RE: Caracterize as raízes ideológicas que fundamentaram o Mercantilismo por entre os séculos XIV e XVII e o Liberalismo a partir do século XVIII.

[Isabela nº:11]

O mercantilismo é um conjunto de idéias e praticas econômicas, cujo
objetivo era fortalecer o poder dos reis e dos países através da
acumulação interna de ouro e prata, por meio da pratica comercial
interna entre os países europeus, o que gerava uma estabilidade
econômica de maior valor (tomando como base o absolutismo).
Funcionava assim: quanto maior a quantidade de ouro e prata de um
país, maior era seu poder. Portanto para se ter bastante poder/
riquezas era preciso uma exportação maior que a importação de
produtos, para que o comercio não entrasse em decadência. Entre os
principais pensadores mercantilistas estão Hobbes, Maquiavel e Bodin;
todos de uma maneira geral justificando as ações absolutistas do rei.
No século XVIII o absolutismo começa a interromper o desenvolvimento
burguês; o que proporcionou os burgueses da época a tomar consciência
de classe ou grupo e passar a exigir seus direitos políticos como
cidadãos (participação política, igualdade jurídica e liberdade
comercial). Então há a reforma protestante e a contrareforma, que
deram início ao liberalismo. O liberalismo é um sistema político-
econômico em que se baseia a defesa da liberdade individual, nos
campos políticos e intelectuais. Bem diferente do mercantilismo, era
totalmente contra a intervenção do Estado na economia e na sociedade,
julgando as ações absolutistas do rei. Seus principais pensadores eram
John Loke e Adam Smith que defendiam o direito à vida, a liberdade e a
propriedade.
Portanto, o mercantilismo tem como base o absolutismo e seu poder está
em uma única pessoa (Estado) que intervinha na economia e na sociedade
a fim de estabelecer uma balança comercial favorável e o liberalismo é
a escapada desse sistema rigoroso e egoísta, tomando novos rumos
políticos, econômicos e sociais.

[Guilherme Trevise]

Guilherme Trevise - Nº10

O mercantilismo como já sabemos é a faze inicial do sistema
capitalista no mundo. Durante seus séculos de duração ele funcionava
em um Estado absolutista, que visava o acúmulo de riqueza (ouro e
prata), e que era obtido através de uma balança comercial favorável,
ou seja, mais exportação do que importação.
Durante o período mercantilista o rei e a burguesia eram grandes
aliados, sendo o rei responsável pelo protecionismo econômico e a
burguesia pelo financiamento do exército do rei. Mas essa não era a
única aliança do governador do estado absolutista, pois como o
pensamento do homem ainda tinha Deus como o centro de tudo
(Teocentrismo), o rei utilizava-se dos filósofos mercantilistas que
diziam que ele era um escolhido por Deus para governar, diziam também
que todos deveriam submeter-se ao rei ou então estariam desobedecendo
a Deus e que os fins alcançados pelo monarca justificavam seus meios.
Passando para o século XVIII, os burgueses notaram que o
mercantilismo estava atrapalhando o desenvolvimento deles e tomaram
consciência sobre a importante função que cumpriam na economia e
sociedade mercantil da época. Então protestaram contra os
favorecimentos do rei em relação à nobreza e clero.
Então o liberalismo começa a surgir e ganhar força, quebrando a
aliança rei/burguesia, ou seja, exigindo que o rei deixasse de
intervir na economia.
Dentre outras ideologias, o liberalismo econômico se
fundamentava no respeito ao individual humano, suas ideias e seu
direito a vida, ao trabalho e a terra (propriedade privada).