Bit na mão é vendaval

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Irapuan Martinez

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Sep 20, 2021, 10:09:09 AM9/20/21
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https://piaui.folha.uol.com.br/dinheiro-na-mao-e-vendaval/

(…) A quantia total de dinheiro em espécie que circula no Brasil, R$ 342 bilhões, pelos dados do dia 6 de setembro, compraria hoje 56 milhões de toneladas de arroz. É bem menos do que as 85 milhões de toneladas de arroz que se podia comprar em 2012 com todo o meio circulante nacional à época (R$ 167 bilhões). O jeito do brasileiro usar a moeda foi mudando ao longo do tempo, e o Pix, que entrou em vigor em novembro de 2020, reduziu em 4,4% o dinheiro em espécie em circulação no país. A cédula de R$ 200 criada pelo governo encalhou: só 18% delas estão de fato circulando.

(…) No dia 6 de setembro de 2021, todo o dinheiro em circulação no Brasil, o chamado meio circulante nacional, somava R$ 342 bilhões. Esse valor equivale a 3,5 vezes a fortuna do maior bilionário brasileiro – Eduardo Saverin, paulistano cofundador do Facebook. Saverin tem uma fortuna estimada em R$ 97,5 bilhões. Para comparar com o mundo da ficção, o meio circulante brasileiro equivale à fortuna do Tio Patinhas – medida pela Forbes.

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(…) As notas de R$ 200 começaram a circular no Brasil em 2 de setembro de 2020 sob a justificativa de que o auxílio emergencial geraria uma maior demanda por dinheiro em espécie. No ano passado, foram impressas 450 milhões de unidades da nota, mas apenas 81 milhões saíram do Banco Central e estão em poder do público e da rede bancária – isso  equivale a 18% do total.

Irapuan Martinez

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Sep 20, 2021, 10:19:36 AM9/20/21
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On Mon, Sep 20, 2021 at 11:08 AM Irapuan Martinez <ira...@gmail.com> wrote:
(…) As notas de R$ 200 começaram a circular no Brasil em 2 de setembro de 2020 sob a justificativa de que o auxílio emergencial geraria uma maior demanda por dinheiro em espécie. No ano passado, foram impressas 450 milhões de unidades da nota, mas apenas 81 milhões saíram do Banco Central e estão em poder do público e da rede bancária – isso  equivale a 18% do total.

Na pior presidência da história do Brasil, existe uma coisa que eles são particularmente incompetentes: Timing.

Lançar uma nova nota de dinheiro não é uma sinalização positiva. Primeiro, no país que gostava de cortar zeros e teve dificuldade de encontrar personalidades para homenagear nas notas de dinheiro (era tão efêmero que as famílias começaram a achar que a homenagem era negativa), lançar novas notas tem um gosto muito amargo.

Segundo, sinal que a inflação estava à espreita. 

Terceiro, gosta de notas grandes quem movimenta grandes quantidades de dinheiro por fora do radar legal. E a atuação da familícia é neste sentido: Quando não é rachadinha, é o Flávio e Eduardo votando contra medidas que reduz movimentação em espécie e favorece meios digitais fiscalizáveis.

Daí lançam uma nota de R$ 200 e… flopa. 

Países conversando sobre digitalizar a movimentação financeira, o desafio de integrar desbancarizados… E nossa governança monetária lançando notas novas, como se fosse os anos 80. É meio como Lula comemorando o Pré-Sal depois do Brasil ter sediado a ECO 92 ou o próprio Bolsonaro deixando literalmente queimar um enorme ativo brasileiro, a Amazônia.

Me parece claro que o Brasil ainda há de aprovar leis contra Inteligência Artificial, carros autônomos ou elétricos.
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