Olá
Sobre os citrinos tenho uma tangerineira que produz tangerinas um pouco pequenas, algo ácidas, mas, bom, eu tenho andado a comer delas desde Dezembro, como costumo fazer neste últimos anos. Tenho também umas laranjeiras manhosas, também para o ácido. Por acaso, os citrinos produziram muito este ano (graças ao clima). Dado a qualidade e as quantidades, estas não vendo, só auto-consumo. Por isso, não as mencionei. Lá está são das tais árvores que estão a precisar de uns cuidados: se tudo correr bem, este ano, após produzirem, vou podá-las delicadamente. Também era para plantar um limoeiro este ano mas, por falta de tempo, não o fiz e creio que, por este ano, está arrumado.
Outra fruta que também fornece vitamina C é o quivi. Embora introduzida, é bastante abundante no Minho, no litoral norte e até noutros locais.
Tenho ouvido algumas pessoas falarem da vitamina C na TV. Calculo que ajudará, embora não em definitivo.
Quanto ao que refere sobre origem e causas desta doença e da sua disseminação, tenho lido (por alto, confesso) alguns textos que me vão passando pelo mail. Isto recorda-me um pouco os fogos de 2017: o que antecedeu, o que ocorreu e o que sucedeu.
Creio que os motivos económicos, ou até diria mesmo que são apenas motivos financeiros, ditam a situação em que estamos. Tal como aconteceu com as pestes dos séculos anteriores. Acontecia, quando, por exemplo, se atirava corpos contaminados contra os da frente para que um imperador juntasse mais uns metros ao seu território, ou seja, à sua riqueza (OK: também queria estender o seu bom governo aos desorganizados do lado da frente) ou quando se distribua cobertores contaminados aos chatos de uns índios (OK as pessoas que vivem agora no território desses índios, têm melhores condições de vida do que eles tinham). Não tenho informação (até porque parece que não é muito clara a origem deste vírus) para opinar que tal seja o caso na origem desta doença. Mas na sua disseminação, nomeadamente a Portugal, acho que sim. Creio que se podia ter tomado medidas mais radicais mais cedo (nestes dias, qtenho-me lembrado do filme O Tubarão e um certo presidente de câmara). Mas havia o perigo de se exagerar, lixar a economia e perder-se capital político (perdão eleitoral) se por acaso a coisa não fosse tão grave. Re-encontramos aki o dilema com o princípio da precaução que defendem desde há tanto tempo, e por isso criticados, os ecologistas/ambientalistas. Mas isto ainda não terminou e quem sou eu para dizer o que teria sido melhor?
Mas também reparo que o povo parece defender a mesma coisa. Nos primórdios, quando ainda só se fechava algumas das escolas, ouvi diversas pessoas queixar-se que isto só estava a prejudicar a economia. Até ouvi uma senhora de idade apontar o facto de haver menos poluição devida á travagem da economia como algo de mau (lembro-me outro filme, o Waterworld, em que havia o grupo dos Fumadores que só se sentiam bem nos ambientes poluídos). Claro está que muitas dessas pessoas estarão agora borradas de medo (o que explica a corrida ao papel higiénico, pois que a doença não parece dar diarreia). Provavelmente, se o Antº Costa tivesse tomado medidas mais radicais e se verificasse que a coisa não era tão grave assim (como aconteceu um pouco com A gripe A), teria sido efectivamente penalizado.
Veja-se como as pessoas, numa situação tão excepcional, começaram logo a protestar por terem de recolocar as suas férias para não prejudicarem tanto as empresas,a economia (é verdade que às vezes, os empresários, a CIP , a ANTRAM, etc. também... enfim!) (será que pensam ir de férias para um sítio sem COVID tipo Lua?). Algo me diz que também os empregados de lares não estariam com vontade de ficar de quarentena com os utentes e assim não serem porta de entrada da doença para junto dessas pessoas frágeis. Enfim, ninguém abdica do seu conforto. Mesmo numa situação tão grave?
Mas foi preciso abdicar do nosso conforto para se emigrar como muitos fizeram há pouco tempo atrás
Moral: "Quando quiseres fazer danos a um tipo, não vises o coração, o cérebro, a barriga,...; aponta à carteira: doi-lhe mais, trazes uns trocados (dá sempre jeito) e apanhas menos anos de cadeia"
Oxalá as pessoas aprendam com o que acontece a serem menos mesquinhas, menos egocêntricas. Mas não acredito.
Bolas! Distraí-me com as grandes questões do mundo: tenho de ir ordenhar a Clarinha.
As razões pelas quais não acreditam ficam para outro texto se as árvores e o COVID19 permitirem.
Com os melhores cumprimentos