Gurudeva's diary 06.10.12

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Srivas Thakur Das

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Oct 7, 2012, 1:41:14 PM10/7/12
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Não existe nenhum voto comparado ao cantar dos Santos Nomes, nenhum  conhecimento superior a este cantar, nenhuma meditação que venha de alguma parte que se aproxime deste cantar, e ele dá o mais elevado resultado.  Nenhuma penitência se iguala a este cantar, e nada é tão potente ou poderoso  como os Santos Nomes. (Adi Purana)
 
Queridos devotos,
por favor aceitem minhas humildes reverências.
Todas as glórias à Srila Prabhupada!
 
O Vyasa-puja de Sri Bhaktivinoda Thakur foi no dia 28 de setembro, dia que iniciou a Semana Mundial dos Santos Nomes. Para compreender mais profundamente o significado disto, assim como a vinda de Srila Prabhupada ao Ocidente e a propagação, pela primeira vez na história conhecida da humanidade, do culto de Bhakti e dos Sastras Védicos pelo mundo, é essencial se familiarizar com a vida e o enorme trabalho realizado por Sri Thakur Bhaktivinoda. O conceito da existência da ISKCON, como o conhecemos, foi originalmente concebido por Bhaktivinoda Thakur.

Estamos no ano de 1838, ano do nascimento de Sri Bhaktivinoda Thakur. A Índia está fortemente dominada pelos ingleses e revoltas se fazem sentir em todas as partes. Vinte anos depois, em 1858, a rainha Victória foi proclamada comoVictória, Imperatriz das Índias.

Victória era uma cristã fanática e o sonho dela era de, definitivamente, “civilizar” Bharata Varsa, transformando-a no maior país cristão do mundo e ela não economizou esforços para tal, sobretudo tendo como prioridade convencer os indianos de castas superiores de que a civilização cristã, assim como os valores que ela trazia, são superiores àqueles da civilização Védica. Sri Ramacandra? Sri Krsna? Sri Jagannath? Tudo mitologia e fanatismo religioso sem fundamentos. Lendas, puramente.

Foi neste cenário catastrófico que cresceu Bhaktivinoda Thakur. Calcutá era a capital da Índia, a capital do império Britânico do Oriente, lugar de cultura e política. Cidade elegante, situada numa Bengala rica em tradição, terra opulenta e generosa.
A Calcutá que vemos hoje é uma sombra longínqua daquela dos séculos dezoito e dezenove. Depois da desastrosa criação de Bangladesh, milhares de Hindus, perseguidos pelos Muçulmanos, deixaram tudo para trás e foram tentar vida nova na Bengala e sobretudo em Calcutá, transformando-a no caos que vemos hoje. Esta foi uma das vinganças dos ingleses, assim como a criação do Paquistão, ao deixar a Índia.

O Movimento de Sankirtan, trazido do mundo espiritual por Sri Caitanya Deva, era visto pelos indianos das classes superiores como algo barato, inferior e praticado por pessoas simples e sem cultura. E, pior, seguidores das seitas sahajiyas denegriam os divinos e científicos ensinamentos de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu imitando externamente os transcendentais sentimentos de  êxtase manifestados por Ele.

Nascido numa opulenta e tradicional família Bengali, assim como sua esposaBhagavati Devi, Bhaktivinoda Thakur, então Magistrado em Jagannath Puri, ocupava uma exaltada posição na sociedade. Naquela época o Magistrado ocupava a segunda posição mais importante do Estado, depois do Governador. Utilizando sua posição social, poder e influência, ele começou a pregar a mensagem de Sri Gouranga Mahaprabhu, assim como o Srimad-Bhagavatam. 

Ele viu que a única maneira de concretizar a profecia do Srimad-Bhagavatam, de que o Dharma para Kali-Yuga é o cantar dos Santos Nomes de Sri Krsna, seria através de uma instituição organizada que tivesse peso e influência na sociedade. Conceito este, completamente diferente do milenar sistema de propagação do conhecimento espiritual Védico que vigorava até então.
Assim, ele suplicou para que o Senhor Supremo enviasse alguém para ajudá-lo. Essa pessoa nasceu então como seu filho Sri Bhaktisidhanta Saraswati Goswami Thakur, o poderoso Acarya que concretizou a visão de Bhaktivinoda Thakur fundando a Sri Gaudiya Math e abrindo 64 Templos na Índia, escrevendo livros, tendo um jornal diário e pregando vigorosamente.

O aparecimento de Thakur Bhaktivinoda foi um divisor de águas na história do Movimento Védico de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu. Ele deu uma “cara moderna” ao Movimento de Sankirtan, que foi expandido por Sri Bhaktisidhanta Saraswati Thakur e completado por Srila Prabhupada ao levar a mensagem de Sri Krsna Caitanya para outras terras além de Bharata Varsa, propagando-a em todo o planeta Terra. 

Os biógrafos enumeram três principais feitos notáveis na missão de Bhaktivinoda Thakur:
 
1-) Escreveu 100 livros e poemas espirituais autorizados.
2-) Descobriu o local original do aparecimento de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
3-) Introduziu inovações na pregação.
 
Ele predisse ainda que uma poderosa personalidade apareceria num futuro próximo e propagaria o Movimento de Sankirtan em todo o planeta, cumprindo assim a profecia mencionada nos Sastras.
 
O cenário atual da Índia: 

A Índia está se tornando um dos maiores exportadores de carne do mundo. 

Quem verdadeiramente controla a Índia é a chefe do Congresso, Sônia Gandhi, uma das mulheres mais poderosas do mundo, viúva de Rajiv Gandhi, que era filho de Indira Gandhi. Ela é Italiana, cristã e não-vegetariana. Não entende a cultura e tradição de Bharata Varsa nem tampouco dá ênfase nisto, considerando o glorioso passado Védico como algo primitivo e ultrapassado.

O Governo manipula de tal forma a história de Bharata Varsa que os estudantes mal conhecem o passado glorioso do país e muito pouco dos ensinamentos contidos nos Sastras. A influência da dominação inglesa ainda é onipresente: nas escolas aprende-se pouquíssimo sobre as atrocidades cometidas pelos ingleses. E o mais assustador: o sistema inculca na classe estudantil uma certa admiração pelos ingleses.

Abrem-se cada vez mais escolas cristãs, que com dinheiro vindo de fora, oferecem uma boa educação material. Em contrapartida tudo que é parte do passado Védico (filosofia, religião, ciência, tradição, etc.) é rejeitado, categorizado como coisa primitiva, mitológica, etc. A situação atual é tal que, ser cristão está se tornando status social! Os membros da ISKCON na Índia estão pasmos com esta situação.
 
A ISKCON na Índia está fazendo um tremendo trabalho de conscientização, sobretudo junto à classe estudantil. Templos como Pune e Chawpati mantêm dezenas de bases junto às universidades e milhares de estudantes estão se tornando devotos de Krsna, lendo os livros de Srila Prabhupada, cantando japa e redescobrindo a verdadeira história de Bharata Varsa e do planeta que, por centenas de anos tem sido distorcida e manipulada pela arqueologia, pela história e pelas ciências ocidentais. 

Portanto, é crucial que o movimento para a Consciência de Krsna e o trabalho da ISKCON na Índia sejam bem sucedidos, respeitados e muito bem organizados para que toda a instituição e a filosofia de Sri Krsna Caitanya Deva sejam mais bem aceitas no resto do mundo. Pois, atualmente a Índia é um dos países que está no centro das atenções mundiais quanto à economia, tecnologia, crescimento e desenvolvimento, etc., e a cultural e religião Védicas sempre foram uma curiosidade indiana interessante para o resto do mundo. Dessa forma, esse é um bom momento para uma expansão dos verdadeiros conhecimentos acerca de Bharata Varsa e a religião Védico-vaishnava. Ou seja, com o sucesso do bom trabalho feito na ISKCON da Índia, toda a ISKCON mundial será beneficiada.      

Nesta semana dedicada à intensificação da propagação do cantar dos Santos Nomes de Bhagavan Sri Krsna, oremos à Sri Bhaktivinoda Thakur que nos dê forças e inspiração para continuar a levar à cabo as instruções de Srila Prabhupada e do Guru-parampara que é levar os Santos Nomes às todas as cidades e aldeias do mundo, dando assim uma chance à sofrida humanidade de obter paz e harmonia.

Hare Krsna!
 
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