A discussão em torno da TV aberta digital - e a exigência dos
conversores - ganhou mais um capítulo com a divulgação nesta
quarta-feira, 29/04, da PNAD 2013 - Pesquisa Nacional por Amostra de
Domícilios, pelo IBGE. O levantamento constatou que nos 63,3 milhões de
domicílios com televisão (97,2% do total), foram contabilizados 103,3
milhões de aparelhos, sendo 38,4% (39,7 milhões) de tela fina e 61,6%
(63,7 milhões) de tubo.
O estudo mostar ainda que, em 2013,
entre os domicílios com TV, 31,2% recebiam sinal digital de TV aberta,
enquanto a antena parabólica, estava presente em 38,4% dos domicílios
com televisão, com maior proporção nas áreas rurais (78,3%) e nos
domicílios com menor renda (48,8% dos domicílios sem rendimento a ¼ do
salário mínimo). Já a TV por assinatura era mais comum nas áreas urbanas
(33,2%), com maior renda (74,9% dos domicílios com mais de cinco
salários mínimos).
O PNAD 2013 observou ainda, que 35,4% dos domicílios com televisão
não possuíam recepção de sinal digital de televisão aberta, mas contavam
com pelo menos uma modalidade alternativa de acesso a transmissões:
25,5% tinham somente recepção de sinal de televisão por antena
parabólica, 7,5% tinham somente televisão por assinatura e 2,4% tinham
antena parabólica e televisão por assinatura.
A PNAD 2013 apura
ainda que, há dois anos, mais da metade dos brasileiros continuava sem
acesso à Internet. O levantamento do IBGE apurou que 49,4% da população
de 10 anos ou mais de idade (85,6 milhões de pessoas) tinham se
conectado à Internet e 48,0% (31,2 milhões) dos domicílios possuíam
acesso à Internet. O microcomputador foi o principal meio de acesso à
Internet nos domicílios (88,4%), mas o acesso via telefone móvel celular
estava presente em 53,6% dos domicílios, enquanto o tablet em 17,2%
deles. A banda larga estava presente em 97,7% (30,5 milhões) dos
domicílios com Internet, sendo que 77,1% (24,1 milhões) conectavam-se em
banda larga fixa e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel.
A
utilização da Internet era mais frequente entre os jovens de 15 a 17
anos (75,7%) e crescia com a escolaridade, variando de 5,4%, na
população sem instrução ou com menos de um ano de estudo, até 89,8%,
entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo. A proporção de pessoas
que acessavam era crescente conforme a renda, ultrapassando os 50% a
partir da classe de um a dois salários mínimos.
Em 2013, quase um
quarto da população brasileira (24,8%) não tinha telefone celular,
embora o percentual de pessoas com celular tenha avançado 131,4%, desde
2005. A ausência do celular foi observada, geralmente, entre as pessoas
com os menores rendimentos (50,9% na faixa de rendimento per capita até ¼
do salário mínimo), baixa escolaridade (60,2% das pessoas sem instrução
ou com menos de 1 ano de estudo) , trabalhadores agrícolas (48,9%).
O
PNAD constatou ainda que, em 2013, 85,6 milhões de pessoas de dez anos
ou mais (49,4%) utilizaram a Internet através de diversos equipamentos
(microcomputador, telefone móvel celular, tablet e outros), pelo menos
uma vez, nos três meses que antecederam à data de referência da
pesquisa. Quando se considera a utilização por meio de microcomputador,
este contingente foi de 78,3 milhões de pessoas (45,3%). Em 2013, 7,2
milhões de pessoas (4,1%) acessaram a Internet apenas por meio de outros
dispositivos, sendo que na região Norte, esse percentual foi de 8,7%
(1,2 milhão de pessoas).
Em 2013, 53,6% dos domicílios se conectaram à Internet pelo celular
Em
relação aos domicílios, 48,0% deles (31,2 milhões) tinham acesso à
Internet, sendo que 42,4% (13,2 milhões) acessavam somente através do
microcomputador e 3,6 milhões (11,6%) apenas por outros equipamentos. O
microcomputador foi o principal meio de acesso à Internet, utilizado em
88,4% dos domicílios com acesso. O telefone celular foi declarado por
53,6% e 17,2% disseram usar o tablet. A região Norte apresentou o maior
percentual de domicílios que utilizavam o telefone móvel para o acesso à
Internet (75,4%), superando o acesso através do microcomputador
(64,8%).
O acesso à Internet feito exclusivamente pelo telefone
móvel celular ou tablet superou o microcomputador em Sergipe (28,9% por
telefone celular/tablet versus 19,3% por computador), Pará (41,2% versus
17,3%), Roraima (32,0% versus 17,2%), Amapá (43,0% versus 11,9%) e
Amazonas (39,6% versus 11,1%), embora a utilização do microcomputador
como único equipamento para o acesso à Internet tenha prevalecido na
maioria das unidades da federação. Rondônia apresentou o maior
percentual de acesso exclusivo via microcomputador (61,1%), enquanto que
Santa Catarina teve a menor proporção de acesso exclusivo através de
telefone móvel celular ou tablet (5,0%). Observa-se, ainda, que 7,1
milhões (10,8% do total) de domicílios possuíam tablet, sendo que mais
da metade (3,9 milhões) estava no Sudeste e 278 mil no Norte,
representando, respectivamente, 13,8% e 5,9% dos domicílios das regiões.
Na região Norte, 73,5% dos domicílios se conectavam via banda larga móvel
Em
2013, apenas 2,3% (725 mil) dos domicílios com Internet possuíam
exclusivamente a conexão discada. A banda larga estava presente em 97,7%
(30,5 milhões), sendo que, destes, 77,1% (24,1 milhões) conectavam-se
em banda larga fixa e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel. Em
23,0% (7,2 milhões) dos domicílios existiam as duas modalidades de
conexão.
Na região Norte, a conexão através de banda larga móvel
atingia 73,5% dos domicílios, contra 47,1% que se conectavam via banda
larga fixa. Nas demais grandes regiões, a conexão pela rede fixa
ultrapassava a móvel. No Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, a rede móvel
era superior a 80%, enquanto no Distrito Federal, Santa Catarina, São
Paulo e Paraná, a rede fixa atingia esse patamar.
*Com informações do IBGE
Fonte:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=39471&sid=8
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