Re: Confirmarem visita a São Carlos ou ida pra Bahia

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Luiz Antonio Vieira Spinola

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Nov 20, 2013, 12:13:35 PM11/20/13
to Isabela M Alves, ambienteeco...@googlegroups.com

Olá Alberto !!

Quando escrevo a um, sinto que escrevo a outro, e isso é resultado da forte união entre vcs dois !!

Sobre a Bahia, precisamos conversar mais, e pessoalmente, pois nesta fase é momento de esclarecer melhor todos os pontos positivos e os negativos, além das possibilidades. Isso é importante para que a expectativas geradas correspondam à realidade, pelo menos o mais próximo possível. E, pelo visto, estaremos presentes fisicamente em breve. É que o Chico, um dos primos mais velhos, me deu uma notícia há uma semana, que lá na Bahia a seca está "braba" como em nenhum ano anterior. Até o encontro da família terá de ser restrito em seu número de participantes. Pra vc ter uma ideia, o pessoal da cidade está indo buscar água pra beber e cozinhar nas caixas de 16.000 litros instaladas pelo governo nas casas da área rural. Isso dificulta, mas não vai impedir nossos planos. Até ao contrário : podemos entrar neste processo para ajudar em métodos de obtenção e economia de água, além de oferecermos possibilidades de renda, como o plantio de espécies mais resistentes à seca, como a babosa, que lá propaga espontaneamente. O Chico disse que até a produção de umbu deste ano está prejudicada (o umbuzeiro tem umas grandes batatas que reservam água).

Antes de responder, liguei para a Lila, do Jatobá Terra Prana afim de perguntar como está a Ika por lá. Ela me disse que está tudo bem e que estão super entrosadas. Que bom, né ?....Aí falei sobre vcs e ela respondeu que pode, sim, estar conhecendo-os. O espaço oferece alguns níveis de participação :
- Aluga uma casa e a pessoa/família fica totalmente livre.
- Aluga uma casa e a pessoa paga em trabalhos por algumas horas do dia, por alguns meses até conseguir trabalho na cidade, ficando, por exemplo, à tarde, totalmente livre.
- Mora lá e compartilha projetos, tarefas, etc...., recebendo somente a casa gratuitamente, de forma definitiva, devendo conseguir trabalho externo para a comida (se bem que lá, verduras e algumas frutas sempre tem)
- Mora lá e compartilha todo o tempo em troca da casa e de comida. Este último não está sendo possível no momento.
Já houve períodos que ela contratou funcionários, mas não está sendo possível no momento, também.
Observe que não é uma proposta de compartilhamento mais achegado de vivências. Cada um, ou cada família, deve ter sua relativa autonomia e espaço exclusivo. 
Ela disse que vcs podem ir lá conhecer ou já enviarem seus históricos/currículos. Inclusive ela deseja tentar recursos do poder público para estar disponibilizando o espaço às crianças das escolas. Aí você entra de cheio !! (vou tentar ajudá-la conversando com o secretário do Meio Ambiente que gosta de educação e que pode intermediar com o secretário da Educação)

Tem também a Ecovila Tibá, que creio ainda estar admitindo novos participantes. Eles tem alguns projetos, inclusive um grupinho que está produzindo orgânicos. A ecovila foi fundada por professores da Ufscar e mantem ainda uma característica um pouco de elite : estão construindo uma ótima casa de madeira tratada, etc....
A Ana, durante uma festa, me perguntou sobre vc, então disse que por enquanto tinha arranjado um trabalho temporário. Acho que a vaga para cuidar das crianças de lá ainda está em aberto.

Tem também a Veracidade, na cidade, que embora de espaço menor, é super movimentado e tem vários projetos. Às vezes há vaga para se morar. Agregado à Veracidade, há um espaço de 1 alqueire, dentro da cidade, que possivelmente a Veracidade irá entrar em contrato e cuidar do antigo escritório, duas casas e um barracão (era uma transportadora). Vou ver com o Djalma.

E tem aqui no acampamento, cuja característica principal é conseguirmos um dia lotes de terra do Incra para construirmos ecovilas. Porém, devido à pequena estrutura, acho que seria difícil vcs se estabelecerem. Hoje, depois de três dias me recompondo, é que estou voltando a dar andamento a outras atividades que estavam paralisadas. O envolvimento com a Ika foi desgastante por um lado, mas, por outro, de muito proveito no aprendizado. Ela, embora tivesse muitos conhecimento teóricos, nunca havia vivido situações de necessidades e dificuldades como as que se apresentam aqui. Então, criou-se nela um impulso por sobrevivência, embora eu lhe desse toda a garantia. Ficou super ansiosa por conseguir de imediato um trabalho para comprar uma lente de contato e manter o seu jeep. Enfim, necessitava de muita atenção neste seu processo de proteger a própria individualidade, obstruindo-a, por completo, de vivenciar formas de compartilhamento. Antes de vir pra cá ela já estava estressada com problemas onde vivia e tudo desembocou em um desencontro de expectativas e em dificuldades de vivência comunitária. O ideal é que quem venha pra cá já tenha uma boa autonomia para fazer o seu próprio barraco e criar o seu próprio espaço, além de ter ou procurar os seus próprios recursos de sobrevivência. Depois, estando próximos, vamos aumentando aos poucos o nosso nível de compartilhamento.

No entanto, nada impede que tentemos, destemidamente, encarar as dificuldades de se viver como uma única família compartilhando quase tudo, sem também restringir os momentos e os espaços necessários às nossas individualidades.

Como vou viajar dia 28 ou 29, vcs podem vir morar aqui por 22 dias. Enquanto isso, fazem o seu cômodo. Temos alimentos também para estes 22 dias. Então, poderiam conseguir algum trabalho na cidade durante este período. Se vierem alguns dias antes, seria melhor para eu tentar ajudá-los a conseguirem trabalho.

Depois de conversarmos bastante, há a chance, também, de já irem para a Bahia. Precisaria de 500 reais para os dois e talvez 400,00 no aperto.

Enfim, muitas possibilidades. Dependendo da coragem de vcs de enfrentarem situações não bem definidas, já poderiam vir de "mala e cuia". Deus vai abençoar que tudo dê certo em uma das opções !!

Abração e sorriso amigo aos dois !!....Luiz


Em 20 de novembro de 2013 09:55, Isabela M Alves <belinhaalv...@gmail.com> escreveu:
Bom dia Luiz,

     Quem responde hoje é o Alberto. Que saudade de responder estes e-mails. 
     Mantemos o ânimo de irmos para a Bahia sim, Luiz, principalmente porque por aqui, só estamos ajudando uma amiga, mas que pelo que passamos esse mês, não quer ser ajudada. A pousada onde estamos morando, está afundando a cada dia. E mesmo que sem salário (estamos realmente fazendo para ajudar o lugar, os animais e as cachoeiras que são lindas) queremos muito continuar ajudando. Mas tem se tornado muito difícil, pois como disse, a pessoa que nos pediu ajuda, na realidade não quer ajuda. Por mais que ela realmente precise de ajuda no lugar, e pessoal, ela é muito má, e é extremamente difícil conviver com alguém assim.

     Estamos dispostos a trabalhar duro no campo. Aqui é acordar cedo, e dormir tarde. 
     Nós procuramos pela Jatobá Terra Prana, e gostamos muito. A Isabela tentava a prática de yoga, quando eu a conheci. E eu há mais ou menos dois anos, procuro as oratórias de pessoas (nós mesmos) como Krishnamurti, Osho, Maharaj, Mooji. Na escola dual ou não-dual. Porque querendo ou não, Deus é tudo e o todo. Eu e você. Pratico meditação, e algumas vezes, com alguns amigos específicos praticamos a arte da transcendência. 
     Gostaríamos muito de conhecer esse espaço em São Carlos. De ajudarmos na terra, e no espaço. Mesmo que não utilizando um quarto, pois temos uma barraca, e estamos dispostos a viajar.
     Queremos sair o quanto antes daqui, da pousada. Está se tornando inviável a convivência e a prática de exploração da natureza, em troca de dinheiro (mesmo que pro nosso bolso não entre nada). Você sabe se poderia nos informar melhor se poderíamos ir conhecer (e até ficar) por lá, pra ajudarmos? Poderíamos mesclar a ajuda no assentamento (no que você participa) e no Jabota Terra Prana. Afinal, ambos ficam em São Carlos.

     Um grande abraço! E sinto, que nosso encontro, está ficando mais próximo.


Em 19 de novembro de 2013 12:22, Luiz Antonio Vieira Spinola <luizav...@gmail.com> escreveu:

Isabela e Alberto !!

Que lindeza !!....Embora não estejam em um espaço ideal, estão junto à natureza e fazendo o melhor possível para os animais e as plantas daí. Isso é o mais importante e esta é a melhor recompensa !!

Fiquei os últimos sete dias ausente do grupo por estar envolvido com buscar a Ika, uma permacultora muito experiente em teoria, do sul de Minas, com um jeep dela. Foram 18 horas de viagem. Passamos pertinho de vcs, em Santa Cruz das Palmeiras. A proposta aqui no acampamento não deu cola para ela, então arranjei para ela ficar no espaço Jatobá Terra Prana, da amiga Lila. Ainda tem 4 casas boas sem utilização e o espaço de terra também está descuidado, como aí na pousada. Se vcs conhecerem quem se sintoniza com yoga, taoísmo, etc, podem indicar. 

Quanto à Bahia e aqui junto aos sem terra, fico feliz por vcs manterem o ânimo !!
No entanto, o processo de conhecer as propostas e as pessoas deve ser paulatino e bem trabalhado, a fim de se evitar desencontro com expectativas geradas.

Realmente, morar no campo é desejável, motivo de paixões, mas na prática, no dia a dia, é duro, é difícil, toma tempo e tudo o mais. No entanto, se torna prazeroso se vivenciado com sentimento de luta, permanência, concretização de princípios e principalmente em harmonia e amor !!

Mesmo distantes, sempre juntos em sonhos, experiências e crescimentos !!

Um sorriso amigo....Luiz


Em 19 de novembro de 2013 11:00, Isabela M Alves <belinhaalv...@gmail.com> escreveu:

Luiz, é a Isabela.
Desculpe a demora, mas vc vai entender.
Estamos ajudando uma amiga com a pousada que ela administra, um lugar que é um paraíso cheio de bichos e mto verde á 7km da cidade.
Ficaremos por aqui até o fim de Dezembro pq ela está sem funcionários.
Estamos juntando dinheiro para poder ir para Bahia, já que vimos que aqui nós não poderemos tornar o lugar sustentável, infelizmente, ela como adm é mto ruim, e está deixando esse paraíso acabar, estamos tentando salvar o pouco que resta, e tentando arrumar o espaço melhor para os animais, já que vivem todos num espaço mto pequeno.
Começamos a deixar os ganços soltos, as codornas e as galinhas mais soltas, pois, as galinhas e 3 galos de espécies diferentes dividem o mesmo espaço.
E ver tudo que poderíamos fazer para tornar o lugar o melhor possível, mas temos pouca ajuda e pouca liberdade.
Não vemos a hora de estar com uma grana legal para poder ir encontra-lo. Estamos contando os dias para poder ir para 
Bahia e colocar tudo que estamos aprendendo em prática, e nos tornarmos o mais sustentável possível.
Nos perdoe pela demora, mas como vc sabe a vida no campo é cansativa e mto agradável, e estamos dormindo mto cedo, e eu que fico mais na internet pq faço as reservas e leio os emils, mas fico em função da pousada.
Não esqueça de nós, estamos com mta vontade de ir pra lá.
Um grande abraço, e mta paz!


Em 4 de novembro de 2013 15:29, Luiz Antonio Vieira Spinola <luizav...@gmail.com> escreveu:


Olá Isabela e Alberto !!

Chegou a hora de vcs confirmarem se vem aqui visitar São Carlos e a sua ida para a Bahia !!

Devo ir pra lá no finalzinho deste mês. E então, como estão as decisões ?....Alguma dúvida ?....

Abração e sorriso amigo....Luiz


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