Como criar uma rede de capacitação para dados abertos?

[Gisele S. Craveiro]

Olá pessoal,

Envio essa mensagem na qualidade de representante da sociedade

civil na Infraestrutura Nacional dos Dados Abertos para puxar uma
discussão sobre a criação de uma rede de capacitação de
dados abertos.

Dando um breve histórico, as iniciativas desenvolvidas para capacitação
de servidores públicos envolviam alguns entes federais e estaduais,

W3C Brasil. Exemplos em:
http://www.od4d.org/category/projeto-od4d/capacitacao-e-treinamento/

Há um tempo atrás era discutida no Comite Gestor da INDA

o plano de capacitação dentro do plano de ação da INDA.
A minuta de protocolo de intenções envolvia basicamente a SLTI(Planejamento), SNAS (Presidencia), ENAP e W3C:
https://docs.google.com/document/d/1bC3VZaF7HIFeoZpK_dLpuyYHTedPO86XEak4Dpu47ig/edit

Houve vários questionamentos em relação ao conceito e a implementação
de uma rede com o objetivo de capacitação. Um dos questionamentos

era sobre como ampliar o alcance envolvendo universidades
e outras organizações e movimentos da sociedade civil.

O protocolo de intenções mencionado não progrediu e fiquei
com a incumbência de levantar idéias para levar ao Comite

Gestor da INDA em relação a criação de uma rede para
a finalidade mencionada.

Imagino algumas possibilidades  e gostaria muito que houvesse
críticas e sugestões em relação as mesmas, bem como
outras propostas. Apenas alerto que tenho pouco conhecimento  dos caminhos possíveis (formais e políticos) para conseguir
apoio para iniciativas de inovação dentro do governo.

Eu entendo que existiriam mecanismos como:

- bolsas

- linhas de fomento a empresas

- linhas de fomento para projetos de pesquisa

- termos de cooperação técnica

- editais para prestação de serviço

Nitidamente vejo alguns ministérios que poderiam ser de grande ajuda, mas não sei o quanto existe interesse no MEC e principalmente no MCTI. Talvez ajudaria começar pelo MP.

Abraços,

Gisele

[Andres MRM]

Talvez parecerias com escolas técnicas para cursos gratuitos?
Ou projetos de extensão universitária?

>_______________________________________________
>okfn-br mailing list
>okf...@lists.okfn.org
>https://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-br
>Unsubscribe: https://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br

[Diego Rabatone]

Tem ainda "instituições" como as Escolas do Parlamento (a câmara municipal de SP e a assembléia legislativa de SP possuem) que também podem contribuir.

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[Ricardo Matheus]

Gisele, bacana a iniciativa!

Gostei das escolas técnicas. 

Seria legal também inserir isso no currículo de cursos de gestão pública, jornalismo, áreas correlatas da informática, etc. A galera já sai da faculdade usando dados abertos e com a mentalidade de que as coisas devem ser abertas.

Isso até aumento o número de pessoas nos hackathons, criação de grupos hackers. Isso valoriza o movimento!

Ricardo Matheus

PhD Candidate at Delft University of Technology (TUDelft) - The Netherlands
Master of Sciences in Administration - FEA/USP

Bachelor in Public Policy Management - EACH/USP

University of São Paulo - USP
+55 (11) 9 7227-7521

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[andre luiz]

colegas,

por isso continua a luta pela implantação das propostas da 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social - 1ª Consocial 

vejam a proposta 18 entre outras...
http://consocial.com.br/propostasBr80.asp

Regulamentar, em todos os níveis da Federação, que toda e qualquer publicação de dados públicos na web seja em formato aberto, definindo planos anuais com cronogramas, aspectos técnicos, responsabilidades, indicadores e metas de abertura de dados, para facilitar sua obtenção, análise e reaproveitamento pela sociedade (com investimento em centros para análise desses dados), de maneira que sejam mais legíveis para pessoas leigas. Para isso, pode-se desenvolver e implantar um programa de capacitação (envolvendo aspectos de sensibilização, filosóficos, técnicos e gerenciais) para os servidores públicos sobre dados abertos, em parceria com universidades e ONGs; tornar obrigatório que órgãos públicos criem grupos de trabalho ou departamentos com competência sobre dados abertos, responsáveis por criar programas, campanhas e identificar, em parceria com a sociedade, as demandas por dados abertos; vincular o repasse de recursos públicos à abertura de dados; instituir diretriz que determine que todo órgão governamental elabore manual de uso dos dados abertos, voltado aos cidadãos em linguagem acessível, levando em conta sua utilização para o controle e participação social, que devem ser periodicamente atualizados; estipular prazos e limites para que os dados de cada órgão sejam divulgados; e criar incentivos fiscais no setor público, para que organizações da sociedade civil, institutos de pesquisa e empresas da iniciativa privada, especializadas em TI, desenvolvam soluções e aplicativos para dados abertos públicos.

abs

andré

http://consocial.com.br/

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/thackday/CA%2BP2mUAKU%3D%2Bbgccp8M0duhazv%3D0tUde%3DjEHwF8Cx6QjbkztyJA%40mail.gmail.com.

[Andrea Saraiva]

Muito bacana!

Há que se dissemine a cultura da transparência na mentalidade brasileira. 

Estou montando esse curso sobre cultura da transparência, a quem interessar possa:

https://docs.google.com/document/d/1xAJX61xhqOFNzaRsu_OaaL3sfSfv1L6FMYes1oL1wqA/edit?usp=sharing

Vou aproveitar o ensejo pra divulgar que também estou elaborando um projeto de direitos humanos exatamente para "proteger" as principais ferramentas institucionais de transparência.

Minha tese é a de que se não houver mecanismos de pressao, periga que esses importantes instrumentos de controle social, participação popular, autonomia política tendem a se flexibilizar.

   

A preocupação inicial é que a a LAI e outros instrumentais sejam letra morta. A LAI ainda não foi regulamentada aqui no Ceará no âmbito municipal nem no legislativo e nem no executivo, pra se ter uma ideia.....

(aliás, era uma coisa que gostaria de ter era uma panorâmica de como esta a regulamentação da LAI nos municípios e estados brasileiros, dai a ideia de um observatório ou algo que o valha)

Então o projeto busca desenvolver estratégias políticas, jurídicas, de educomunicação e de cultura política cujo objetivo geral é:

"Contribuir para efetivação do direito ao acesso à informação e à disseminação da cultura da transparência desencadeando ações transversais e colaborativas para regulamentação e qualificação, monitoramento, difusão, participação e aprimoramento dos principais instrumentos de acesso aos dados públicos: a LAI – Lei de Acesso à Informação e aos portais de transparência no âmbito do executivo e legislativo municipais do estado do Ceará de uma forma ampla e no município de Fortaleza, diretamente."

[O Projeto foi pensado para o Ceará mas pode ser adaptado para a necessidade qualquer estado ou mesmo passar a ser federativo]

Caso haja interesse em pegar parte do que pesquisei nos fundamentos ou mesmo adaptar, a licença é livre.

Segue o link:

https://docs.google.com/document/d/14nwt8aVhRiC4EBNgFpk2NerQ1PheLC032eilzHAYWoE/edit?usp=sharing

Estou à disposição para colaborar com propostas que possam favorecer movimentos sociais. Caso queira podemos marcar uma reuniao virtual.

À galera que se quiser tocar esse projeto podemos pensar num crowdfunding.

Abraço,

Andréa Saraiva

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/thackday/CABGB1TKk%2Bxh5q6VZy_QPZyWWPMzm9hLinXjGdAkhvGfRtLdD8w%40mail.gmail.com.

Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

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Andréa Saraiva

+ 55 85 8108 0050 (Vivo)

Twitter: @andreasaraiva

Blog: http://andreasaraiva.wordpress.com/

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[Neide De Sordi]

Oi Gisele,

Achei o protocolo bom, embora com poucos atores. Não tenho muitas contribuições, apenas pensando alto. 

1. É necessário encontrar uma fonte de financiamento, como você escreveu, ai poderia haver o lançamento de um edital chamando as universidades para pesquisas e produção de conteúdos, especialmente desenvolvimento de ontologias.
   
2. Os cursos da W3C poderiam ser de multiplicadores para ampliar o alcance da ação.
3. A SNAS/SG/PR está desenvolvendo a Biblioteca Digital da Participação Social. Poderia criar uma comunidade sobre Dados Abertos (a biblioteca digital é estruturada em comunidades, subcomunidades e coleções), com uma coleção de material instrucional em Dados Abertos, disponibilizando os materiais produzidos pela W3C para que outras instituições reproduzam os cursos.
4. De imediato poderiam chamar outros parceiros com portal de dados abertos para participarem, como o Ministério da Justiça e o Senado.
5. O Ministério da Justiça tem a Secretaria de Reforma do Judiciário, que pode apoiar a ação e chamar o Judiciário. O CNJ já publica o Justiça em Números em formato aberto, quem sabe não tem interesse em ampliar essa publicação.

Abraços,

Neide De Sordi

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