A renovação tibetana

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Luis Augusto Weber Salvi

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Aug 13, 2011, 11:39:32 PM8/13/11
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O setor da nação tibetana no exílio, deu um importante passo na modernização da sua condição política, elegendo democraticamente um sucessor para o Dalai Lama. Esta foi a notícia que correu o mundo no 8 de Agosto último. Há muito que o Dalai anunciava tal possibilidade, e não seria por acaso que acontece poucas semanas após seu encontro com o Presidente dos Estados Unidos. Como era de esperar, na ocasião a China alardeou a sua reprovação, declarando que o gesto americano teria conseqüências. De fato o país oriental tem se destacado nas manifestações contra a crise financeira americana, sugerindo até mesmo que deve haver “uma nova moeda internacional” -que, naturalmente, seria o yen.

Mais uma vez, o Dalai Lama demonstra ser acima de tudo um político e um nacionalista. Tanto que permanecerá à frente dos principais assuntos políticos, até porque o eleito, um advogado de nome Sangay, sequer é nascido o Tibet. De todo modo, a conversão numa democracia do Tibet “livre no exílio” (para evocar o título de uma das autobiografias do Lama), coloca o povo tibetano na vanguarda do mundo himalaico, prometendo ampliar o apoio que os tibetanos sempre receberam dos norte-americanos. Há muito que o sistema político tibetano vacilava. A tradição dos tulkus (reencarnações de Lamas) estava sujeita a muitas corrupções, e depois da invasão tibetana começou a ser manipulada pelos chineses. Claro que a democracia também comporta todos os problemas conhecidos, porém, os regimes hierárquicos ou de predestinação (monarquia, teocracia), apenas se justificam no alto de um amplo consenso cultural. O Tibet dividido e subjugado, não tem mais condições de afirmar este consenso místico-religioso, e nisto a nova democracia tibetana surge como uma nova carta de nascimento da sociedade himalaica.

Vale lembrar que o Tibet foi ocupado em outubro de 1950, e logo capitula entregando para a China o controle dos assuntos externos e militares. Após uma série de rebeliões, o Dalai Lama e milhares de tibetanos fogem do país em março de 1959, dando início a uma política externa de resistência. Se passaram assim 52 anos, desde a égira tibetana até a democratização, que é um ciclo de renovação social (chamado “Fogo Novo”) para os maias-nahuas. Ademais, o assunto conflui com o encerramento racial em 2012, quando as antigas linhagens espirituais devem se extinguir ou passar por uma profunda renovação, como já vem acomtcendo em toda parte (ver a nossa obra “Shambala – o Retorno à Ocidentalidade”, Ed. Agartha).

Possuindo o tamanho aproximado do Estado do Pará, o Tibet tem no entanto uma população reduzida (possui somente 2.197.000 habitantes, em1990), já que as condições econômicas naturais nunca foram muito favoráveis, e a sua política interna estava muito voltada para os valores espirituais. Com isto, tem sido fácil aos chineses suplantar a população local, e a China moderna representa uma máquina poderosa que espanta o mundo e aborrece a democracia.

A nova página da situação tibetana, abre contudo interessantes expectativas. Será que a onda de democratização que varre o mundo islâmico, começará a rondar também a China através das várias etnias que a cercam e que a integram?

A China tem demonstrado o tamanho da sua ambição, que contrasta todavia com o seu fechamento político e a truculência nos direitos humanos. Contudo, a aspiração de se tornar uma economia-de-mercado e de alcançar um reconhecimento mundial, poderá terminar por azeitar as pesadas engrenagens da maior nação do mundo.

 

Ver mais sobre Sociologia Espiritual em  http://agartha-edicoes.blogspot.com

 
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Luís A. W. Salvi
Filósofo & escritor
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