Encomendas de fruta

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Paulo Jacinto

unread,
Mar 24, 2020, 7:08:29 AM3/24/20
to futur...@googlegroups.com, ambio, RedeLu...@yahoogrupos.com.br
Bom dia,
Para quem resida nos concelhos de Gouveia e de Seia, ou esteja por cá nesta má fase, informo que vou começar a ter fruta disponível em breve que, se as regras não mudarem por agravamento da situação, posso, em certas circunstâncias (a verificar caso a caso), entregar ao domicílio das pessoas.
A fruta que vou ter  são cerejas, ameixas, pêras, maçãs e uvas.
Tenho em armazém alguma amêndoa e avelã, parte da qual posso eventualmente vender.
Também não me importo que as pessoas, mediante algumas regras de segurança, venham cá recolher ou colher à quinta, o preços sendo mais baixos.
Aceito também trabalho como forma de pagamento, mais uma vez mediante algumas medidas de segurança.
Podem contactar-me por telefone ou email.


Tenho uma quinta, cujas fotos ANEXO, que me veio dos meus pais, que possuo desde 2006 mas de que assumi a totalidade dos cuidados apenas desde 2017. Tenho muitas árvores de fruta, nomeadamente um olival com 200 árvores. São todas árvores de relativo grande porte, e não tenciono alterar tal.
Só faço tratamentos na vinha, procurando recorrer unicamente a produtos permitidos em agricultura biológica.pretendendo evoluir para o uso exclusivo desses produtos ou, até, dispensá-los.
Procuro melhorar alguns aspectos, seguindo os princípios seguintes:
- manter árvores em formas livres (ou seja manter o tamanho das de grande porte, não as substituindo por mais pequenas, o que não quer dizer que também não tenha algumas árvores mais pequenas noutros sítios);
- manter alguns espaços selvagens e a fauna selvagem que por cá vai andando;
- ir reparando alguns erros que vêm do passado (os meus pais, dada a sua história de vida, tinham um conceito de progresso diferente do meu); 
- banir tratamentos que sejam prejudiciais para saúde, ambiente ou que representem apenas adiamento de problemas;
- tornar os trabalhos mais fáceis e menos perigosos;
- fazer tudo isto paulatinamente sem pôr em risco o meu conforto financeiro;
- ter também algum tempo para mim (ler, ouvir música...).
Sou engenheiro agrícola, tendo também uma actividade de prestação de serviços em jardinagem. Atento às perspectivas mais ortodoxas de modernização agrícola, também acompanho, desde os meus tempos de estudante, as áreas da agricultura biológica, permacultura e outras ditas alternativas, tendo em alguns casos frequentado alguma formação. Depois, com base no que uns e outros advogam, na experiência (com alguma estrada feita em Portugal no estrangeiro) no que posso fazer, no que vejo, experimento e sinto, sigo o MEU próprio CONCEITO.
Com os melhores cumprimentos,
Texto escrito em total desrespeito pelo acordo ortográfico (nada contra mas deixei-me levar pelo corrector do programa que já tem alguns anos: desculpem!).
-- 
Paulo Jorge Morgado Jacinto
Tlm: (00351) 934028684
 
Caminho perto da entrada.JPG
Vista geral.JPG
O caminho (e o Macieira).JPG

José Marques

unread,
Mar 24, 2020, 7:56:24 AM3/24/20
to Paulo Jacinto, futuroterra, Ambio
Bravo, Paulo! É de gente como tu que o país também está precisado!

Será que é desta vez que os nossos decisores compreenderão que é preciso recuperar parte pelo menos da produção alimentar local (de qualidade como a bio) para não ficar totalmente ou quase nas mãoss dos abastecimentos externos?

Pena não teres citrinos (há outros também com virtualidades parecidas). 

Embora ninguém ou quase fale nisso, a vitamina cê em forma natural (complementada pelos suplementos) é algo que devia ser de uso diário e ainda mais agora. Mas o dogma instalado proíbe associar isso a uma defesa do sistema imunitário! Por isso as autoridades sanitárias, que sem dúvida fazem o melhor que sabem, e podem e tomando grandes riscos, e por isso são de louvar, não dizem uma palavra sobre a necessidade de a população, forçada por esta situação mais que invulgar, inédita, além da clausura, que na ignorância em que estamos se justifica, claro, necessidade dizia, de reforçar os seus cuidados domésticos (e nos tais passeios higiénicos ainda não proibidos) para assumirem responsabilidade pela sua capacidade de tentar resistir a toda a espécie de doenças. As atuais populações humanas (suprimidos que foram os mecanismos daruinianos, do que não há regresso possível nem propriamente desejável) são populações em grande parte em estado de doença permanente. Talvez seja  esta encruzilhada uma oportunidade para tentar corrigir o rumo.

jccm

--
Recebeu esta mensagem porque subscreveu ao grupo "Lista Portuguesa de Ambiente" do Grupos do Google.
Para ver este debate na Web, visite https://groups.google.com/a/uevora.pt/d/msgid/ambio/CABgYTkBy78MjhkWJO8h2BODvNtYC3TkcWiYiNO8V5dKCV4_ahQ%40mail.gmail.com.
<Caminho perto da entrada.JPG><Vista geral.JPG><O caminho (e o Macieira).JPG>

Paulo Jacinto

unread,
Mar 24, 2020, 12:10:23 PM3/24/20
to José Marques, futuroterra, Ambio
Olá
Sobre os citrinos tenho uma tangerineira que produz tangerinas um pouco pequenas, algo ácidas, mas, bom, eu tenho andado a comer delas desde Dezembro, como costumo fazer neste últimos anos. Tenho também umas laranjeiras manhosas, também para o ácido. Por acaso, os citrinos produziram muito este ano (graças ao clima). Dado a qualidade e as quantidades, estas não vendo, só auto-consumo. Por isso, não as mencionei. Lá está são das tais árvores que estão a precisar de uns cuidados: se tudo correr bem, este ano, após produzirem, vou podá-las delicadamente. Também era para plantar um limoeiro este ano mas, por falta de tempo, não o fiz e creio que, por este ano, está arrumado.
Outra fruta que também fornece vitamina C é o quivi. Embora introduzida, é bastante abundante no Minho, no litoral norte e até noutros locais.
Tenho ouvido algumas pessoas falarem da vitamina C na TV. Calculo que ajudará, embora não em definitivo.

Quanto ao que refere sobre origem e causas desta doença e da sua disseminação, tenho lido (por alto, confesso) alguns textos que me vão passando pelo mail. Isto recorda-me um pouco os fogos de 2017: o que antecedeu, o que ocorreu e o que sucedeu. 
Creio que os motivos económicos, ou até diria mesmo que são apenas motivos financeiros, ditam a situação em que estamos. Tal como aconteceu com as pestes dos séculos anteriores. Acontecia, quando, por exemplo, se atirava corpos contaminados contra os da frente para que um imperador juntasse mais uns metros ao seu território, ou seja, à sua riqueza (OK: também queria estender o seu bom governo aos desorganizados do lado da frente) ou quando se distribua cobertores contaminados aos chatos de uns índios (OK as pessoas que vivem agora no território desses índios, têm melhores condições de vida do que eles tinham). Não tenho informação (até porque parece que não é muito clara a origem deste vírus) para opinar que tal seja o caso na origem desta doença. Mas na sua disseminação, nomeadamente a Portugal, acho que sim. Creio que se podia ter tomado medidas mais radicais mais cedo (nestes dias, qtenho-me lembrado do filme O Tubarão e um certo presidente de câmara). Mas havia o perigo de se exagerar, lixar a economia e perder-se capital político (perdão eleitoral) se por acaso a coisa não fosse tão grave. Re-encontramos aki o dilema com o princípio da precaução que defendem desde há tanto tempo, e por isso criticados, os ecologistas/ambientalistas. Mas isto ainda não terminou e quem sou eu para dizer o que teria sido melhor? 
Mas também reparo que o povo parece defender a mesma coisa. Nos primórdios, quando ainda só se fechava algumas das escolas, ouvi diversas pessoas queixar-se que isto só estava a prejudicar a economia. Até ouvi uma senhora de idade apontar o facto de haver menos poluição devida á travagem da economia como algo de mau (lembro-me outro filme, o Waterworld, em que havia o grupo dos Fumadores que só se sentiam bem nos ambientes poluídos). Claro está que muitas dessas pessoas estarão agora borradas de medo (o que explica a corrida ao papel higiénico, pois que a doença não parece dar diarreia). Provavelmente, se o Antº Costa tivesse tomado medidas mais radicais e se verificasse que a coisa não era tão grave assim (como aconteceu um pouco com A gripe A), teria sido efectivamente penalizado.
Veja-se como as pessoas, numa situação tão excepcional, começaram logo a protestar por terem de recolocar as suas férias para não prejudicarem tanto as empresas,a economia (é verdade que às vezes, os empresários, a CIP , a ANTRAM, etc. também... enfim!) (será que pensam ir de férias para um sítio sem COVID tipo Lua?). Algo me diz que também os empregados de lares não estariam com vontade de ficar de quarentena com os utentes e assim não serem porta de entrada da doença para junto dessas pessoas frágeis. Enfim, ninguém abdica do seu conforto. Mesmo numa situação tão grave?
Mas foi preciso abdicar do nosso conforto para se emigrar como muitos fizeram há pouco tempo atrás

Moral: "Quando quiseres fazer danos a um tipo, não vises o coração, o cérebro, a barriga,...; aponta à carteira: doi-lhe mais, trazes uns trocados (dá sempre jeito) e apanhas menos anos de cadeia"
Oxalá as pessoas aprendam com o que acontece a serem menos mesquinhas, menos egocêntricas. Mas não acredito.

Bolas! Distraí-me com as grandes questões do mundo: tenho de ir ordenhar a Clarinha.
As razões pelas quais não acreditam ficam para outro texto se as árvores e o COVID19 permitirem. 
Com os melhores cumprimentos
Paulo Jorge Morgado Jacinto
Tlm: (00351) 934028684 ou 936686264
 
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