Autores: Antônio de Pádua Melo Neto
Thiago Tavares Nunes de Oliveira
RESUMO:
O processo de exclusão social é uma característica genético-estrutural
do capitalismo, ou seja, ele surge e se reproduz com o desenvolvimento
capitalista.
Com o advento da Revolução Microeletrônica, que teve início entre as
décadas de 60 e 70, o capitalismo entrou, nas palavras de alguns
autores, na era da informação.
O que parecia ser uma nova fase, propícia ao desenvolvimento sócio-
econômico, mostrou-se um período de intenso processo de exclusão dos
países subdesenvolvidos: exclusão não só dos bens e serviços já
universalizados nos países desenvolvidos, mas também dos novos bens e
serviços e, é claro, das novas tecnologias que produzem esses bens e
fornecem infra-estrutura para esses novos serviços.
Sendo a tecnologia da informação uma variável central no processo de
desenvolvimento econômico do capitalismocontemporâneo, faz-se
necessário o entendimento dos processos que levam a sua endogeneização
pelos diferentes países. Porém, essa endogeneização não garante que
todos os residentes do país terão igual acesso e usufruirão os mesmos
benefícios derivados dessa tecnologia. Isso acontece porque é preciso,
antes de tudo, engendrar a democratização do acesso aos bens e
serviços que garantem a cidadania. Para lutar pela inclusão
tecnológica é preciso, antes de tudo, assegurar a inclusão social
ampla de um grande número de pessoas.
O caso brasileiro é paradigmático, pois possuímos grande potencial
econômico, mas diversas estatísticas demonstram que não conseguimos
sequer superar os problemas crônicos que impedem o pleno exercício da
cidadania por parcela expressiva da população brasileira. A superação
das barreiras ao desenvolvimento social passa necessariamente pela
reformulação das formas de intervenção do Estado, e da definição de
uma política institucional de tecnologia da informação que permita a
inserção autônoma do Brasil nesta nova era. (...)
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http://www7.rio.rj.gov.br/iplanrio/sala/textos/02.pdf