Sábado passado, num boteco:
— Comandante capitão tio bróder camarada, le menu sil vous plait.
— No nosso Instagram.
Gosto de boteco assim: Chão grudento, gato passeando entre as pernas, copo sujo e garçom com raiva das escolhas que fez na vida. O cara acha que automaticamente todos os seres humanos tem conta no Instagram. Ou que o Instagram— ou o parente pandêmico dele, o cardápio em QR code — são boas experiências de uso.
Fiquei imaginando como um documento textual que é um cardápio seria exibido no Instagram, no celular aonde resolução não é o forte e eles bloqueiam para que ninguém ouse determinar como acessar a imagem. Mas intui que era só o link e voilà, uma busca no Google achei o site onde o cardápio estava em hypertexto.
Melhor que isto, só o cardápio genérico comprado em papelaria, impresso em matricial no tempo que computação desconhecia caracteres latinos e você escolhia "PORCAO DE FRANGO FRITO".
=x=
Por um tempo, alguns restaurantes gran finos colocaram iPad para cardápio digital. Era horroroso. Queriam aproveitar a experiência e colocar fotos, mas tudo thumbnail. E claro, a atualização acho que era feita pelo correio, já que o sistema não era integrado e sequer, tinha como o staff atualizar. Como o pessoal que desenvolveu esse troço deveria cobrar por atualização, que os garçons assumissem os portadores de má notícia que o Mioranza estava em falta.
=x=
E o cardápio escondido no QR code, cujo o site só funciona se você acessar pelo wi-fi do restaurante. Rede de dados de celular, necas. Se eu já não tivesse em ido em mais de um restaurante assim, teria achado que era um problema isolado.
=x=
O Joel acima disse como se tem uma boa experiência usando o Google em hipertexto para acessar restaurantes. Há uma década atrás, se você ousasse fazer isto do celular, topava com o quê?
Site em Flash. Nem o telefone da casa, tinham o cuidado de publicar fora do SWF.