Já aprendi, há tempos, a não confiar em promessas de empresas. O melhor caso é o do recente sequestro de dados da "Don't Be Evil" Google.
Você não confia é no governo. Empresa no livre mercado, você apenas muda pra concorrência.
Daí alguém pode dizer que a concorrência não tem os mesmos recursos. Bom, mérito da empresa malvada, não? Ademais, uma geração de software antes, nem a empresa malvada tinha tais recursos e ainda existia mercado.
É um velho preceito de design: A ferramenta não define o conteúdo. Pelo contrário, só surge inovação quando atualizam a ferramenta. Em computação isto pode ser bem marcado, mas novos meios de expressão literária não surgiram por causa da máquina de escrever.
Aqui eu tenho que discordar de você. Talvez o "igualzinho" seja válido para uma série de coisas. Mas, no caso do Illustrator, não é. O software é ruim de doer, e uma das razões é exatamente onde ele "não é igualzinho".
Há duas encadernações atrás, quando eu mexia com desktop publishing, o pessoal de bureau de impressão amaldiçoavam tudo que não fosse Adobe.
Natural: Adobe inventou a linguagem EPS.
Na interface, Illustrator tem um sem número de recursos no vetorial que o aproxima do furacão raster em fusão de preenchimentos. Mas pra ficar só nos vetor, as ferramentas fazem igual.
Illustrator só tem uma vantagem: Os atalhos dos teclado e as ferramentas são os mesmos do Photoshop, líder inconteste do mercado. Curva de aprendizado vai ao chão.
A forma com que ele lida com estilos de objetos e a falta, até hoje, de uma busca avançada de objetos mostra que ele só se consolidou pela força da Adobe, não pelas suas qualidades.
Bom, não sei sobre automatização e rodar scripts. Nunca fui pra esse lados.
(como o PageMaker, que nunca entendi o motivo de ser considerado bom):
Page Maker passou boa parte de sua vida sem concorrentes. Tinha um certo Publish, nem lembro de quem era, mas nunca vi alguém usando.
Mas Page Maker entregava. Quando o InDesign deu as caras, já não estava mais do desktop publishing.
Vou precisar aprender a lidar com o Inkscape, caso precise de alguma ilustração vetorial. Mas acho que isso é improvável.
Frère vieux, vem comigo que cê passa de ano: Vectonator. Desktop e iPad. Grátis como o sol.
Em tempo: há alguns dias conversei com uma amiga que trabalha com ele ativamente. E ouvi dela a mesma coisa que eu tenho falado da Adobe: a empresa agora se preocupa mais em proteger a propriedade dos seus softwares do que em melhorá-los.
Um dos motivos de comprar a Macromedia foi encerrar um monte de processos quem uma processava a outra, por copiar as ferramentas.
Basta ver a quantidade de tralha que roda no seu computador apenas para verificar que o seu software é realmente original.
Com o CC, você parou de comprar as ferramentas e passou a alugá-lo. Inguale o Office.
Um passarinho me disse que crackear ficou impossível.
Ponto pra Adobe: Ninguém se deu conta que passou de piratear MP3 pra pagar por streaming.
E se seu streaming é de grátis por causa da operadora, well, eu tenho uma novidade para você…
Mas, curiosamente, ainda tem um monte de gente que usa versões piratas dele. Eu nem cogito nisso por morrer de medo de rodar esses cracks malucos que você não sabe o que está fazendo por baixo dos panos.
Não foi um crack, mas um emulador de arcade que baixei no meu último Intel: Antivírus nunca detectou nada.
Até que uma atualização do antivírus apontou que o .EXE, que havia baixado a há meses, tinha um backdoor.