Muitas luas atrás, num almoço, demonstrei um uso para AI: Fotografei minha refeição e pedi para o Copilot do Bing calcular as calorias totais.
A AI não tomou forma como a internet e seus 30 anos já estabeleceu. Houve um tempo que um computador offline era útil pra burro, hoje não saberíamos o que fazer com um.
A OpenAI contratou John Ive, o carinha que desenhou o iPod. Tiveram uma treta porque a atual empresa do Ive tinha o mesmo nome de uma empresa estabelecida, mas parece que a parceria vai render alguma espécie de assistente pessoal com AI.
Um óculos? Um pin? Ainda não disseram.
Saber o que fazer com o que se está dentro da geladeira, precisa de inputar os dados. Se espera que com olhos integrada numa AI, aconteça o input — antes, se ventilava o uso de RFID para a geladeira saber o que tinha dentro.
Em 1996, a internet estava presa a computadores pesados, presos por cabos numa parede. Hoje a carregamos no bolso. AI está lá nos seus 1996, presa aos seus primórdios.
A gente tem uma certa ideia que o tempo vai estabelecer usos mais práticos. Mas a coisa é tão maluca que a ideia precisa do seu momento certo para acontecer. Se acontecer cedo demais, simplesmente não vinga.
QuickTime e Real Player tinham uns 5 anos de dianteira e nunca se estabeleceram como plataforma de vídeo de grande penetração. Quem veio fazer isso, na metade dos 00, foi o Youtube.
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Quando estou sozinho no Iramóvel, ativo a interface de áudio do ChatGPT. Via Bluetooth, usando o mic e autofalantes do possante, bato um lero com ele.
Ele parece manjar tudo sobre física quântica e história. É um parsa bom de conversa.
Só preciso lembrar que é enviesado e dado a delirar. Mas com ele aprendi que apenas 20% do Sol captado é capar de gerar energia elétrica. E a energia gerada é contínua — gerando perdas na hora de alterar. E que não tem como criar baterias de corrente alternada.
O grande barato da AI é que expõe que o princípio do conhecimento nunca foi a resposta. Mas a pergunta. AI vai continuar sendo uma calculadora Casio ao invés de algoz dos empregos, enquanto a gente ainda conseguir fazer boas perguntas