isabele melo
unread,Jun 16, 2009, 9:42:53 AM6/16/09Sign in to reply to author
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to ciep395_t1001
Dimitri Ivanovitch Mendeleev, um químico russo que trabalhava em
conjunto com Lothar Meyer publicou em 1869 o seu trabalho. Mendeleev
começou por estudar com especial cuidado os elementos constituintes de
substâncias que se nos deparam no nosso dia-a-dia, como a água, os
compostos orgânicos e o sal (cloreto de sódio).
Continuou o seu trabalho convencido de que todas as substâncias puras
existentes, elementares ou compostas, eram formadas de diferentes
modos, a partir das diversas classes de átomos — os elementos
químicos — resultando daí propriedades específicas para essas
substâncias.
Pela análise cuidadosa, descobriu as propriedades de alguns elementos
mais comuns na Natureza (hidrogênio, carbono, azoto, oxigênio, cloro,
etc.), e anotou-as em cartões, um para cada elemento. Procurou,
depois, dispor esses cartões de várias maneiras, de modo a encontrar a
melhor forma de classificá-los.
E, aí, fez-se luz no seu espírito!
Os elementos ordenados segundo o valor do seu peso atômico
apresentavam uma periodicidade nas suas propriedades! Eles deveriam,
pois, ser arrumados de modo a que esta periodicidade fosse visível.
Mendeleev tinha feito o mesmo que Newlands, mas com duas grandes
diferenças:
• Mendeleev assumiu que a posição relativa de alguns elementos deveria
ser alterada. Assim, por exemplo, o telúrio deveria ser colocado antes
do iodo, embora a sua massa atômica relativa seja 127,60 e a do iodo
seja 126,90. Assinalou também as inversões de outros pares de
elementos como o árgon e o potássio, cobalto e níquel e tório e
protactínio.
• Quando Mendeleev elaborou o seu quadro periódico alguns elementos
ainda estavam por descobrir, pelo que deixou alguns espaços em branco.
A genialidade e ousadia de Mendeleev tornaram-se evidentes por ter
previsto a existência de elementos então desconhecidos baseando-se na
sua classificação.
Mendeleev deixou alguns espaços vazios na sua tabela para elementos
como o ekaboro, o eka-alumínio e o eka-silício, que foram descobertos
posteriormente e que se conhecem, atualmente, com os nomes de
escândio, gálio e germânio, respectivamente.
Exemplo: No caso do germânio, Mendeleev previu uma massa atômica de 72
quando experimentalmente se verificou que é de 72,6 e uma densidade de
5,5 quando experimentalmente é de 5,47. Na tabela que construiu,
Mendeleev associou os elementos de tal modo que:
• Os que constituem um grupo eram dotados de comportamento químico
semelhante;
• Havia um diferencial gradual nas propriedades reveladas pelos
elementos dos vários grupos, sendo o sódio e o cloro os que mais se
afastavam entre si pelos valores que apresentavam para essas
propriedades;
• Percorrendo a sua tabela, de elemento para elemento, por ordem
crescente de massas atômicas, iam-se encontrando periodicamente os
elementos de um mesmo grupo.
Daí a designação de Tabela Periódica dos Elementos.
O sistema periódico de Mendeleev obteve um grande êxito e é uma
ferramenta imprescindível para os químicos atuais. Não obstante, esta
classificação periódica não está isenta de defeitos. Assim, por
exemplo, existem discrepâncias ao ordenar os elementos atendendo às
suas massas atômicas. Também não é fácil encontrar uma única ligação
para o hidrogênio dado que as suas propriedades são muito peculiares.
Existe ainda uma separação nítida entre metais e não-metais,
especialmente nos grupos centrais do sistema periódico.