UMA NOVA LIBERDADE NO HORIZONTE DO BRASIL.
Humberto Oliveira
Você é a favor da liberdade dos escravos? Você é a favor do fim da
pobreza no Brasil? Duas perguntas, dois contextos, duas épocas. A
primeira, totalmente descontextualizada, teria hoje 100% de aprovação
do povo brasileiro. A segunda, completamente atual, ainda que não
assumida de forma tão clara e explícita, é uma contenda do presente
que ganhou veemência neste processo eleitoral. De comum entre elas,
as
conseqüências de uma intensa ruptura no modo de ser de uma nação.
Pois bem, tratemos de explicitar O QUE SE ESCONDE NO JOGO POLÍTICO
DAS
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS. Não é por acaso que a disputa eleitoral de
2010 alcançou um nível tão alto de antagonismo, despertando paixões
em
quase todos os setores da sociedade brasileira. O governo do
presidente Lula colocou o Brasil no caminho de uma profunda
transformação que o eleva a perigosa condição de um país moderno, sem
fome, sem miséria, sem pobreza, sem desigualdades.
É pouco? Não, é o rompimento com mais de 500 anos de história
política, de forte enraizamento cultural, de preconceitos sólidos.
SABEREMOS SER UMA NAÇÃO CIVILIZADA? Como viveremos sem os pobres?
Quem
trabalhará em nossas cozinhas, em nossas fazendas com baixos salários
e diárias? Como faremos nossas caridades, quem necessitará da nossa
piedade? Que privilégios teremos sendo todos tão semelhantes, tão
iguais? Como conviver sem a superioridade dos sobrenomes nas
universidades, nas profissões, nas ciências, na política? Como
compartilhar espaços de convivência, antes tão restritos, nos aviões,
nos hotéis, nos cinemas, nos teatros e nos palácios?
Essas profundas mudanças que estão em curso no Brasil, que têm origem
no governo Lula e terão continuidade no governo Dilma IMPLANTAM PAVOR
E PRECONCEITO na grande maioria da elite brasileira e na parte mais
conservadora da nossa sociedade. Por isso há um debate DISFARÇADO DE
RELIGIOSIDADE utilizado pelo conservadorismo político, daqueles que
não querem que o Brasil siga mudando. A maior prova desse argumento é
que não há um único segmento específico contra o projeto Lula/Dilma.
Parte da elite brasileira, a que é moderna, produtiva e progressista
está apoiando a candidatura Dilma, assim como a maioria dos
religiosos, dos intelectuais, da classe média, da juventude, dos
PROFESSORES E REITORES DE UNIVERSIDADES p e de todos aqueles
brasileiros e brasileiras que não teriam dúvida no século XIX em
lutar
contra a escravidão e que passarão para a história COMO AQUELES QUE
NÃO TIVERAM DÚVIDA contemporânea EM ESCOLHER no século XXI o projeto
político que põe fim a pobreza e a miséria e libertam do jugo da
exploração o povo pobre do Brasil.
Comparativamente aos anos 1880, estamos nos aproximando do momento em
que uma mulher, Dona Isabel, princesa imperial do Brasil, assinaria
por definitivo a Lei Áurea. E, como em todo fim de uma era, AS
RESISTÊNCIAS SÃO TRUCULENTAS E COLÉRICAS . Analogamente, a campanha
de
Serra representaria a última trincheira da mais feroz resistência ao
fim da escravidão.
Por sorte, o Brasil segue seu rumo em direção ao futuro, com orgulho
do presente, com apoio de 80% dos que aprovam o governo Lula e que
elegerão Dilma presidente. Estabelecendo essa analogia com a luta
pela
libertação dos escravos, na luta pelo fim da pobreza os intelectuais
de hoje são os Joaquim Nabuco de outrora, os atuais artistas, os
Castro Alves de antanho e o povo brasileiro de agora, os que lutaram
pela libertação dos seus irmãos escravizados pela elite conservadora
daqueles tempos. Surge uma nova liberdade no horizonte do Brasil.
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(*) Humberto Oliveira é Secretário de Desenvolvimento Territorial do
MDA
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