Quer saber se seus dados pessoais foram vazados?

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marciano.nem

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Feb 1, 2021, 9:13:46 AM2/1/21
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    Quer saber se seus dados pessoais foram vazados? Este site verifica
- 30/01/2021 - UOL TILT
Para saber se você foi afetado pelo vazamento de dados pessoais que
atingiu 220 milhões de brasileiros, divulgado nos últimos dias, o
desenvolvedor Allan Fernando Armerlin da Silva Moraes, 18 anos, criou
o site chamado "Fui Vazado". Ali, os interessados podem buscar na base
de dados se alguma das suas informações está pública.
A página entrou ao ar na quinta-feira (28) e ontem já estava
sobrecarregada, o que fez com que ficasse instável. Para conseguir
consultar as informações é preciso paciência. "Foram mais de 445 mil
consultas nas últimas 24 horas", contou Moraes a Tilt.
Na lista de informações vazadas estão CPF, salário, escore de crédito
—consultado por lojas quando o consumidor faz compras—, cheques sem
fundos e números de telefone, entre outros. Há ainda dados de 104
milhões de veículos, de placas até o tipo de combustível usado, segundo
a PSafe, uma das empresas que identificou o vazamento. É provável que o
banco tenha incluído dados de pessoas já falecidas.
Segundo o desenvolvedor, que trabalha na formação e inclusão
profissional de pessoas que são autistas, como ele, a página foi
construída para facilitar a consulta por qualquer pessoa. Ele diz que a
base de dados é grande —só os arquivos com informações de pessoas
físicas têm 50 Giga— e nem todo computador poderia processar as informações.
Ele nega interesse financeiro por trás da ferramenta, mas diz que
procura anunciantes para custear despesas e evitar que o site siga
instável. "É só para manter funcionando", diz.
Os dados vazados foram disponibilizados em um fórum na internet —o link
para o conteúdo foi retirado do ar há cinco dias. Após fazer o download,
Moraes passou a analisar as informações com uso de duas linguagens de
programação: Python e Apache Spark. "A primeira coisa que eu fiz foi ver
se meus dados e de pessoas próximas constavam ali. E estava tudo lá."
Para fazer a consulta é preciso digitar CPF e data de nascimento. Em
seguida, o internauta é direcionado para outra página com uma lista com
todas as informações vazadas, organizada na vertical. Por exemplo, IRPF
(Imposto de Renda Pessoa Física). Na lateral direita da lista, há um
quadrado para cada dado. Caso esteja marcado em verde, é sinal que as
informações pessoais foram vazadas. Caso contrário, não foram.
Mas pode isso?
Apesar de útil, logo que o site surgiu começaram as críticas e os
alertas sobre outros perigos de manter uma página assim no ar.
Especialistas ouvidos por Tilt divergem sobre uma ilegalidade do serviço
oferecido pelo "Fui Vazado".
A especialista em proteção de dados e advogada no escritório Raul
Bergesch Daniela Rauch observa que "aparentemente, por não ter fins
econômicos, a plataforma não fere a LGPD (Lei Geral de Proteção de
Dados), em vigor desde setembro do ano passado.
Mas a possibilidade de terceiros fazerem a consulta no nome de outra
pessoa preocupa Andrea Willemin, especialista em proteção de dados da
Comunidade Europeia. Para a pesquisadora, o "Fui Vazado" deveria dispor
de um validador, uma credencial que garante que quem está fazendo a
consulta é, de fato, a mesma pessoa. Esse mecanismo poderia funcionar
como uma assinatura digital. Por não possuir o validador, ela entende
que o site, mesmo não oferecendo as informações pormenorizadas, comete
uma ilegalidade e vai contra a LGPD.
"A ideia de fazer a consulta é ótima. Porém, são informações sensíveis,
e o problema é que qualquer um pode pesquisar (tendo o CPF e a data de
nascimento). Eu não autorizei entregar dados para qualquer um", explica.
Por não apresentar um detalhamento maior do que vazou, Rauch que o site
não traz muitas vantagens. "Só vai matar a curiosidade, mas a pessoa vai
se expor ainda mais", diz. A advogada observa que quando for descoberta
a origem do vazamento será possível que os lesados entrem com ações
individuais ou coletivas.
Já o engenheiro de sistemas e computação e professor da UFRGS
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Edison Pignaton de Freitas
não vê problemas com a consulta no site. "Não vi maneira de uma pessoa
explorar vulnerabilidade, de conseguir mais informações pessoais. Não
achei nada de suspeito", afirma.
Por outro lado, o pesquisador alerta que nenhum sistema é 100% seguro e,
por isso, há riscos de o site ser invadido por hackers e as informações
serem tomadas. "Todo site, de certa forma ou outra, tem vulnerabilidade
intrínseca. Não tem como determinar que haja vulnerabilidade agora, mas
há dois dias um hacker pode descobrir uma."
Qual é o risco real para a população?
Alto, segundo especialistas, devido ao número de informações reunidas no
banco de dados vazado. Com CPF, nome completo, data de nascimento e
telefone um golpista já pode obter um cartão de crédito fingindo ser
você, por exemplo. "Tem milhões de coisas que se pode fazer. De cometer
crimes no seu nome até invadir a vida privada", diz Andrea Willemin,
advogada com experiência em proteção de dados.
A recomendação é, a partir de agora, acompanhar rotineiramente extratos
bancários e do cartão de crédito, salienta a professora de redes da
PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) Cristina
Moreira Nunes. Outra dica de Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da
empresa de cibersegurança Fortinet, é estranhar consultas atípicas no
CPF que não foram solicitadas.
https://fuivazado.com.br/

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