Algoritmos das rede sociais promovem preconceito e desigualdade, diz matemática de Harvard

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andre luiz

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Dec 29, 2017, 6:08:09 AM12/29/17
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 _"O problema é que estamos tão intimidados pelo avanço dessas tecnologias que sentimos que não há como lutar contra"_

_"BBC Brasil - O último capítulo do seu livro fala sobre a vitória eleitoral de Donald Trump e avalia como as pesquisas de opinião e as redes sociais influenciaram na corrida à Casa Branca. No ano que vem, as eleições no Brasil devem ser as mais agitadas das últimas três décadas. Que conselho você daria aos brasileiros?"_

_"O'Neil - Meu Deus, isso é muito difícil! Está acontecendo em todas as partes do mundo. E eu não sei se isso vai parar, a não ser que fechem o Facebook - o que, a propósito, eu sugiro que façamos. Agora, falando sério: as campanhas políticas na internet devem ser permitidas, mas não deveriam ser permitidos anúncios personalizados, customizados - ou seja, todo mundo deveria receber os mesmos anúncios. Eu sei que essa ainda não é uma proposta realista, mas acho que deveríamos pensar grande porque esse problema é grande. E eu não consigo pensar em outra maneira de resolver essa questão."_

_"É claro que isso seria um elemento de um conjunto maior de medidas porque nada vai impedir pessoas idiotas de acreditar no que elas querem acreditar - e de postar sobre isso. Ou seja, nem sempre é um problema do algoritmo. Às vezes, é um problema das pessoas mesmo. O fenômeno das fake news é um exemplo. Os algoritmos pioram a situação, personalizando as propagandas e amplificando o alcance, porém, mesmo que não existisse o algoritmo do Facebook e que as propagandas políticas fossem proibidas na internet, ainda haveria idiotas disseminando fake news que acabariam viralizando nas redes sociais. E eu não sei o que fazer a respeito disso, a não ser fechar as redes sociais."_

_"Eu tenho três filhos, eles têm 17, 15 e 9 anos. Eles não usam redes sociais porque acham que são bobas e eles não acreditam em nada do que veem nas redes sociais. Na verdade, eles não acreditam em mais nada - o que também não é bom. Mas o lado positivo é que eles estão aprendendo a checar informações por conta própria. Então, eles são consumidores muito mais conscientes do que os da minha geração. Eu tenho 45 anos, a minha geração é a pior. As coisas que eu vi as pessoas da minha idade compartilhando após a eleição de Trump eram ridículas. Pessoas postando ideias sobre como colocar Hilary Clinton na presidência mesmo sabendo que Trump tinha vencido. Foi ridículo. A esperança é ter uma geração de pessoas mais espertas."_
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