Leia e Reflita...
NÃO BUSQUE O PRAZER, VIVA O PRAZER
A palavra prazer vem do latim placere, significa ser querido e se relaciona com placare, que significa aquietar, acalmar. Portanto, muito distante, ou mesmo o oposto, do conceito moderno da busca frenética e dos exageros do falso prazer.
Nossa sociedade busca o “prazer” acima de todas as coisas afim de aplacar nossas angústias às custas de objetos e promovendo a objetificação de pessoas e sentimentos.
Esta condição faz com que nossa principal motivação para o trabalho não seja o serviço, nossa contribuição para a sociedade, mas sim conseguir meios financeiros para adquirirmos os objetos que nos dão a sensação de saciedade, um momento de prazer, do falso prazer.
Esta atitude coloca todo nosso esforço produtivo à serviço dos desejos do corpo que busca, muitas vezes, os prazeres efêmeros que vem do exterior e só nos ilude com a fuga de nós mesmo.
É natural que compremos objetos e serviços que atendam nossos desejos, mas não nos deixemos enganar de que eles serão capazes de nos dar o verdadeiro prazer, mas sim uma efêmera satisfação.
Cada vez mais somos induzidos, e até mais do que isto, conduzidos, a gastarmos parte de nossos recursos na compra de momentos de prazer, nas mais diversas formas, seja consumindo sem critérios, comendo em demasia pelo prazer de comer e não pela sagrada manutenção da vida, com sexo desregrado para atender apenas aos desejos do corpo, mas não ao prazer do Ser, as drogas lícitas e as ilícitas, e outras aberrações que nos permitimos em busca do prazer. Esta atitude equivocada nos conduz a vivermos uma intensa busca pelo prazer, o prazer constante, como uma forma de alienação. Este falso prazer, por ser efêmero, cria um ciclo de saciedade e falta, mantendo a ansiedade de forma crescente.
Se não compreendermos que a vida deve ser produtiva e que associamos a ideia de prazer a não produtividade, ao culto de si mesmo, em seu aspecto mais vazio, ou seja, de buscarmos algo fora de nós que nos dê o “prazer” de esquecermos quem somos e como vivemos, nunca alcançaremos o verdadeiro prazer, até por que ele não precisa ser alcançado, mas sim despertado.
Acabamos nos contentando apenas com a ausência momentânea da dor e não nos deleitamos com a sublime sensação do prazer.
Algumas doses de álcool, por exemplo, nos anestesia das eventuais dores que estejam nos afligindo, com o custo dos efeitos nocivos deteriorantes do consumo de substâncias que nos afasta de nós mesmos, mas não se compara com o prazer de assistir um belo por do sol que nos brinda com sua beleza única, nos faz vibrar celebrando a vida e nos aproximando do Criador, servindo-o com a gratidão e admiração de sua Obra.
Um sexo casual pode nos distrair e aliviar a tensão, mas não se compara com o exercício da cumplicidade própria dos que se amam e se deleitam com a presença do outro, o olhar, as palavras, o toque, o fluxo da energia do amor entre seus Seres tendo mais que sexo, o êxtase; acompanhado de uma sensação de paz, conforto e gratificação que perdura.
Ao exercermos a gula, com alimentos produzidos de forma desconhecida, de qualidade duvidosa e sem amor, é possível que tenhamos mais riscos do que benefícios, mas ao prepararmos um prato de alimento que agrade ao nosso paladar, de forma saudável e amorosa ou sermos brindados por um alimento que expresse amor ao ser preparado, teremos a ressonância do verdadeiro prazer em todo o nosso Ser.
O prazer, por ser uma experiência íntima, não se adquire, se vive, é a expressão consistente e harmoniosa da gratificação.
O grande filósofo Epícuro ensina que o mais alto prazer é a serenidade da alma.
Prazer é a condição em que podemos gozar a vida, é o resultado do autoconhecimento, é não ser perturbável por fatores externos já que a Vida é vivida internamente.
Viva com prazer, não pelo prazer.
Nada se compara ao prazer de Ser.
"O prazer é a felicidade dos loucos. A felicidade é o prazer dos sábios."
Jules D'Aurevilly
"O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma.”
Epicuro
"Não mordas um prazer antes de ver se não há algum anzol escondido nele."
Thomas Jefferson
Serg Rios Alves
Você está recebendo este e-mail porque é cliente do Instituto Avalon, se você preferir não receber e-mails como este , cancele sua inscrição neste link![]()