VIAGEM CULTURAL À CAROBA E LOCALIDADES ADJACENTES - Onde está o principal berço que originou a família Spinola no Brasil - O trio : Juliana Piacesi Spinola, fotógrafa; Napoliana Santana, historiadora que elaborou trabalho acadêmico sobre as famílias escravas de Francisco Joaquim de Souza Spinola e Luiz Spinola, o cicerone da "expedição cultural" !!
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Olá parentes e amigos(as) !!
A nossa viagem foi maravilhosa !!....

Os primos Francisco(Chico), Rosa e Jaqueline(Kilú) nos receberam super bem e cheios de expectativas. Também os outros, na faixa entre 20 e 40 anos, : o Beto, o Aroldo, a Cidinha, a Cassinha, a Silvinha, a Darlene, a Arinda, o Gonçalo, o Gilson, o Zé Maria, a Jucélia, a Regina e vários outras e outras maiores e menores de 20 anos. Vira a maior festança quando vai parente de fora, A casa grande se abastece de "coisas gostosas", vem os convivas, os amigos, como o Antônio e o David e amizade e harmonia parecem ser resultantes deste costume entre os baianos. Aliás, todas as famílias geralmente tem um
núcleo "familial", embora na Bahia seja revestido de características peculiares.
A Juliana fez fotos incríveis, muitos vídeos, principalmente entrevistas. Também gravamos mais de 20 entrevistas somente em áudio.
A Napoliana entrevistou os primos e alguns descendentes dos escravos que ela estudou (de 1860, aprox.), colaborando enormemente com suas informações para a elucidação das origens da família. Também se interessou em nos ajudar a pesquisar sobre os primeiros irmãos que vieram de Portugal para a Bahia.
Fizemos algumas viagens na região : fomos na
Lagoa Comprida, onde foi residência de Manoel e Benigna Spinola e onde nasceu Américo Pereira Spinola. A "presa" de terra vermelha batida construída por Francisco Joaquim e seus escravos ainda está lá e forma uma lagoa realmente comprida e muito bonita, embora este ano não encheu por completo. Fotografamos os restolhos dos escombros da casa.
Conhecemos o Lajedinho, com o cemitério de mais de 150 anos, construído por Francisco Joaquim. Ele é pequeno (uns 200m2), ladeado por muros altos de adobão e estes cobertos com três fileiras de telhas antigas. Dentro, somente matos e arbustos deixam vislumbrar terras e pedras carregadas de misteriosas impressões. Vespas povoam os lúgubres e solitários buracos nos adobões. Apenas uma
"carneira" (túmulo) é visível, construída no estilo da época (com várias pontas de lanças de dois palmos na parte superior da carneira. Este estilo se sepultura é provável ser português(assim como as do cemitério de São Timóteo). Nas proximidades, uma lagoa, no fundo da qual Francisco Joaquim construiu um poço ladeado de pedras, que segundo informações ainda estão lá. Não conseguimos encontrar porque provavelmente a água da lagoa o está encobrindo. Plantas aquáticas lindas e inusitadas cobrem boa parte da água, onde aves encontram o seu raro habitat. Pena que não estou conseguindo inserir fotos.
A terceira localidade a ser desbravada culturalmente foi a
Lagoa do Timóteo, atualmente São Timóteo. Uns dois km antes de chegar fomos presenteados por um umbuzeiro carregadinho de frutos deliciosos, temporões, pois nesta época(março) é dificílimo encontrá-los. Extasiados (enquanto a Juliana nos filmava), eu, o primo Nelson, nosso guia e a Napoliana(que é da Bahia e conhece o umbu), saímos às pressas do carro e fomos chamar o dono da propriedade. Que nada, ele nunca aparecia (e lá estava a bicicleta, ao lado da casinha de ferramentas e da roça de feijão). Então resolvemos catar somente os do chão, tanto os durinhos (preferidos para chupar), como os maduros, para nos deliciar no momento e depois fazer geleia (e fiz mesmo !!). Fomos direto para a
"Casa do Barão" (esqueci qual barão), uma casa antiquíssima, de paredes grossas(três palmos de homem), de janelas e portas altas e arqueadas na parte superior. Nos receberam duas senhoras idosas, muito prestativas e uma delas muito sorridente e brincalhona. Como se elas estivessem nos esperando....Mostraram a casa por dentro, grande, o telhado de telhas coloniais lá em cima, bem alto. Os móveis antigos e, na entrada, no hall, um porta chapéu incrustado na parede. Os chapéus deviam ser dos outros barões, dos coronéis e dos senhores fazendeiros amigos do
Barão de Vila Velha (lembrei : é porque Lagoa do Timóteo era e é município de Livramento de Nossa Senhora, antigamente chamado de Vila Velha).
A foto apresentada nos blogs abaixo não é a do barão, pelo menos não é a principal, que visitamos. A apresentada pelos blogs está perto do Tamboril, a uns 10 km de São Timóteo, e ainda vamos pesquisar a sua origem :