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VIAGEM CULTURAL À CAROBA E LOCALIDADES ADJACENTES - Conhecendo mais sobre o interior da Bahia - Onde está o principal berço que originou a família Spinola no Brasil - O trio : Juliana Piacesi Spinola, fotógrafa; Napoliana Santana, historiadora que elaborou trabalho acadêmico sobre as famílias escravas de Francisco Joaquim de Souza Spinola e Luiz Spinola, o cicerone da "expedição cultural" !! - Lagoa do Timóteo - Lagoa Comprida - Casa do Barão - Casa do Timóteo Spinola - Tachos e potes antigos - História da cultura da região, em vídeos e fotos

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Luiz Antonio Vieira Spinola

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Apr 6, 2015, 9:54:22 AM4/6/15
to lUIZ aNTONIO, Ambiente Cultural, jornaldosgruposambiente
VIAGEM CULTURAL À CAROBA E LOCALIDADES ADJACENTES - Onde está o principal berço que originou a família Spinola no Brasil - O trio : Juliana Piacesi Spinola, fotógrafa; Napoliana Santana, historiadora que elaborou trabalho acadêmico sobre as famílias escravas de Francisco Joaquim de Souza Spinola e Luiz Spinola, o cicerone da "expedição cultural" !!

Veja links para alguns blogs relacionados no rodapé
Veja observação sobre fotos, tb no rodapé


Olá parentes e amigos(as) !!

A nossa viagem foi maravilhosa !!....Os primos Francisco(Chico), Rosa e Jaqueline(Kilú) nos receberam super bem e cheios de expectativas. Também os outros, na faixa entre 20 e 40 anos, : o Beto, o Aroldo, a Cidinha, a Cassinha, a Silvinha, a Darlene, a Arinda, o Gonçalo, o Gilson, o Zé Maria, a Jucélia, a Regina e vários outras e outras maiores e menores de 20 anos. Vira a maior festança quando vai parente de fora, A casa grande se abastece de "coisas gostosas", vem os convivas, os amigos, como o Antônio e o David e amizade e harmonia parecem ser resultantes deste costume entre os baianos. Aliás, todas as famílias geralmente tem um núcleo "familial", embora na Bahia seja revestido de características peculiares.

A Juliana fez fotos incríveis, muitos vídeos, principalmente entrevistas. Também gravamos mais de 20 entrevistas somente em áudio. A Napoliana entrevistou os primos e alguns descendentes dos escravos que ela estudou (de 1860, aprox.), colaborando enormemente com suas informações para a elucidação das origens da família. Também se interessou em nos ajudar a pesquisar sobre os primeiros irmãos que vieram de Portugal para a Bahia.

Fizemos algumas viagens na região : fomos na Lagoa Comprida, onde foi residência de Manoel e Benigna Spinola e onde nasceu Américo Pereira Spinola. A "presa" de terra vermelha batida construída por Francisco Joaquim e seus escravos ainda está lá e forma uma lagoa realmente comprida e muito bonita, embora este ano não encheu por completo. Fotografamos os restolhos dos escombros da casa.

Conhecemos o Lajedinho, com o cemitério de mais de 150 anos, construído por Francisco Joaquim. Ele é pequeno (uns 200m2), ladeado por muros altos de adobão e estes cobertos com três fileiras de telhas antigas. Dentro, somente matos e arbustos deixam vislumbrar terras e pedras carregadas de misteriosas impressões. Vespas povoam os lúgubres e solitários buracos nos adobões. Apenas uma "carneira" (túmulo) é visível, construída no estilo da época (com várias pontas de lanças de dois palmos na parte superior da carneira. Este estilo se sepultura é provável ser português(assim como as do cemitério de São Timóteo). Nas proximidades, uma lagoa, no fundo da qual Francisco Joaquim construiu um poço ladeado de pedras, que segundo informações ainda estão lá. Não conseguimos encontrar porque provavelmente a água da lagoa o está encobrindo. Plantas aquáticas lindas e inusitadas cobrem boa parte da água, onde aves encontram o seu raro habitat. Pena que não estou conseguindo inserir fotos.

A terceira localidade a ser desbravada culturalmente foi a Lagoa do Timóteo, atualmente São Timóteo. Uns dois km antes de chegar fomos presenteados por um umbuzeiro carregadinho de frutos deliciosos, temporões, pois nesta época(março) é dificílimo encontrá-los. Extasiados (enquanto a Juliana nos filmava), eu, o primo Nelson, nosso guia e a Napoliana(que é da Bahia e conhece o umbu), saímos às pressas do carro e fomos chamar o dono da propriedade. Que nada, ele nunca aparecia (e lá estava a bicicleta, ao lado da casinha de ferramentas e da roça de feijão). Então resolvemos catar somente os do chão, tanto os durinhos (preferidos para chupar), como os maduros, para nos deliciar no momento e depois fazer geleia (e fiz mesmo !!). Fomos direto para a "Casa do Barão" (esqueci qual barão), uma casa antiquíssima, de paredes grossas(três palmos de homem), de janelas e portas altas e arqueadas na parte superior. Nos receberam duas senhoras idosas, muito prestativas e uma delas muito sorridente e brincalhona. Como se elas estivessem nos esperando....Mostraram a casa por dentro, grande, o telhado de telhas coloniais lá em cima, bem alto. Os móveis antigos e, na entrada, no hall, um porta chapéu incrustado na parede. Os chapéus deviam ser dos outros barões, dos coronéis e dos senhores fazendeiros amigos do Barão de Vila Velha (lembrei : é porque Lagoa do Timóteo era e é município de Livramento de Nossa Senhora, antigamente chamado de Vila Velha).
A foto apresentada nos blogs abaixo não é a do barão, pelo menos não é a principal, que visitamos. A apresentada pelos blogs está perto do Tamboril, a uns 10 km de São Timóteo, e ainda vamos pesquisar a sua origem :

https://groups.google.com/forum/#!topic/familia-spinola/pM8hc9Xnmpc
Com outras informações sobre o Barão de Vila Velha oferecidas por Humberto César Lopes.
Com outras informações.

Um cunhado das duas senhoras nos mostrou os escombros da casa construída por Timóteo Spinola, um dos irmãos que veio de Portugal, negociante de ouro, proprietário de minas e dizimeiro do rei. Os escombros eram vislumbrados ao longe, logo após a lagoa, e no sopé do morro (uma paisagem lindíssima !!). Infelizmente, esta casa foi derrubada recentemente pelos herdeiros atuais (mas não da família Spinola) com o objetivo de venderem as madeiras de lei (que pena !!). Em poucos anos as intempéries derriaram as grossas paredes de adobão. Continuamos, fomos até os escombros de uma das casas que contavam a história dos nossos ascendentes. Era bem à tardinha e a pressa assomou-se em nossas intenções(tive de deixar de catar quinquilharias e pecinhas de ferro antigas levadas pela chuva). No caminho encontramos uma casa dos anos 50(1900) abandonada em fase de "estioramento". Com dificuldade, esgueirando entre galhos e me desviando dos cansanções, encontrei uma cozinha abandonada com 4 tachos de barro e potes antigos, um deles de mais de cem anos. Tivemos o impulso de levá-los naquele momento, mas nossa consciência ditou-nos que deveríamos pedir aos proprietários que moravam no povoado de São Timóteo, a uns 300 mts. Na casa antiga do Timóteo(provavelmente), nada encontramos de interessante, a não ser os restos deitados de uma centenária árvore (uma gameleira), de tronco muito grosso, paredes ao chão, alguns móveis da metade do século XX (ainda não dão valor por lá) e umas peças de uma máquina de fazer farinha. Mas por baixo dos adobões derretidos, certamente há mistérios escondidos que contam histórias e estórias de brancos que se consideram livres e de cativos que se acham escravos.

Foram muitos os detalhes e ocorreram outras viagens, entrevistas e passeios, mas para não estender em demasia, vou ficando por aqui. Depois, "historiamos" (como fala o Chico !!) mais e ilustramos com fotos, vídeos e arquivos de som, pois parece que não conseguirei postar devido à lentidão da minha internet (mas logo vai ter 4G !!).

Aguardemos, então, os trabalhos da Juliana, pois os conteúdos coletados foram muitos, e riquíssimos, inclusive com potencial para montar um trabalho de resgate cultural da região, provavelmente a ser patrocinado pela prefeitura de Lagoa Real. Neste trabalho em conjunto, produzido por uma historiadora e uma fotógrafa, (livro de fotos e vídeos) seriam documentados os lugares e costumes daquelas bandas, bem como seria utilizado como foco a história da família Spinola. Pode demorar, porém vamos ter paciência. Pediremos também que a Juliana Spinola, filha de José Américo Vieira Spinola (meu irmão), faça um resumo das suas melhores fotos e poste neste grupo e/ou no seu site. A Napoliana também poderá fazer um resumo das suas impressões e conclusões históricas desta viagem cultural, além de compartilhar algumas das suas fotos. De qualquer forma, vimos que há ainda muito a se pesquisar (não houve tempo e recursos para todas as expedições). Faltou o São Pedro, a fazenda Bela Vista(nos gerais), o Tamboril, Rio de Contas e outras localidades.

Gratidão a todos que nos receberam, à Juliana, à Napoliana e especialmente à minha irmã Cecilia Spinola que colaborou com os custos das expedições !!

Abraços a todos....Luiz !!

E quem desejar ir da próxima vez (muito provável ser em dezembro deste ano, vai começando e persistindo em fazer a sua poupança especial para a viagem e a estadia !!)

Quanto às fotos, ocorre que usei uma máquina de mais de 10 magapixel e minha internet está ainda muito lenta. Mas assim que entrar em outro computador, crio uma página de fotos no Família Spinola - blog e envio o link.



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Alguns blogs relacionados :

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