“Kotlin vai matar o Java.” “Scala vai matar o Java.” “Groovy vai matar o Java.” Basta uma nova linguagem surgir que logo começam as projeções. Rumo aos 30 anos da linguagem (atualmente possui 22), parece que Java se tornou a linguagem que todos amam odiar.
É comum ver alguns olhares estranhos ao dizer: “É em Java.”, muito provavelmente seguido das frases: “Java é velho”, “Java é lento” ou “Usa {insira alguma linguagem aqui}”. Apesar de tudo isso e de inúmeros posts dizendo que a linguagem vai morrer, ainda é a linguagem mais utilizada no mundo. Por que isso?
Algumas pessoas diriam: JVM. Bem, não. A JVM é incrível mas as linguagens que “vão matar o Java” também utilizam a JVM. Outras poderiam dizer: Portabilidade. Bem, também não. Hoje em dia, a linguagem mais simples criada já tem essa funcionalidade que fez o Java crescer tanto em seu início. Mas antes de entrar nas razões reais, é preciso desmitificar algumas coisas:
Java é lento. — Java ERA lento. Ganhou essa fama principalmente pelo antigo J2EE que precisava implementar milhares de coisas para fazer uma coisa simples. Hoje em dia, não é muito difícil encontrar benchmarks mostrando que Java se equipara e até supera em performance a C++, Go, Python e outras linguagens.
Java é verboso. — Ok, se escrevia muito usando Java, mas depois de frameworks como Spring Boot e Lombok e próprias evoluções da linguagem, isso também não se aplica.
Tendo isso em mente, vamos aos reais motivos pelo qual o Java não morre:
Querem matar o Java de qualquer maneira, mas não vai ser tão fácil. Com uma comunidade grande que direciona o crescimento da linguagem, Java tem se reinventado e resistido a cada linguagem que surge. Então, fica no ar a pergunta: O que vai matar o Java se o Java não morre?
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