Gregório,
A questão do volume de produção é sim um fator importante de análise. Geralmente a capacidade mínima de produção nas cervejarias está condicionada ao tamanho do fermentador. Ou seja, se o fermentador é de 1000 litros, vc terá q produzir ao menos esta qtde.
Mas o mercado nos mostra que é possível produzir "ciganamente" em pequena escala, vide confraria do marquês com a hopium. No caso, salvo engano, a confraria produz levas de aproximadamente 500 litros e paga por retirada do produto. Há várias outras cervejarias para tomar como base: 2cabeças, ogre, stolz são alguns exemplos; sem contar duff e coruja que estão numa escala superior.
No fim das contas o que vai pesar para considerar sua produção grande ou pequena (facilmente absorvida pelo mercado ou não) é o seu modelo de negócios e consequentemente sua capacidade de escoamento. A stolz por exemplo investe nos growlers e tem obtido certo sucesso com isso, produzindo cerca de 2000 litros mensais em um mercado muito menor que o de bsb ou gyn. De qq forma, volto a enfatizar que, geralmente, o mais interessante é produzir em estados que representem maior parte do seu market share para evitar a st interestadual e os maiores custos de distribuição. É claro que há uma guerra fiscal relacionada ao icms para produção de cerva artesanal que o produtor tem q atentar tb. Cito aqui alguns exemplos da disparidade: enquanto em sc e rs o icms está na faixa de 13% e em sp 18%, o pr tem alíquota de 29%!! Apesar disso, as cervejarias de lá continuam fazendo cervas fantásticas e aumentando participação no mercado, vide way, bodebrown, morada e a própria dum, q criou a petroleum, e iniciará sua produção na gauden. Outra opção é o "repasse" da cerva do produtor caseiro à cervejaria. Nesse caso, o caseiro teria um "padrinho" e entraria no mercado com o risco sendo absorvido pela cervejaria. Muitos n recebem nd em troca, mas esta é uma questão que dependerá da negociação entre as partes. Petroleum, de bora, gottlich divina, american pale ale da schornstein, algumas da mistura clássica, etc foram produzidas assim.
A questão de área industrial em bsb é um ponto a ser levantado junto à administração regional. Quando eu tinha ideia de abrir um brewpub aqui, fui informado de que n haveria problema em instalá-lo no plano piloto. De qualquer forma, n confiei mt na resposta do interlocutor e recomendaria que após a criação do plano de negócios se realizasse consulta formal à administração. Quanto à stadt, n tenho ctz que ela saiu do sig por impedimento legal.
Marcel,
A incofidentes surgiu da união de três "marcas": grimor, jambreiro e vinil. Qd conversei com patrus, da grimor, ele me informou que o registro é de apenas um cnpj, ou seja, todas as cervejas são registradas por um único pj, n necessariamente pelo mesmo cervejeiro. Todo o equipamento foi comprado coletivamente com exceção dos fermentadores. Ou seja, a ideia dos caras é fazer um cronograma de brassagem articulado, de forma a reduzir custos. Não há previsão de participação de terceiros, mediante aluguel, etc.
Masssssss, essa ideia de incubação de cervejeiros caseiros está sendo aventada pelo mauricio da schornstein (por mim tb numa terceira fase de um empreendimento que estou montando e devo compartilhar em breve com vcs). Ele está estruturando o plano de negocios e verificando a viabilidade de montar uma cervejaria voltada a atender demanda de caseiros. N sei exatamente o modelo que ele irá adotar: risco integral ao cervejeiro caseiro, risco compartilhado, apoio nos canais de venda, unificação de marcas, etc. De qq forma é sem dúvida uma oportunidade interessante.
Eduardo Golin