"NÓS DA ESQUERDA JÁ AVISAMOS QUE SERIA ASSIM"!
"GUERRA
RUSSO-ESTADUNIDENSE CHEGA AO FIM: PRESIDENTES DOS DOIS PAÍSES SE REÚNEM PARA TRATAR DOS ESPÓLIOS DO CAMPO DE BATALHA TOMADO EMPRESTADO
Caiu a máscara sobre as verdadeiras potências de fato envolvidas no conflito bélico que se desdobra no território emprestado da Ucrânia.
Como alertado aqui, em diferentes postagens, aquela guerra nunca foi entre a Ucrânia e a Rússia, mas entre os EEUU, através de sua "longa manus" OTAN, e os russos. Tanto assim que o boneco-de-ventríloco Zelenski, colocado no poder da Ucrânia para operar as alavancas do teatro conforme as ordens vindas do Pentagon, sequer foi autorizado a participar das negociações sobre os espólios da guerra.
Este foi um conflito bélico iniciado pelos Estados Unidos com o alvo de enfraquecer as relações comerciais entre Rússia e Europa, especialmente envolvendo o fornecimento de gás ao continente europeu. O segundo alvo era enfraquecer econômica e politicamente a própria Rússia, testando ainda seus aparatos bélicos.
Os estadunidenses, embora tenham sido derrotados no campo de batalha arrendado para o conflito, conseguiram atingir o primeiro objetivo, mas erraram feio nos demais. Os russos praticamente nem sentiram os efeitos das sanções econômicas e do próprio conflito, mantendo inclusive o seu PIB em crescimento. O fim da aliança energética com a Alemanha, incluindo a destruição dos gasodutos Nord Stream I e II, fez os russos simplesmente redirecinarem as vendas do seu gás abundante e barato para outros países.
Já a própria Rússia, que sempre chamou o conflito de "Operação Especial", teve seus objetivos amplamente alcançados: a Ucrânia não integrará a OTAN e, assim, não serão montadas bases com ogivas nucleares estadunideses apontadas para Moscou a menos de 500 km de distância. E mais: os batalhões nazistas ucranianos foram dizimados, a perseguição e matança de ucranianos com ascendência russa cessou e eles foram protegidos com a anexação à Rùssia dos territórios do leste, como já havia ocorrido com a Criméia em 2014. E não se fala mais disso.
Já os países da Europa que participaram deste grande teatro produzido e dirigido pelos EEUU, todos com a coleira da OTAN em seus pescoços e com as guias nas mãos dos EEUU, vão percebendo aos poucos o tamanho da enrascada em que se meteram. Não poderão reaver os bilhões em armamentos e treinamentos aos batalhões nazistas de Zelenski. Pagam hoje muito mais caro pelo gás que lhes é fornecido, em quantidade restrita, pelos EEUU. E ainda precisam continuar a acolher milhões de cidadãos ucranianos que fugiram do seu país devastado.
Na prática, a negociação que ocorre hoje entre Trump e Putin é sobre os espólios do confronto e sobre consolidar os objetivos russos já alcançados. Os olhos de Trump se esticam sobre as chamadas "terras raras" da Ucrânia, repletas de minerais estratégicos para os salivantes fabricantes de armas estadunidenses.
E a grande perdedora, a Ucrânia, vai amargar agora as perdas de ter se aventurado a servir de procuradora dos EEUU no ataque direto aos interesses estratégicos da Rússia na região. Perde cerca de um terço do seu território, perde as terras raras para os estadunidenses, perde uma geração inteira de homens férteis mortos no conflito, sofre o colapso completo de sua infra-estrutura de energia, além da destruição de parte importante de suas edificações em cidades importantes, assim como a perda de cidades portuárias estratégicas para o comércio marítimo internacional. São milhares de mortos, feridos e traumatizados.
Zelenski, com sorte, talvez consida recuperar um emprego na sua antiga profissão de palhaço de circo televisivo. Há quem diga que ele sai rico dessa guerra, mas isto só o tempo esclarecerá. As grandes perdas ficam mesmo com o iludido povo eslavo-ucraniano, que caiu na armadilha da propaganda artificial criada pelos estrategistas estadunidenses de que iria tornar-se um legítimo povo europeu ocidental se optassem pela adesão do seu pais à OTAN. Ignoraram os alertas da Rússia para que não fizessem isso. Deu no que deu.
Na divisão do espólio, o raciocínio é cartesiano de tão simplista: se os EEUU despejaram meio trilhão de dólares para guerrearem por procuração contra os russos, é "justo" que levem para casa agora o equivalente a esse valor em "terras raras".
E o Zelenski que não encha o saco, senão leva uma nova humilhante descompostura ao vivo, como aquela que já recebeu no Salão Oval.
E quanto a você, caro leitor, caso tenha acreditado nos bordões da nossa imprensa ocidental durante anos, sobre a propalada guerra entre a Ucrânia e a Rússia, sinto dizer-te: você foi enganado. Mas, se servir de consolo, lembre-se de que os europeus e, especialmente, os ucranianos, também foram".
Rogério Guimarães Oliveira