Clipping 12.02.2010

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Clipping Educacional

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Feb 12, 2010, 8:20:27 AM2/12/10
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Sexta feira, 12 de fevereiro de 2010

Programação Visão Acadêmica

Matérias de Hoje


Editoriais, artigos e opiniões

Matérias

> Folha Dirigida, 11/02/2010 - Rio de Janeiro RJ
Educadoras criticam a atual formação docente
Alessandra Bizoni
Em termos de políticas públicas de inclusão de novas tecnologias na sala de aula, educadores são unânimes ao salientar a necessidade de capacitação dos professores. Contudo, especialistas alertam: é preciso que a capacitação seja em em serviço. Além disso, é importante levar o viés tecnológico para os cursos de formação de professores e, ainda, promover a valorização destes profissionais. Com 45 anos de experiência no magistério, a professora Lia Faria, diretora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que se o professor continuar a ser formado como se fosse dar aulas no século passado, por mais diversos que sejam os produtos tecnológicos, nada vai mudar no processo de ensino aprendizagem. A educadora partilha da mesma opinião do professor Pier Cesare Rivoltella, docente da Università Cattolica del Sacro Cuore, de Milão (Itália), que esteve no Rio nos últimos dez dias participando de atividades acadêmicas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Segundo o especialista italiano, concentrar os investimentos em equipamentos tecnológicos sem capacitar os professores pode levar a resultados insuficientes na aprendizagem dos alunos. Diretor do Centro di Ricerca per l’Éducazone al Média all´Informazione e alla Tecnologia, ele fez uma palestra sobre as políticas públicas desenvolvidas na Itália para levar as novas tecnologias para as salas de aula.

No Brasil, no entanto, afirma Lia Faria, existem problemas de fundo histórico. Um deles seria a definição do perfil desejado de professor, que
por sua vez é baseado no perfil de escola e de cidadão desejados para a nação. "A escola não é uma ilha da fantasia. É uma instituição social e está a serviço de determinado modelo. Os cursos de formação de professores têm de ser renovados. Hoje, a imagem tem muito mais força do que a palavra escrita ou falada em nossa sociedade. E as licenciaturas ainda têm muito pouco espaço para imagem", argumenta Lia Faria, destacando a necessidade de melhores salários e de valorização social do magistério. A diretora da Faculdade de Educação da Uerj anunciou a aquisição de duas telas interativas, que serão utilizadas no curso de Pedagogia e nos cursos de Licenciatura da Uerj, a partir de março. "Conseguimos, com apoio da Faperj, duas telas interativas, que serão utilizadas por nossos alunos. No dia 10 de março, quando começaremos o primeiro semestre deste ano, o presidente da Faperj participará da inauguração de duas salas multimídia, elaboradas com recursos da Faperj", informa Lia Faria.Formação em sala de aula — Presidente da Empresa de Multimeios do Rio de Janeiro (Multirio), a professora Cleide Ramos salienta que os aspecto cultural é decisivo para a mudança da prática pedagógica. Embora as políticas públicas, no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, tenham caminhado de forma relativamente rápida nos últimos 15 anos, assinala Cleide Ramos, a cultura em formação tecnológica dos professores ainda está em construção.

"Há 15 anos, quando começamos com o trabalho de Informática na Multirio, a questão da tecnologia
não parecia ser muito necessária e nem estava no hábito dos docentes. Porém, hoje vivemos num mundo globalizado e a vida nos exige a interação com a tecnologia. Historicamente, até mesmo por conta dos recursos, se cometeu um erro na incorporação da tecnologia, que foi, até por questões operacionais, focada na Administração", observa a educadora. De acordo com a presidente da Multirio, para levar as tecnologias para as salas de aula, efetivamente, é preciso instrumentalizar os professores e também incentivar a produção.

"Incentivamos os professores a fazerem pequenos projetos que possam levar para a sala de aula. Os alunos hoje estão conectados na internet podem ajudar os professores. No ano passado, capacitamos dois mil professores alfabetizadores apresentado-lhes diferentes meios, como televisão, internet e outros. E também oferecemos, em parceria com a Planeta Pontocom, um curso via internet para 500 professores. Nesse grupo, tivemos 110 trabalhos muito bons e os melhores alunos irão monitorar a próxima turma", observa Cleide Ramos. Outras iniciativas anunciadas pela presidente da Multirio são a criação de um novo portal na internet e o lançamento da série "Por trás da Cena", que tem como objetivo a educação do olhar de professores e alunos. "Um dos pontos que pretendemos trabalhar é a questão da gestão da informação na sala de aula. Os professores são capazes de descobrir com os alunos diferentes fontes de informação e orientá-los a utilizá-las adequadamente", completa a educadora.

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> Correio Braziliense, 11/02/2010 - Brasília DF
Ameaças afetam 33% dos jovens
Levantamento feito no segundo semestre do ano passado com 2.159 estudantes brasileiros entre 10 e 17 anos mostra que ofensas e agressões no universo virtual estão cada vez mais comuns
Gustavo Werneck
A universitária Brenda (nome fictício), 17 anos, moradora de Belo Horizonte, nunca imaginou que a sua vida fosse se transformar ao simples toque de um mouse. No início do ano, ao ver na tela do computador foto e uma série de fofocas a seu respeito, a jovem ficou horrorizada e chorou de raiva. “É impressionante como alguém cria comunidades no Orkut e outras redes sociais inventando mentiras. Fiquei muito triste, pois as demais pessoas podem formar uma imagem errada a nosso respeito e agir com preconceito antes mesmo de nos conhecerem. Falam de tudo na internet, que a pessoa é gorda, chata, feia, gay e por aí vai”, lamenta a garota.

Nesse universo virtual com espaço de sobra para deboche, calúnias e invenções, principalmente entre adolescentes, Brenda não está sozinha. No Brasil, 33% dos adolescentes admitem ter um amigo que já
foi vítima de cyberbullying, caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. O dado consta em pesquisa divulgada ontem, Dia Mundial da Internet Segura, pela organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet, SaferNet Brasil, com sede em Salvador (BA).

O levantamento foi feito entre 2.159 alunos na faixa etária de 10 a 17 anos e incluiu 732 educadores do país. Um dos dados que chamam a atenção no estudo, realizado no segundo semestre do ano passado, é a prática do cyberbullying ou intimidação virtual, considerado um dos maiores riscos para os jovens brasileiros conectados à rede. Os educadores dizem que 26% deles já souberam de casos envolvendo a prática entre os alunos de sua escola; 99% consideram que a
instituição de ensino tem compromisso com a discussão das medidas de segurança online; e 67% acreditam que o tema merece trabalhos urgentes de orientação.

Segundo os coordenadores da pesquisa, o objetivo do trabalho foi conhecer as principais vulnerabilidades do público da internet e o significado para as crianças e jovens e seus educadores de segurança na internet. “É preciso que todos, em especial os adolescentes, entendam que cyberbullying não é brincadeira. A prática pode começar de forma simples, mas, com o tempo, pode ganhar proporções e agressividade até chegar à Justiça. No caso de adolescentes, os pais terão que responder civilmente. Se a prática partir de pessoas maiores de idade, a atitude configura calúnia e difamação”, diz o diretor de Prevenção da SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm.

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> Portal Terra Educação, 11/02/2010
Sistema de cotas da Federal de Goiás é questionado na Justiça
Márcio Leijoto Direto de Goiânia
O Ministério Público Federal de Goiás (MPF/GO) entrou com uma ação civil pública na Justiça contra o sistema de cotas para ingresso na Universidade Federal de Goiás (UFG), que exclui do vestibular candidatos que não conseguem comprovar os requisitos para tentarem uma vaga como cotista. A procuradora da República em Goiás, Mariane Oliveira, quer que estes candidatos entrem na lista de concorrência universal. A ação foi motivada após diversas reclamações genéricas feitas contra o sistema de cotas da universidade. O MPF/GO analisou o edital do vestibular e constatou que havia suspeita de irregularidade na exclusão dos candidatos recusados como cotistas. O candidato interessado em uma vaga como cotista na UFG pode tentar entrar em um dos quatro subgrupos: "oriundo de escola pública", "negro oriundo de escola pública", "indígena" e "negro quilombola". No momento da inscrição, o candidato apenas se autodeclara pertencente a um dos subgrupos. A comprovação é feita apenas depois da segunda etapa do processo seletivo. As reclamações ocorrem principalmente dos candidatos excluídos do grupo "negro oriundo de escola pública", pois são os únicos que, para aprovação, dependem de uma "entrevista social". Nos outros subgrupos, basta comprovação ou da Funai, ou da comunidade quilombola, ou ainda da escola pública. No edital, consta que os candidatos excluídos do sistema cotista perderão o direito à vaga mesmo que suas notas estejam dentro do limite de vagas no sistema universal. Para a procuradora, estes candidatos tem o direito subjetivo de disputar o vestibular no sistema amplo. No ano passado, a procuradora expediu uma recomendação à UFG pedindo o fim da exclusão do sistema universal, mas, conforme a ação, a instituição alegou que a migração premia a má-fé.

"A conclusão pela má-fé do estudante que se julga e se declara negro e tem essa condição negada pela comissão é no mínimo temerária. Já a adoção de uma
presunção de má-fé, nessa hipótese, é explicitamente arbitrária e inconstitucional", afirma a procuradora na ação. Para Mariane, todos os excluídos tem o direito de se defender, o que não ocorre nestes casos. Ela cita na ação situações em outras universidades onde acontece a migração. Como, por exemplo, em 2008, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Foram negadas 343 solicitações de cotas, mas todos foram transferidos para a lista universal. São citados casos semelhantes ao da UFMA em Brasília (DF), Tocantins, Minas Gerais e Pará. Na ação, a procuradora entra com pedido de liminar para que a migração possa ocorrer já no próximo vestibular, previsto para o meio do ano. A assessoria de imprensa da UFG informou que a reitoria ainda não foi notificada da ação e, por isso, não podia se manifestar. Informou ainda que a exclusão dos candidatos recusados no sistema de cotas está previsto no edital. O caso será avaliado na 8ª Vara Federal de Goiânia.

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> Revista Nova Escola, Edição 006
Assim não dá! Classificar por desempenho e separar as turmas
Grupos heterogêneos que trabalham com interação têm melhores resultados
Gustavo Heidrich
Escolas grandes, muitas turmas da mesma série: 3ª A, 3ª B, 3ª C e assim por diante. Se essa nomenclatura serve apenas para diferenciar os agrupamentos, nada contra. Acontece que algumas unidades escolares ainda usam o abecedário para criar uma hierarquia e classificar os alunos: nas turmas A são colocados os que, no ano anterior, tiveram as melhores notas e passaram com louvor; nas B, os com desempenho mediano; nas C, aqueles com "dificuldades de aprendizagem"; e da D em diante, os "desacreditados" pelos professores e diretores que fazem esse tipo de divisão.

Essa maneira de montar turmas há muito deixou de ser bem-vista. Ela servia a um sistema que acreditava ser possível a existência de grupos
homogêneos, em que alunos com nível de aprendizagem semelhante avançariam no mesmo ritmo. Os estudos de diversos psicólogos e educadores, como o russo Lev Vygotsky (1896-1934) e o suíço Jean Piaget (1896-1980), desmontaram esse mito. Eles mostraram que a aprendizagem é algo individual e interno ao sujeito. A interação entre os pares com saberes e vivências diferentes, se bem explorada pelos professores, tem mais eficiência durante o processo de aquisição do conhecimento do que a maneira tradicional de "passar" informações para os alunos. "Às vezes, uma ajuda dada por um colega é mais facilmente assimilável para a criança do que a dada pelo professor", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR.

Ao rotular os alunos em "fortes" e "fracos", a separação das turmas por desempenho acaba prejudicando aqueles que mais precisam do estímulo da escola. "As crianças e os jovens sentem e prestam muita atenção na expectativa que a escola e os pais criam em relação a eles e a frustração ou a confirmação dessa expectativa pode influenciar diretamente a aprendizagem", explica Regina. Por isso, é tarefa do diretor e do coordenador pedagógico garantir que a montagem das turmas não leve a uma segregação dentro da própria escola e providenciar formação para que os professores usem de maneira adequada a heterogeneidade a favor da aprendizagem.

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Editoriais, artigos e opiniões

> Folha de São Paulo, 12/02/2010 - São Paulo SP
Leitura dinâmica
Editorial
O EFEITO simbólico, por si, é potente: no lugar onde existiu por décadas o sombrio presídio do Carandiru, palco do bárbaro episódio de 1992, surge uma translúcida, moderna e democrática biblioteca pública. Em área de 4,2 mil m2, a obra aposta em atrativos tecnológicos, facilidades para deficientes e na "dessacralização" do espaço de leitura.Haverá quem não endosse a ideia de o novo espaço acolher em suas estantes obras consideradas de baixo padrão literário -como alguns "best-sellers" que movimentam o mercado editorial. Ainda que apoiada em boas intenções, trata-se de uma perspectiva adequada ao universo acadêmico, mas imprópria para avaliar um empreendimento que pretende funcionar como um centro de lazer cultural e polo de atração de jovens leitores, sem criar barreiras a quem queira encontrar nos livros uma forma de entretenimento.

As experiências de cidades latino-americanas como Santiago e Bogotá, que serviram de inspiração para a biblioteca paulistana, já conquistaram reconhecimento internacional e merecem ser seguidas. Situações análogas, diga-se, já existem em São Paulo, por exemplo, em unidades do Sesc, nas quais arte, literatura, 
revistas e jornais estão presentes e disponíveis em áreas abertas ao convívio entre cidadãos.
É claro que a nova obra não pode ofuscar os problemas enfrentados por outras bibliotecas e centros culturais da cidade. É sempre desejável que Estado e município se entendam para evitar sobreposições e irracionalidades. Bibliotecas da importância e do porte da Mário de Andrade, por exemplo, ora em reforma, devem receber o tratamento devido. É sobretudo uma questão de bom senso e de coordenação dos poderes públicos -pois em termos conceituais, uma obra não exclui a outra.

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> Gazeta do Povo, 12/02/2010 - Curitiba PR
A escola e a nova família substituta
Adolfo Ignacio Calderón
Diversos aspectos abordados no 3.° Programa Nacional de Direitos Humanos vêm gerando polêmica na imprensa e nos formadores de opinião. Um deles diz respeito às famílias compostas por casais homossexuais, com filhos obtidos por meio da adoção ou estratégias que envolvem a inseminação artificial. Embora a legislação brasileira ainda não as reconheça enquanto unidade familiar, aumenta cada vez mais os casos de famílias formadas por casais homossexuais aceitas e reconhecidas pela Justiça brasileira, que lhes concedeu o direito da adoção legal de crianças, possibilitando ainda a inscrição do nome dos dois pais ou das duas mães na certidão de nascimento da criança. Trata-se de novas famílias substitutas. Há um fato inconteste no âmbito das Ciências Sociais: a família é uma construção social, histórica, e não possui origem nem natureza divina, muda de acordo com os contextos históricos, com os imperativos econômicos e as reivindicações dos indivíduos. Nesse sentido, apesar de ser um tema polêmico, as novas famílias substitutas estão conquistando espaços e aceitação no cenário social. E ao emergir como sujeitos de direitos e deveres, trazem inúmeros desafios ao sistema educacional.

O desenvolvimento integral, sadio e equilibrado das crianças é o elo que une duas fundamentais e históricas instituições sociais: a escola e a família. Se antes estes arranjos familiares eram conhecidos, mas omitidos ou ignorados, por serem temáticas difíceis de lidar na comunidade escolar, hoje famílias substitutas são amparadas na Justiça, como uma unidade familiar reconhecida pelo Estado e com a qual a escola deve aprender a lidar para garantir o sadio desenvolvimento da criança. A escola está preparada para lidar com essas mudanças? Até que ponto o currículo escolar e o material didático conseguem trabalhar as diferenças existentes nas famílias? A comunidade escolar é um espaço de acolhimento da diferença ou de discriminação? Trabalhar com as famílias, com os pais, mães e responsáveis dos alunos faz parte, hoje, dos desafios colocados à função docente. Independentemente do modelo familiar, a escola deve estar sempre se renovando para garantir uma boa educação das crianças e adolescentes do nosso país. Daí a importância de desmistificar os preconceitos resultantes do
desconhecimento dos avanços das pesquisas científicas.

Pesquisas de Susan Golombok, uma das mais respeitadas pesquisadoras sobre famílias homossexuais, da Universidade de Londres, mostram que a maioria das crianças criadas pelo casal acaba sendo heterossexual. Esse tipo de embasamento científico acabou sustentando as decisões da Justiça brasileira. O desembargador Luís Felipe Brasil Santos, relator do processo de adoção de uma criança favorável a um casal homossexual, foi taxativo: está na hora de “abandonar de vez os preconceitos e atitudes hipócritas desprovidas de base científica”, adotando-se uma “postura de firme defesa da absoluta prioridade que constitucionalmente é assegurada aos direitos das crianças e dos adolescentes”. O reconhecimento legal dessas novas famílias é um caminho sem retorno. No caso específico de casais homossexuais adotantes, a adoção é irrevogável e irretratável, ou seja, esses casais nunca poderão renunciar à paternidade ou à maternidade e nunca ninguém poderá retirar deles esse direito.

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> O Povo, 12/02/2010 - Fortaleza CE
Como anda o ensino médico no País
José Moreira Lima
No dia 19 de dezembro passado foram publicados dois importantes artigos, na Folha de São Paulo assinados pelos presidentes da Associação Médica Brasileira e da Associação Paulista de Medicina, e outro pelo Dr. Florisvaldo Fier, médico e deputado federal pelo Paraná, demonstrando preocupação com o ensino médico no Brasil. O fator determinante da discussão foi o resultado da avaliação dos alunos do último ano de alguns cursos de Medicina, no fim de 2009, em que mais de 50% não atingiu o perfil desejado. Realmente foi decepcionante. Setores universitários sugerem, repetidamente, aplicação de uma prova no final do curso, tipo a da OAB, objetivando selecionar os melhores e eliminar os despreparados. Eliminar como? Esta ideia é inconsistente. Não vai resolver o problema. Entendo que as avaliações devem ser aplicadas durante todo o curso, pois quando há uma despreparação em massa é preciso uma avaliação severa dos cursos Médicos.

No fim do século passado, existiam no Brasil cerca de 50 cursos de Medicina. Praticamente todos pertenciam ao poder público. Geralmente quando se falava em ensino público significava qualidade. Atualmente são precisamente 178 cursos, sendo que a grande maioria pertence a empresas privadas. O Ministério da Educação autorizou instalação de
cursos de Medicina desordenadamente pelo Brasil afora sem se preocupar com padronização e fiscalização. Não exigiu instalação de infraestrutura, corpo docente, hospital escola e monitoramento para um ensino médico eficiente compatível com as formas ideais. Muito desprezo pela educação e saúde da população. Como sempre! Todo cidadão tem direito a ser atendido por profissionais competentes, em qualquer área. Cabe ao Estado fiscalizar e qualificar as instituições que formam esses profissionais. Se os cursos são ineficientes cabe ao Estado melhorá-los, ou fechar os que não servem.

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> O Tempo, 12/02/2010 - Belo Horizonte MG
Realidade da educação em Minas é preocupante
Ana Clara Otoni
As condições precárias que a vida moderna oferece são preocupantes e, em muitos casos, irreversíveis. Sejam o caótico trânsito das metrópoles, os constantes alagamentos de ruas, a desapropriação de casas em situações de emergência e a assombrosa violência urbana. Porém, a situação abordada por O TEMPO em "Escola adota rodízio de aulas" (Cidades, 10.2) é, no mínimo, vergonhosa e inaceitável. Estamos no início do ano letivo e não sei como uma escola da rede estadual de ensino funciona há duas semanas sem a mínima condição de receber os alunos matriculados. Faltou planejamento à escola, mas a responsabilidade pela manutenção e eficiência do sistema de educação do Estado é de responsabilidade do governo por meio de sua Secretaria de Estado de Educação.

É inadmissível que um Estado que cresceu 6,8% em 2008 possa apresentar esse tipo de ocorrência, que só se registra em lugares mais pobres e subdesenvolvidos, onde crianças se amontoam no chão e os
professores não têm condições de trabalho. Políticas emergenciais, como rodízio de carros, são comuns em grandes cidades, mas como aceitar rodízio de crianças em salas de aula? Como os profissionais de educação, já tão pouco reconhecidos, conseguirão cumprir o cronograma pedagógico exigido pelo MEC? O Estado tem o dever constitucional de garantir educação a todos e não fazer que centenas de alunos voltem para suas casas porque a escola não pode recebê-los.

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