PNPS: Um pequeno avanço, sob ataque

70 views
Skip to first unread message

Ricardo Poppi

unread,
Jun 11, 2014, 9:48:18 AM6/11/14
to thackday, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
Pessoal, o clima eleitoral contagiou o decreto de participação social, tem uma galera na rede tirando as mais delirantes interpretações, talvez por questões psíquicas mal resolvidas, talvez por ma fé mesmo.

Embora seja um pequeno avanço institucional, não devemos deixar que isso seja perdido, certo? O decreto fala inclusive de softwares livres para a participação social.


Quem puder/quiser manifestar/blogar apoio me avisa pra gente divulgar no Participa.br.

Abcs
Ricardo

andre luiz

unread,
Jun 11, 2014, 9:52:03 AM6/11/14
to Transparência Hacker, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
Poppi,
estamos apoiando o decreto, conte conosco.
anexo...
documento fruto de reunião na câmara municipal de são paulo em 5.6.14, precisamos divulgar e recolher mais assinaturas...

abs
andré



--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;Transparência Hacker" dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para thackday+u...@googlegroups.com.
Para postar nesse grupo, envie um e-mail para thac...@googlegroups.com.
Acesse esse grupo em http://groups.google.com/group/thackday.
Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/thackday/CAAzn6A-fP2mFs%2B8jd%3DJwXgmD3ey8v1dOztsGj5Dae1M%3DjMiiKQ%40mail.gmail.com.
Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

decreto 8243 - manifesto da sociedade civil.doc

andre luiz

unread,
Jun 11, 2014, 9:56:34 AM6/11/14
to Transparência Hacker, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net

Ricardo Poppi

unread,
Jun 11, 2014, 10:13:00 AM6/11/14
to thackday, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
legal André, já tinha visto o apoio de vocês.

Abcs
Ricardo


Yasodara Cordova

unread,
Jun 11, 2014, 10:34:42 AM6/11/14
to Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thackday, thack...@lists.riseup.net
A galera nao se deu ao trabalho de ler o decreto, eu acho. As críticas está muito delirantes. Mais uma vez, perdemos a oportunidade de um debate sólido sobre participação direta na democracia simplesmente porque galere é... burra :-/


∞ yaso.com.br
yaso.eu
∞ w3c.br
ingraxa.eu

** just reset and dive again**



_______________________________________________
okfn-br mailing list
okf...@lists.okfn.org
https://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-br
Unsubscribe: https://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br


decko

unread,
Jun 11, 2014, 10:35:12 AM6/11/14
to Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thackday, thack...@lists.riseup.net
Meu camarada não é mole não, não é mole não...

Tenho visto que os principais ataques surgem dos grupos que defendem a
supremacia da democracia representativa, e de preferência, no estado
em q ela se encontra hj.
Ao meu ver, existem duas frentes de defesa do decreto:

1- Institucional: Os deputados e senadores progressistas precisam
fazer a defesa do decreto nos seus respectivos plenários. A site do
Senado fez uma reportagem que dá a entender que um conjunto de
deputados entre eles, Suplicy, Randolfe, Christovam e outros são
contra o decreto. Duvido, mas é preciso q seja criada uma frente no
Congresso q faça a defesa clara da Participação Social e que opine,
dispute e acrescente o que for necessário à Politica Nacional. Agora,
centralizar todas as discussões nas casas é o fim da picada,
sinceramente.

2- Social: Um conjunto de Movimentos, Associações e outras
organizações da sociedade civil tem se manifestado a favor do decreto.
Será q uma página que permita a adesão e dê um volume a essa voz a
favor do decreto e dos processos de Participação Direta não seria uma
boa?


Sei lá, pitacos...

Abraços
> _______________________________________________
> okfn-br mailing list
> okf...@lists.okfn.org
> https://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-br
> Unsubscribe: https://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br
>



--
@decko
André F. A. Brito

Patrícia Cornils

unread,
Jun 11, 2014, 4:25:20 PM6/11/14
to thackday, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thack...@lists.riseup.net
Poppi, acho que precisa de um plano B, além desse. Sim, defender o decreto (é o que tenho feito).

Mas também contar com a possibilidade de a proposta de PL do Alvaro Dias que susta os efeitos do decreto ser votada - a acompanhar a votação, e pressionar os partidos que são contra. E depois, caso ela seja aprovada.... enviar um PL parao Congresso. Aí quero ver os deputados se posicionarem contra a participação, voto a voto.


--
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Transparência Hacker" dos Grupos do Google.

Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para thackday+u...@googlegroups.com.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para thac...@googlegroups.com.
Visite este grupo em http://groups.google.com/group/thackday.
Para ver esta discussão na web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/thackday/CAE8%2Bdm6PdTon-xnYTXBp-TVaPguv8%3Duc4CHHACbUpLLYFctyRQ%40mail.gmail.com.
Para obter mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.



--
Patrícia Cornils
11 98372-7473

Pedro Markun

unread,
Jun 11, 2014, 6:40:06 PM6/11/14
to thackday, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thack...@lists.riseup.net
Poppi,

to com a Pati.

Eu defendo e acho legal que tenha rolado o decreto.
Mas se não vamos nos deixar contaminar pelo clima eleitoreiro... é hora de arregaçar as mangas e encaminhar, então, um contra-PL para o Congresso para que sejamos obrigados a discutir essas questões ;)

Eu mesmo nem esperaria o PL do Álvaro Dias ser votado. Vamos desembolar um substitutivo ali.

Ai cai o argumento de 'Dilma esta acabando com a democracia via decreto' (que é tão absurda que não da direito pra discutir...)
E sobra o debate: Estamos felizes com nossa democracia representativa? Queremos uma democracia menos representativa ou no mínimo com mais abertura para participação direta?

Em algum lugar não-absurdo desse debate, esse é um questionamento legítimo que surge e vale - creio - ser discutido democraticamente *e* com participação da sociedade.

[]'s
Pedro Markun
ps: Jogando sal na lesma... quando a Presidencia publica *esse* decreto em ano de eleição... seis nunca imaginaram que ia rolar esse tiro pela culatra? Eu mesmo não imaginaria... sempre defendi que pedir transparência e abertura eram temas bons pq eram praticamente 'inatacáveis'... mas aparentemente da pra você atacar qualquer coisa =P


--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;Transparência Hacker" dos Grupos do Google.

Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para thackday+u...@googlegroups.com.
Para postar nesse grupo, envie um e-mail para thac...@googlegroups.com.
Acesse esse grupo em http://groups.google.com/group/thackday.

Patrícia Cornils

unread,
Jun 11, 2014, 7:43:57 PM6/11/14
to thackday, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thack...@lists.riseup.net
dá sim para atacar qualquer coisa principalmente com o argumento de "Cuba, Venezuela, bolivarianismo"...



Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

Ricardo Poppi

unread,
Jun 11, 2014, 7:50:47 PM6/11/14
to thack...@lists.riseup.net, thackday, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos
pois é gente, o ponto agora é sensibilizar o povo do congresso porque é lá que a decisão será tomada ;-)

Lucas Carvalho

unread,
Jun 11, 2014, 7:59:31 PM6/11/14
to thac...@googlegroups.com
Primeiro isso deveria ser uma lei discutida na câmara/congresso, e quando eu digo para alguém que esse decreto remete a um projeto de poder esquerdista eu olho para onde eles já estão implementados.

Susbstitua as instituições e organizações tradicionalmente estabelescidas por instituições fajutas. Tire a iniciativa das pessoas, tire a responsabilidade das ligações naturalmente estabelescidas entre indivíduos, grupos de indivíduos e a sociedade como um todo e substitua-os por órgãos artificiais e burocraticamente controlados. 

Aqui temos a LEY ORGÁNICA DE LAS COMUNAS, bem como cá, via decreto.

Patrícia Cornils

unread,
Jun 11, 2014, 8:18:53 PM6/11/14
to Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thackday, thack...@lists.riseup.net
Lucas... aponta uma linha no decreto em que ele propõe acabar ou substituir qualquer instituição ou organização já estabelecida?


Em 11 de junho de 2014 21:14, Andres MRM <and...@inventati.org> escreveu:
On 11-06-14 20:43, Patrícia Cornils wrote:
dá sim para atacar qualquer coisa principalmente com o argumento de "Cuba,
Venezuela, bolivarianismo"...

Hahaha! Exato, inventando qualquer m**** saída de um universo paralelo
da para atacar qualquer coisa.
Que os "grandes" inventem isso não me espanta tanto, estão tentando manter
o que roubaram ao longo de gerações. O triste é ver os "pequenos" acreditando
e repetindo a história...

_______________________________________________
okfn-br mailing list
okf...@lists.okfn.org
https://lists.okfn.org/mailman/listinfo/okfn-br
Unsubscribe: https://lists.okfn.org/mailman/options/okfn-br



--
Patrícia Cornils
11 98372-7473

Helder Ribeiro

unread,
Jun 11, 2014, 9:59:07 PM6/11/14
to thac...@googlegroups.com, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
Alguém tem um resuminho objetivo for dummies sobre o que o decreto faz e não faz?


--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;Transparência Hacker" dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para thackday+u...@googlegroups.com.
Para postar nesse grupo, envie um e-mail para thac...@googlegroups.com.
Acesse esse grupo em http://groups.google.com/group/thackday.

Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.



--
Blog:
http://www.discor.de

PGP: 
CED4 BB85 FBC5 661E 56B2 3D5C DCE5 C2D2 FC19 843C
Code is politics.

andre luiz

unread,
Jun 11, 2014, 11:38:19 PM6/11/14
to Transparência Hacker, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
precisa analisar...
a maioria do texto já é praticado


vai depender da sociedade civil quando dá implantação...
não deixar ter viés...

abs
andré



andre luiz

unread,
Jun 12, 2014, 12:00:38 AM6/12/14
to Transparência Hacker, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
texto do Nassif sobre a Política nacional de Participação Social


andré

Isabel de Meiroz Dias

unread,
Jun 12, 2014, 9:23:40 AM6/12/14
to thac...@googlegroups.com, okf...@lists.okfn.org, thack...@lists.riseup.net

Pessoal,

Pra quem quiser saber mais sobre a Política Nacional de Participação Social, a Secretaria-Geral da Presidência da República publicou estas respostas aos questionamentos da Revista Veja (texto copiado do site abaixo):

http://www.secretariageral.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2014/06/10-06-2014-veja-critica-participacao-social-mas-ignora-esclarecimentos-da-secretaria-geral

Achei muito esclarecedor, infelizmente parece que a veja preferiu não utilizá-las.

Abraços,

Isabel.


10 de junho de 2014

A revista Veja publicou na edição desta semana, com data de 11/06/2014, editorial e matéria com muitos adjetivos e referências à história da União Soviética, a pretexto de criticar o decreto no. 8.243/2014, por meio do qual a presidenta Dilma Rousseff institui a Política Nacional de Participação Social. O editorial chega a caracterizar o decreto como “o mais ousado e direto ataque à democracia representativa em dez anos de poder petista no Brasil”.

10.06.2014 - Veja critica participação social, mas ignora esclarecimentos da Secretaria-Geral

A revista enviou, na quinta-feira passada, uma série de 25 perguntas à assessoria de comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República. As respostas, entretanto, não foram consideradas pelos redatores do semanário. Tudo indica que, quando não interessa à sua singular interpretação, a Veja não lê as respostas para suas perguntas. Se isso tivesse ocorrido, a revista teria se poupado de publicar erros grosseiros e evitado desinformar seus leitores. As respostas da Secretaria-Geral deixam claro que o decreto não cria nenhum novo conselho, nem invade as competências do Congresso Nacional, que é o responsável pela criação e pela legislação que disciplina os atuais 35 conselhos nacionais de participação social.

Para subsidiar o debate e corrigir os erros da revista, que além de não dar espaço ao “outro lado” em seus textos, também se recusa a publicar correções, publicamos a seguir as 25 perguntas da Veja e as respostas da Secretaria-Geral da Presidência da República. 

 

A respeito do decreto 8.243 assinado pela presidente Dilma Rousseff:

 

1) VEJA: Quantos Conselhos de Políticas Públicas serão criados a partir do decreto 8.243?

Secretaria-Geral: O Decreto 8.243 não cria nenhum conselho. Ele estabelece diretrizes básicas para orientar a eventual criação de novos conselhos. Os 35 conselhos nacionais que já existem permanecem com suas estruturas atuais e poderão vir a se adequar às diretrizes do Decreto, caso seja constatada essa necessidade.

 

2) VEJA: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Depende da natureza do conselho. Podem ser exclusivamente deliberativos ou consultivos, ou ainda concomitantemente deliberativos ou consultivos. Ou seja, podem deliberar sobre parte da política a que se referem, sendo consultivos em relação ao restante.

 

3) VEJA: O decreto fala que podem participar dos conselhos “cidadão, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Que critérios serão adotados para realizar a seleção dos integrantes do conselho na sociedade civil?

Secretaria-Geral: Os representantes da sociedade civil são selecionados conforme as regras específicas de cada conselho, definidas em seu ato de criação que, na totalidade dos conselhos, é decorrente, direta ou indiretamente, de leis debatidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

 

4) VEJA: Quem define os movimentos sociais que participarão?

Secretaria-Geral: Cada conselho tem definição própria, que decorre, direta ou indiretamente, de legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

 

5) VEJA: Independentemente de partido, o que impede que os conselhos previstos no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: A representação da sociedade civil nos conselhos reflete a diversidade política das organizações e movimentos que atuam em cada setor. Não há ingerência do Executivo na definição dos representantes da sociedade nos conselhos, não havendo registro de nenhuma contestação ou denúncia desse tipo de interferência.

 

6) VEJA: O que é “movimento social não institucionalizado” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: São movimentos que, apesar de atuarem coletivamente, não se constituíram como pessoa jurídica nos termos da lei.

 

7) VEJA: O que são “grupos sociais historicamente excluídos e aos vulneráveis” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: Aqueles que se encontram em situação de desvantagem em cada um dos casos referidos no art. 3º da Constituição Federal. 

 

8) VEJA: O decreto fala em assegurar a “garantia da diversidade entre os representantes da sociedade civil” nos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: Procurando, de acordo com as regras de cada conselho, garantir oportunidade de participação do maior número possível de segmentos sociais que atuam no âmbito de cada política pública. 

 

9) VEJA: O decreto fala em estabelecer “critérios transparentes de escolha dos membros” dos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: A transparência é assegurada pela observação dos critérios do ato de criação de cada conselho, pela publicização prévia dos editais de convocação dos processos seletivos e pela fiscalização de critérios democráticos pelos próprios movimentos e organizações que atuam em cada política.

 

10) VEJA: O decreto fala na “definição, com consulta prévia à sociedade civil, das atribuições, competências e natureza” dos conselhos. Os conselhos não têm atribuições definidas?

Secretaria-Geral: Obviamente, os conselhos que já existem têm atribuições definidas, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional. A diretriz citada de consulta prévia é uma orientação para a eventual criação de novos conselhos.  

 

11) VEJA: Os conselhos tratados no decreto podem ter quantas e quais atribuições?

Secretaria-Geral: Quantas e quais forem necessárias para exercer seu papel, o que é definido pelas normas específicas de cada política.

 

12) VEJA: O artigo 5 do decreto determina que “os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, respeitadas as especificidades de cada caso, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social, previstos neste Decreto, para a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”. Todos os órgãos serão obrigados a incluir os conselhos na elaboração da sua agenda de trabalho?

Secretaria-Geral: Obviamente, a maior parte dos órgãos da Administração Pública Federal não tem necessidade de ter seu conselho próprio. Entretanto, grande parte dos órgãos públicos pode recorrer às instâncias ou mecanismos de participação para orientar ou avaliar suas ações de grande impacto para a sociedade. 

 

13) VEJA: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 2.

 

14) VEJA: Os conselhos têm poder de impor uma agenda ao órgão a que estão vinculados?

Secretaria-Geral: A relação dos conselhos com os órgãos com os quais estão vinculados varia conforme cada política pública e é definida pelo seu ato de criação, determinado, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional.

 

15) VEJA: Quanto à ressalva “respeitadas as especificidades de cada caso”, o gestor de cada órgão terá autonomia para decidir quando ouvir e “considerar” as posições do conselho na “formulação, na execução, no monitoramento e na avaliação de programas e políticas públicas”? O que acontece com o órgão que desrespeitar o artigo 5?

Secretaria-Geral: Essa ressalva diz respeito exatamente às definições específicas da abrangência e natureza de atuação de cada conselho, definida, direta ou indiretamente, por legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

 

16) VEJA: O “controle social” é uma das diretrizes da PNPS. Para efeitos do decreto, o que é controle social?

Secretaria-Geral: É o controle exercido pela sociedade sobre os governantes, com fundamento no art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal. É a garantia para a sociedade do acesso à informação, à transparência e à possibilidade de influir nas ações governamentais.

 

17) VEJA: O decreto fala em “reorganização dos conselhos já constituídos”. O decreto muda o funcionamento dos conselhos que já existem? Quais são as mudanças?

Secretaria-Geral: Não. O decreto não determina nenhuma mudança no funcionamento dos conselhos. Ele estimula a articulação dos conselhos no Sistema Nacional de Participação Social.

 

18) VEJA: O decreto da PNPS tem o objetivo de “aprimorar a relação do governo federal com a sociedade civil”. O que isso quer dizer na prática?

Secretaria-Geral: Quer dizer que a ampliação do uso dos mecanismos de participação social permitirá a identificação mais rápida de problemas e um maior grau de acerto na tomada de decisões por parte do governo.

 

19) VEJA: O decreto fala em “desenvolver mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de planejamento e orçamento” do governo. Que tipo de mecanismos? Como se daria essa participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Essa participação já acontece e é determinada, inclusive, pelo artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 2013 e 2014 foram realizadas consultas e audiências públicas no processo de elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. Essas ações foram coordenadas pelo Fórum Interconselhos, que existe desde 2011. Essa iniciativa de participação no processo orçamentário foi premiada pela ONU como uma das melhores práticas inovadoras de participação social do mundo.

 

20) VEJA: Os atuais conselhos não têm participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Além da experiência já mencionada do Fórum Interconselhos, cada conselho influi no planejamento e orçamento do governo a partir da contribuição que dá para a política setorial de sua área.

 

21) VEJA: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Sistema Nacional de Participação Social?

Secretaria-Geral: O Sistema Nacional de Participação Social será constituído pela articulação das instâncias e mecanismos de participação já consolidados.

 

22) VEJA: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Comitê Governamental de Participação Social?

Secretaria-Geral: O CGPS será composto, paritariamente, por representantes do governo e da sociedade. O critério fundamental será o da capacidade de contribuir com os objetivos da Política Nacional de Participação Social. A representação da sociedade utilizará critérios que assegurem a autonomia dessa escolha.

 

23) VEJA: Independentemente de partido, o que impede que as comissões de políticas públicas previstas no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 5.

 

24) VEJA: Quem decide que órgãos da administração pública federal serão obrigados a ter conselhos de participação social?

Secretaria-Geral: Fundamentalmente, o Congresso Nacional, como já acontece, podendo ele delegar essa criação ao Executivo. O decreto não obriga nenhum órgão da Administração Pública Federal a ter conselhos.

 

25) VEJA: A título de exemplo, com esse decreto, o Dnit terá de criar um Conselhos de Políticas Públicas e ouvir a sociedade civil antes de planejar uma duplicação de estrada?

Secretaria-Geral: Como já dito, o decreto não obriga nenhum órgão a criar conselhos. Isso também se aplica ao Dnit. Entretanto, como já acontece, o Dnit já realiza inúmeras audiências públicas para que a sociedade civil se manifeste sobre impactos sociais ou ambientais de suas obras.

Ricardo Poppi

unread,
Jun 13, 2014, 9:59:46 AM6/13/14
to thackday, Brazil interest group for Open Knowledge and especially Open Data, thack...@lists.riseup.net
Gente, aqui tem um material que esclarece:


Decreto nº 8.243/2014

O que faz o Decreto nº 8.243/2014?

  • Organiza as instâncias de participação social já existentes no Governo Federal e estabelece diretrizes para o seu funcionamento;

  • Estimula os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a considerarem – na gestão das políticas públicas – as instâncias e os mecanismos de participação social já existentes;

  • Amplia os mecanismos de participação para toda a sociedade por meio de plataformas virtuais na internet, nas quais todo cidadão pode se manifestar sobre políticas públicas, a exemplo do que aconteceu com o Marco Civil da Internet.

O que o Decreto nº 8.243/2014 não faz?

  • Não cria novos conselhos e comissões, nem instala novos órgãos na administração pública federal;

  • Não obriga a criação de conselhos ou de outras instâncias de participação por nenhum órgão da administração pública federal;

  • Não retira atribuições do Congresso Nacional, nem interfere nos outros poderes ou nos outros entes federativos;

  • Não restringe o conceito de sociedade civil, que inclui todos os cidadãos, organizações da sociedade civil, entidades patronais e de trabalhadores, e movimentos sociais. Ou seja, inclui toda a sociedade brasileira.

  • Não submete as instâncias de participação a qualquer controle centralizado.

Mais informações

  • A criação de um Sistema Nacional de Participação Social está prevista no PPA 2012-2015, aprovado pelo Congresso Nacional.

  • Os Conselhos são instituídos ou autorizados por Lei e existem em todos os entes federados, a título de exemplo:

  • 5553 municípios brasileiros têm conselhos municipais de saúde (apenas 17 não os têm), e 5527 têm conselhos de assistência social.

    • 11 Governadores de Estado de diversos partidos já aderiram ao Compromisso Nacional pela Participação Social, que possui as mesmas diretrizes do Decreto 8.243: AL, BA, CE, DF, GO, MS, PA, PB, RJ, RS, SC.

    • Nos Estados de Minas Gerais e Pernambuco há, respectivamente, 20 e 21 conselhos de participação.

  • Muitas políticas públicas exitosas são resultado de iniciativas da sociedade civil nas Conferências, como o Plano Brasil sem Miséria, o Estatuto do Idoso, o SUS e o SUAS.




Thiago Zoroastro

unread,
Jun 13, 2014, 12:13:30 PM6/13/14
to okf...@lists.okfn.org, thackday, thack...@lists.riseup.net
Hugo Chávez foi um grande apoiador do software livre, talvez o político sul-americano que adotou tecnologias livres de forma mais arrojada, antes de morrer o Congresso venezuelano estava disctindo o "Proyecto de Ley Infogobierno"
 
 
A Dilma também tem demonstrações de que conhece o lado participativo para os governos através de software livre:
 
Eles querem impedir o passo para o pós-neoliberalismo, que simplesmente o povo como um todo é tão poderoso quanto qualquer multinacional onipresente, quer dizer, ajustam as arestas de poder sobre um mesmo governo que todos financiam com os impostos.
 
Existe esse laço entre o governo brasileiro com o bolivarianismo? Não, a coisa é com software livre, e os bolivarianos também adotam software livre. Este PNPS é muito mais software livre do que bolivariano. O bolivarianismo que adota o softwar elivre, e não o contrário.
 
Att.
 
Thiago Zoroastro



Andres MRM

unread,
Jun 13, 2014, 12:13:31 PM6/13/14
to Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thackday, thack...@lists.riseup.net
On 11-06-14 20:43, Patrícia Cornils wrote:
>dá sim para atacar qualquer coisa principalmente com o argumento de "Cuba,
>Venezuela, bolivarianismo"...

Demoulidor

unread,
Jul 20, 2014, 9:21:43 PM7/20/14
to thac...@googlegroups.com, okf...@lists.okfn.org, thack...@lists.riseup.net, Prof. Vasconcelos Democracia Pura, Wolney Linz, Frank Lane, Luiz Carlos, Wolney Linz, Ricardo Augusto Poppi Martins
Na lata: "Cadê as garantias, no texto mesmo do decreto e não em FAQs não-jurisprudnciais, de que as questões e os participantes do PNPS não seriam controlados pelo executivo"?

Prezad@s todo mundo sabe que eu sou um fervoroso defensor da Democracia Direta(igualdade de vor e voto na deliberação das questões públicas), tanto é que me auto-intitulo de Ciberdemocrático por causa da minha luta antiga: Artigo meu na imprensa no século passado http://goo.gl/IUHRC .

Mas eu li e reli o texto do Decreto 8243/2014 e não encontrei nenhuma garantia de que o processo de escolha das entidades deliberantes/participantes seria democrático. Me mostrem e escrareçam se eu estiver equivocado. Agora penso que o Decreto, ao não deixar claro quem bate o martelo sobre quem participa e que questões/deliberações foram escolhidas, não daria margem pra manipulações por quem conseguir comprar o poder executivo?(O poder é comprado: sabemos que quem gasta mais em eleições mais se elege e não interessa se a grana vem de um elicóptero de cocaína ou de uma refinaria superfaturada mil vezes) E não interessa aquele FAQ sobre o PNLS ser suprerdemocrático e transparênte porque na hora que o judiciário for decidor o que tá ou não tá valendo eles não vão se amparar no FAQ e sim na letra fria do Decreto 8243.

Abraços Ciberdemocráticos!

Denis Moura

decko

unread,
Jul 21, 2014, 7:42:40 AM7/21/14
to thac...@googlegroups.com, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, thack...@lists.riseup.net, Prof. Vasconcelos Democracia Pura, Wolney Linz, Frank Lane, Luiz Carlos, Wolney Linz, Ricardo Augusto Poppi Martins
Defina "controlado pelo executivo".

Sério galera, o decreto não altera em nada o funcionamento dos diversos instrumentos de participação que existem hj. Não altera o funcionamento dos conselhos, das conferências, das audiências e de outros.

Se o decreto não altera em nada, qual é o medo de que o decreto possa fazer com que o executivo ganhe algum tipo de poder superior sobre essas instâncias?

Existe algum dado q mostre claramente como o executivo aparelha essas instâncias?
Nos conselhos, que varia de caso a caso (cada conselho tem seu regimento interno próprio, muitos sendo fundados por lei e afins), a média é de paridade entre governo e sociedade civil. Inumeros conselhos estão avançando pra um modelo de 75% de soc. civil e 25% governo, com presidência exclusivamente pela sociedade civil.

Conferências, quando o governo participa efetivamente, chega a 25% do numero de delegados. E 25% é coisa rara!

De novo, o decreto da politica nacional de participação social não tem poder sobre como um conselho(exemplo) deva escolher seus participantes. Quem faz isso é o próprio conselho! E para evitar qualquer problema, a disputa tem de ser feita lá no conselho, não no decreto.

Poppi e outros me corrijam se eu estiver errado, por favor.


--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;Transparência Hacker" dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para thackday+u...@googlegroups.com.
Para postar nesse grupo, envie um e-mail para thac...@googlegroups.com.
Acesse esse grupo em http://groups.google.com/group/thackday.

Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.



--

Ricardo Augusto Poppi Martins

unread,
Jul 21, 2014, 10:24:31 AM7/21/14
to de...@birosca.mobi, thac...@googlegroups.com, con...@wlinz.com.br, frank....@gmail.com, okf...@lists.okfn.org, prof.vas...@terra.com.br, spar...@gmail.com, thack...@lists.riseup.net, wolne...@uol.com.br
Isso ai Decko, transformar a relação governo-sociedade à luz do novo século é um desafio para tod@s nós. O decreto da PNPS certamente não é a iniciativa para isso. É uma ação do governo para o governo. 

Por outro lado traz repertório pra sociedade atuar e ocupar no que já existe e na internet. Não transforma individualmente qualquer um desses instrumentos, essa é outra frente. Vamos ficar atentos: derrubar a PNPS não vai resolver suas insuficiências. E de quebra faz o jogo do conservadorismo.

Abcs
Ricardo

decko

unread,
Jul 21, 2014, 10:53:22 AM7/21/14
to Ricardo Augusto Poppi Martins, thac...@googlegroups.com, con...@wlinz.com.br, frank....@gmail.com, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, prof.vas...@terra.com.br, Luiz Carlos, thack...@lists.riseup.net, wolne...@uol.com.br
Lembro de uma moça q vi no Facebook e por total incompetência minha acabei por esquecer o nome. Ela fez uma campanha q achei irada: #ocupemosconselhosmunicipais

Ricardo Augusto Poppi Martins

unread,
Jul 21, 2014, 11:41:37 AM7/21/14
to yasodara...@gmail.com, thack...@lists.riseup.net, con...@wlinz.com.br, frank....@gmail.com, okf...@lists.okfn.org, prof.vas...@terra.com.br, spar...@gmail.com, thac...@googlegroups.com, wolne...@uol.com.br
ei yaso, 

tem duas coisas legais que aparecem na sua fala:

1) modelo caduca: sim, de fato o modelo de intermediação dos conselhos, que acabam trabalhando com pouca transparência e numa linguagem e cognição do século passado, e isso acontece de certa forma nos outros mecanismos também

2) a utilização do instrumento do decreto para a PNPS: realmente, não foi o melhor instrumento, nem o melhor momento, tão coladinho nas eleições. A escolha do decreto e não do PL foi muito mais voltada a uma necessidade de "entregar produtos", que no caso do PL correria o risco de ficar parado em alguma gaveta no congresso

e tem duas coisas ruins:

1) parece que vc abre mão da própria idéia de organização, achando que todo mundo mandando demanda diretamente por governo é mais eficiente e mais barato...muito complicado pois mesmo sob novas linguagens e velocidades, a organização nunca deixará de ser algo importante, mesmo que realizada no dinamismo das interfaces digitais. Cair na lógica de cidadania como serviço pode acabar sendo muito despolitizante, pois as disputas importantes não cabem num cardápio de serviços ;-)

2) falsa ingenuidade em relação ao congresso, vc tem vivência de Brasília suficiente pra saber que não é uma questão de convencimento....

Obs: o decreto ainda não foi derrubado, a votação da semana passada foi apenas da urgência em se apreciar sua derrubada, que acontecerá na próxima sessão do congresso

abcs e seguimos
Ricardo

Em 21/07/2014 12:10:14, Yasodara Cordova escreveu:
Hum. 

Não sei.

Eu acho que os conselhos não deveriam existir por motivos de: mais intermediários. Quanto mais intermediários se inventa, pior porque você cria mais gargalos. As demandas deveriam chegar sem precisar de tantos intermediários, que acabam custando caro e fazendo tudo demorar mais ainda pra funcionar. Resultado: conselhos cooptados etc etc (e nem to falando so de conselhos)

Tirando que cada conselho tem seu estatuto, e os representantes são indicados. Parece, e muito com o sistema de castas que a monarquia usava, baseados de relações de suserania e vassalagem. 

IMHO, achei bom derrubar o decreto. O caminho pra aumentar a participação social precisa ser um meta-caminho: se não conseguimos convencer sequer a câmara dos deputados que eles ganham com o aumento da participação social na esfera em que eles atuam, sinal de que ainda há muito trabalho a fazer. Acho bom que o executivo acredita nisso, mas um projeto de lei seria uma via mais democrática pra rolar esse processo. 


Yaso





∞ yaso.com.br
yaso.eu
∞ w3c.br
ingraxa.eu

** just reset and dive again**



Yasodara Cordova

unread,
Jul 21, 2014, 11:41:37 AM7/21/14
to thack...@lists.riseup.net, Ricardo Augusto Poppi Martins, thac...@googlegroups.com, con...@wlinz.com.br, frank....@gmail.com, Grupo de interesse em conhecimento livre no Brasil, especialmente dados abertos, prof.vas...@terra.com.br, Luiz Carlos, wolne...@uol.com.br
Hum. 

Não sei.

Eu acho que os conselhos não deveriam existir por motivos de: mais intermediários. Quanto mais intermediários se inventa, pior porque você cria mais gargalos. As demandas deveriam chegar sem precisar de tantos intermediários, que acabam custando caro e fazendo tudo demorar mais ainda pra funcionar. Resultado: conselhos cooptados etc etc (e nem to falando so de conselhos)

Tirando que cada conselho tem seu estatuto, e os representantes são indicados. Parece, e muito com o sistema de castas que a monarquia usava, baseados de relações de suserania e vassalagem. 

IMHO, achei bom derrubar o decreto. O caminho pra aumentar a participação social precisa ser um meta-caminho: se não conseguimos convencer sequer a câmara dos deputados que eles ganham com o aumento da participação social na esfera em que eles atuam, sinal de que ainda há muito trabalho a fazer. Acho bom que o executivo acredita nisso, mas um projeto de lei seria uma via mais democrática pra rolar esse processo. 


Yaso





∞ yaso.com.br
yaso.eu
∞ w3c.br
ingraxa.eu

** just reset and dive again**



2014-07-21 11:52 GMT-03:00 decko <de...@birosca.mobi>:
Reply all
Reply to author
Forward
0 new messages