Empresas que investem em qualificação profissional ainda são uma minoria no Brasil, revela estudo realizado pela VAGAS Tecnologia, empresa de e-recruitment nacional. Quem aposta na capacitação, prioriza os cursos de graduação e pós-graduação e de idiomas. Mas faltam recursos para bancar esse treinamento.
De acordo com a análise, 3% dos respondentes recebem algum apoio do empregador para subsidiar seus estudos. Desses 3%, apenas 1% tem custeio integral da educação por parte de seus colaboradores, enquanto 2% recebem parcialmente incentivo financeiro para custear as despesas com ensino.
O levantamento foi realizado com 10 mil respondentes, de todas as regiões do Brasil, entre 11 e 13 de fevereiro por meio da base de currículos cadastrados no portal de carreira vagas.com.br. Entre os participantes da análise, a maioria é composta por mulheres (66%) e desempregados (62%), com idade em torno de 29 anos. O universo de respondentes pertence às classes B e C, com nível superior completo, e atua em cargos auxiliares e operacionais, com renda declarada variável de R$ 1866 a R$ 3118.
Entre as preferências com relação ao tipo de qualificação, apesar de a maioria ainda preferir cursos de idiomas e a formação no ensino superior, há ainda interesse em concluir MBA, mestrado e doutorado. De acordo com o estudo, os interesses estão divididos da seguinte forma: idioma (50%), ensino superior (35%), pós-graduação (25%), curso técnico (17%), cursos livres de curta duração (14%), MBA (11%), tecnólogo (7%), mestrado (6%), ensino médio (2%), doutorado (2%) e certificações (0,5%).
“Existe um grande desejo, especialmente das classe C, D e E, de melhorar sua qualificação profissional. Entre os empecilhos estão os recursos financeiros limitados e o alto endividamento. Também há uma grande expectativa para conseguir financiamentos públicos e privados, bolsas de estudo e auxílio educação das empresas”, observa Fabíola Lago, coordenadora do estudo.
Entre os que declararam não incluir despesas com ensino em seu orçamento em 2014 (6%), o principal motivo é a falta de recursos financeiros disponíveis para este fim. Esta é a razão apontada por 39% dos respondentes que não pretendem investir em educação. Para 20% desse universo, o investimento em educação é um plano para 2015. Pagar dívidas é a prioridade de 17%. Falta de tempo é a razão de 8%. Entre o grupo que não quer seguir novos cursos, 7% informaram que já têm estudo suficiente. Para 6%, não é possível conciliar trabalho e estudo.
Porém, os que informaram não ter orçamento para despesas com educação este ano (6%) afirmam que estudariam se recebessem incentivo financeiro. Neste universo, 34%, estudariam somente se recebesse subsídio integral. Se a empresa se dispusesse a bancar metade das despesas, 20% iniciariam um curso. Com um auxílio da empresa para 30% dos gastos, 3% afirmam que investiriam em educação, e 13% não demonstraram interesse em estudar.
Fonte:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37280&sid=46#.U86YqbGTFqI
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