é, afinal de contas, atrito. E o progresso das finanças significa reduzir atrito.

E os artigos que li até agora foram todos, digamos, pouco esclarecedores.

Same thing here.

Ou seja, a terra tá virgem. Acho uma excitante oportunidade.

Se eu tenho ideia do que vai dar certo? Estou rascunhando uma coisa ou outra, por isto acho legal a discussão, para provocar ideias.

[Guilherme Silva]

Mesmo observando isto, vou investir. Esta limitação pode muito bem ser uma oportunidade.

Fico extremamente curioso para saber exatamente como você pensou em investir. 

A questão é que smart contracts já estão por aí há bastante tempo. Já escrevi aqui, mas a rede bitcoin já foi pensada com capacidade de lidar com uma língua de programação própria, mas, como os atores perceberam que tinha muita gente perdendo bitcoins com bugs, restringiram o uso a um par de softwares aprovados. Se alguém como Satoshi Nakamoto pensa que é arriscado, eu duvido que um banqueiro central - não exatamente conhecido por ser grande tomadores de risco- vai apoiar uma coisa dessas.

Eu não estudei a lightning network, as mudanças recentes da rede, e um monte de detalhe. Mas quando um equilíbrio como o bitcoin resulta em limitação de smartcontracts, no mínimo, é de pensar que é algo difícil.

Daí, além da bitcoin, temos a rede ethereum que resolveu a questão decidindo manter aberta sua capacidade de smart contratar. Show de bola, mas minha experiência com eles é bastante limitada: usava smartcontracts como contraparte de swap de moedas; basicamente comprava alguma shitcoin em uma corretora, enviava o smart contract e fazia a operação inversa. Tudo automatizado, mas com certeza perdi mais dinheiro com esse tipo de operação do que ganhei, embora tenha realmente aprendido um bocado para botar esses sistemas de monitoramento de preços de pé e tentar explorar algum lucro de arbitragem.

Que eu quero dizer com isso? Eu nunca vi uma empresa que emitisse tokens e não ações, embora esse seja o uso mais óbvio de um sc. Eu nunca vi uma votação acontecendo na rede, exceto para tratar de coisas da própria rede. Enfim, eu nunca vi uma aplicação que me permitisse acreditar que muito mais que corretoras virtuais anônimas funcionassem, na prática.

E a aplicação de uma corretora virtual anônima é tudo que um governo não quer, pois viola o princípio de KYC (know your customer).

Eu continuo sendo grande fã do conceito de sc. Mas se esse conceito, tantos anos depois, nunca foi usado para algo concreto... enfim, eu aceitei que não é o mundo que não viu a genialidade que eu vejo, e sim que eu tô olhando por alguma lente distorcida.

O governo entrando nessa conversa pode parecer bom à primeira vista. Mas eu tenho esse histórico conhecido por vocês de não acreditar em governos, ainda mais quando trazem uma proposta que eu, pessoalmente, ainda não consegui entender o valor.

Talvez seja só ranzizisse minha. E essa é a razão para eu não mandar antes os textos... meu argumento central é "eu não entendo e não acredito em políticos". Nada que agregue muito valor na discussão, e nenhuma das duas premissas tiveram qualquer mudança.

Aaaah tá, isso que você quis dizer sobre conciliação. Você mencionou isto e a mente estreita aqui pensou em assinalar entradas e saídas da conta corrente dos clientes. Duh.

Faz mais de década que estudei isso, posso estar defasado e com algum problema de conceito. Antigamente, exista a necessidade de se fechar os balanços dos bancos diariamente. No final de cada expediente, todos os bancos traziam os cheques que tinham sido depositados, somavam as entradas, as saídas e tudo tinha que bater. Essa era a conciliação que se fazia - parte do acordo de Basileia II, se não me engano. 

Eu não tenho razão pra pensar que isso ainda seja um problema a nos anos 2020s. Essa conciliação de DOCs, TEDs, cheques, pixes... deve acontecer de forma automática e sem maiores problemas.

Não consigo imaginar alguma aplicação interbancária que não seja esse processo. Pra que os bancos ficaria mandando recursos de uns para outros de forma custosa, se na prática eles só precisam fechar essas conciliações de forma automática e sem custo de transação?

Enfim, não trabalho no mercado financeiro, embora tenha estudado um bocado de coisas correlatas.

 Até alguém me mostrar um case em que adotar esta blockchain governamental especifica faça sentido - limitadas entre instituições financeiras,  permaneço cético.

Com um smart contract, a grana ficaria retida até algum socket no Registro.br sinalizasse a troca do responsável do domínio. Se passasse determinado tempo e não aconteceu, o dinheiro voltaria para mim. Se o desconhecido tivesse transferido o domínio no prazo estipulado, o valor era destravado para ele.

Risco zero para todo mundo.

Eu entendo. Mas não consigo imaginar dois bancos negociando formalmente dessa forma. Com todo o time legal, compliance, etc., nesse mundo muito regulado de instituições financeiras. 

Se a solução estivesse aberta para o varejo e isso fosse entre nós dois, ok. Meu argumento é que a gente usaria o ethereum, mas poderíamos usar o DREX.

Meu problema são dois bancos negociando com esse nível de desconfiança.

Se eu tenho ideia do que vai dar certo? Estou rascunhando uma coisa ou outra, por isto acho legal a discussão, para provocar ideias.

Bom, estou disposto a aprofundar. E a depender, entrar na causa se tiver espaço pra mais um.

Por hoje, o avião tá pousando e vou seguir na correria...

[Mário Aragão]

Quem quiser, tenho convite. Rá!

Depois discuto o resto da thread, dando pitaco para o lado que a conversa degringolou. Porém confesso que o Céu Azul, realmente, nos primeiros usos trouxe uma sensação da boa era da internet.

Amplexos,

Mário Aragão
www.marioaragao.com.br

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[Mauricio Fagundes]

Ah, pronto!

Agora todo mundo da ArqHP tá entrando no Blue Sky, pra eu ser obrigado a elevar meu nível intelectual lá e não ficar só falando abobrinha.

Mas muito que bem, descobri que já tenho 4 convites.

[]s,

Mauricio Fagundes

Sent with Shortwave

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[Irapuan Martinez]

Macacada:

Tô com três convites do Blue Sky aqui. O critério para distribuição será uma série de provas de trabalho (os primeiros que pedirem).

Esta pode ser a última sua chance de conseguir convites. Depois de atingir dois milhões de usuários esta semana (em Setembro, eles tinham atingindo um milhão), anunciaram que abrirão a plataforma só público até Novembro.

(Não deixaram claro se por “abertura” será qualquer poder abrir conta ou só poder acessar as publicações. Hoje, só quem tem conta pode ver quem publica lá)

Em tudo caso, semana passada eles começaram enviar convites a quem cadastrou o e-mail.

E se vai abrir, para que serve estes convites? Para pegar username intuitivo antes que o povaréu chegue, mané.

[Irapuan Martinez]

É, a abridura que vai rolar até o final de Novembro só vai permitir o acesso a publicações sem ter conta. Da conta oficial deles:

Exciting news: We're taking another step to making Bluesky an open network for public Conversations.

Around the end of this month, we'll release a public web interface. With this, you'll be able to view posts on Bluesky without being logged in on an account.

Para publicar, ainda vai precisar dos convites.

[Joel Souza]

Infelizmente, o Xitter é como o Whatsapp. É pior em quase tudo mas é lá onde as pessoas estão. 

É difícil imaginar que aconteça com o X o mesmo "esvaziamento" que aconteceu com o Facebook. 

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Joel Souza

[Irapuan Martinez]

On Mon, Dec 11, 2023 at 8:06 AM Joel Souza <joel....@gmail.com> wrote:

Infelizmente, o Xitter é como o Whatsapp. É pior em quase tudo mas é lá onde as pessoas estão. 

É difícil imaginar que aconteça com o X o mesmo "esvaziamento" que aconteceu com o Facebook. 

Hoje, Blue Sky sequer suporta vídeos. Uma cacetadas de recursos do Twitter conta hoje, ainda não foram implementadas e talvez nem sejam, por questões de patentes.

Na hora que abrirem o acesso para qualquer um abrir conta no Blue Sky, vai ter uma corrida. As pessoas vão, reservam seus nomes, publicam alguma coisa (trivialmente, que viram no Twitter) e depois a rede esfria. O Instagram Threads passou por isto.

O pulo do gato será manter essa manada. Twitter, apesar do Musk, tem décadas de estrada, uma porção de recursos e toda gente está lá.

O primeiro passo para ocupar importância como uma ágora: Reter geradores de conteúdo. Do veículo de jornalismo tradicional passando pelo influencer.