InfoABIC - Orçamento de Estado 2015, Centros de Investigação, e revisão da carreira de Investigador

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Direcção da ABIC

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Oct 30, 2014, 6:49:39 PM10/30/14
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Edição de 30 de OUTUBRO de 2014







Orçamento de Estado 2015, Centros de Investigação, e revisão da carreira de Investigador

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) assiste com profunda preocupação e inquietação aos acontecimentos que se têm sucedido ao nível da Investigação Científica em Portugal.

A linha que este Governo e esta Direção da FCT assumiram desde o início tem-se aprofundado com efeitos dramáticos para a Investigação e para a Ciência ameaçando o atual e prestigiado património que corresponde ao trabalho diário ​desenvolvido por milhares de Investigadores em Portugal e que tem obtido resultados internacionalmente identificados como muito positivos.

Neste sentido a ABIC chama a atenção para 3 questões relevantes:

1. O próximo Orçamento de Estado aprofunda a lógica de "desaparecimento" do Estado que este Governo tem seguido. Assim, ao nível da Investigação Científica, este documento mantém a situação de estrangulamento financeiro em que se encontram as Instituições de Ciência e o Ensino Superior. Cada vez mais vozes se somam na crítica a esta política de investimento na Ciência e seus recursos humanos, inclusivamente ultrapassando já as fronteiras nacionais, particularmente depois da famigerada nomeação de Carlos Moedas para a pasta na UE.

2. A avaliação dos Centros de Investigação que o Governo pretende prosseguir irá contribuir para a redução brutal do financiamento de muitas instituições nacionais. A FCT insiste num processo que está totalmente desprestigiado e que uniu de forma consensual a comunidade científica nas críticas que lhe foram feitas. É inaceitável e prepotente prosseguir um caminho que está identificado por todos como cheio de erros e contradições desde a sua génese e que irá arrastar para o despedimento milhares de investigadores em Portugal.

3. A recente admissão da vontade de revisão da Carreira de Investigação Científica manifestada pela Secretaria de Estado revela uma ameaça perante a qual tanto investigadores bolseiros como investigadores contratados têm demonstrado profundas reservas. A ABIC sempre lutou pela dignificação do Emprego Científico e pelo fim do uso de bolsas de investigação para suprir necessidades do Sistema Científico Nacional. Contudo, estará contra a criação de uma Carreira de Investigação que desrespeite os investigadores e perpetue a instabilidade. Para a ABIC, a solução passa por mais financiamento para a Ciência e pelo prestígio da Carreira do Investigador.

Desta forma, o que está claro é que o Governo conseguiu uma coisa sem precedentes. Este Governo e esta Direção da FCT uniram a comunidade científica em torno da ideia de que tudo o que ​essas instituições têm feito tem contribuído para a destruição da Ciência em Portugal. Uma destruição que terá efeitos nefastos ​por vários anos e décadas e que tem que ser parada o mais depressa possível. Um novo rumo para a Ciência é urgente e fundamental.

ABIC reuniu com a ANICT

A ABIC reuniu 3ª feira com a ANICT, a pedido desta associação. A ABIC apresentou a sua visão de uma Ciência com futuro que passa pela valorização e dignificação de todos os que trabalham em investigação e Ciência. Assim, distanciámo-nos da proposta desta associação que, desde logo nos seus princípios, omite a existência de problemas com o financiamento das instituições, prefere colocar como ponto de partida a necessidade de facilitar os despedimentos, põe em cima da mesa uma proposta de redução líquida da remuneração atual (inclusivamente das bolsas que já não são atualizadas há mais de 13 anos) e acaba por nem resolver o problema da precariedade ao perpetuá-la até 25 anos.


























UNESCO procura rever Recomendação sobre Estatuto dos Investigadores Científicos

A UNESCO fez recentemente um apelo à revisão da Recomendação sobre as condições laborais dos Trabalhadores Científicos, adoptada em 1974. A Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos, da qual a ABIC faz parte, contribuiu significativamente para a proposta de recomendação áé em 1974. A Recomendação foi aprovada na Assembleia Geral naquele mesmo ano.

A Recomendação tem vindo a ser cada vez mais desrespeitada pelo Estados, levando, entre outros problemas, à generalização da insegurança na situação dos cientistas, especialmente os mais jovens e/ou em início de carreira, enfraquecendo o potencial humano da investigação científica.

Este apelo internacional contra a precarização dos trabalhadores científicos contrasta com a actual campanha a favor da precarização aprofundada para os trabalhadores do Sistema Científico e Tecnológico Nacional. O Governo parece mostrar grande interesse no sentido de concretizar esta ofensiva ao se mostrando-se activo na promoção das propostas de precarização dos trabalhadores científicos portugueses, como recentemente foi demonstrado pela Secretária de Estado para a Ciência.

O documento sobre a proposta de revisão da Recomendação está nesta página.

Neste mesmo site poderão ser deixados comentários sobre a proposta. (…)

Biblioteca Académica de Lisboa

A ABIC tomou conhecimento da proposta de uma Biblioteca Académica de Lisboa, com uma petição associada.
Saudamos a ideia de apetrechar a cidade de um espaço que ajude a colmatar as dificuldades de muitos estudantes e investigadores para encontrar um espaço sempre aberto e com acesso às publicações científicas mais relevantes.
 (…)













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www.abic-online.org

    

















Com os nossos melhores cumprimentos,
Pela Direcção da ABIC, 

    

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