(OFF ?) Sobre seleção docente

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Samuel Gomes da Silva

unread,
Aug 8, 2025, 9:55:07 AMAug 8
to Logica-l

samuel

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Aug 8, 2025, 2:10:05 PMAug 8
to LOGICA-L, samuel

Thiago Nascimento da Silva

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Aug 11, 2025, 11:26:05 PMAug 11
to Samuel Gomes da Silva, Logica-l
Por outro lado, em seleções com seleção preliminar de perfis, ficará mais difícil fiscalizar situações como esta:


Em sex., 8 de ago. de 2025, 10:55, 'Samuel Gomes da Silva' via LOGICA-L <logi...@dimap.ufrn.br> escreveu:

--
LOGICA-L
Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica <logi...@dimap.ufrn.br>
---
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Cassiano Terra Rodrigues

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Aug 14, 2025, 11:28:06 PMAug 14
to LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, Logica-l, samuel
Olás, 
eu li os artigos e decidi escrever porque nos deparamos com essa discussão lá na minha instituição, onde agora os dois modelos de edital, o tradicional e esse a q chamam de "mais justo e estratégico" são possíveis. Um dos argumentos para fazer passar esse modelo foi q pesquisadores mais experientes e gabaritados acham constrangedor ser submetidos a uma prova escrita. De minha parte, argumentei q acho constrangedor um professor se recusar a fazer uma prova e ser contratado para submeter os estudantes a tal (sem mencionar a aversão à escrita, q entendo como sinal de aversão maior, mas deixa isso pra lá). 
Seja como for, o primeiro ponto relevante a ser lembrado é que a experiência mostra q onde há injustiça, há quebra de direitos. Assim, não parece muito correto dizer q o modelo proposto é mais ou menos justo, pois não há direitos dos candidatos que tenham sido desrespeitados. 
No modelo tradicional conhecido, a etapa da prova escrita, se seguida com o rigor do rito completo, isto é, sorteio de pontos, correção às cegas e leitura pública com a presença dos demais candidatos, garante um mínimo de impessoalidade, exigência de salvaguarda da própria natureza do Estado. Nas etapas posteriores, evidentemente, a subjetividade se impõe, mas o processo estaria resguardado de início. Não vejo como um sorteio de pontos pode significar injustiça, nem q seja 1 único. Se o problema é dar mais chances, basta sortear mais de 1 ponto e facultar a escolha do ponto a ser redigido. 
No modelo que certamente pode ser chamado de estratégico, não me parece claro onde estaria o momento de objetividade e impessoalidade. Por isso mesmo ele pode ser considerado estratégico, se por estratégia entendermos não apenas um planejamento simples, mas uma metodologia que envolve planejamento, execução e decisão sobre os resultados. 
Não sei como cada instituição define quais concursos poderiam adotar esse modelo, em que situações etc. Mas tenho dúvidas sobre a justiça ou injustiça do processo. 
Abraços,
cass. 

Marcelo Finger

unread,
Aug 15, 2025, 7:34:22 AMAug 15
to Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Oi Cassiano.

Obrigado por sua análise, mas você deixou de fora o ponto principal da nova proposta: a dificuldade que é montar uma banca e fazer um concurso.

Anuncia-se uma vaga e se inscrevem 53 candidatos.  Isso não é nenhuma raridade, tem acontecido com frequência.  Como não se sabe quantos vão aparecer, tem que se montar uma banca supondo que os 53 candidatos venham fazer a prova e encontrar membros de alto nível que se disponham a ficar 2 semanas inteirinhas presencialmente ouvindo aulas básicas e corrigindo provas de 53 candidatos.  Na prática, raramente aparecem mais de 15, o que já é um estorvo, mas ninguém aceita disponibilizar 2 semana para participar de uma atividade como essa, 

A solução é algum tipo de prova eliminatória e remota.  Para viabilizar o concurso.

[]s




--
Marcelo Finger
 Departament of Computer Science, IME-USP   
 http://www.ime.usp.br/~mfinger
 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1391-1175
 ResearcherID: A-4670-2009

Instituto de Matemática e Estatística,

Universidade de São Paulo

Rua do Matão, 1010 - CEP 05508-090 - São Paulo, SP

Marcelo Finger

unread,
Aug 15, 2025, 9:48:35 AMAug 15
to Evandro L. Gomes, Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
OI Evandro.

Se você não confia na banca, é uma ilusão achar que a prova escrita presencial vai transformar miraculosamente o processo com uma banca enviesada num processo inescapavelmente justo.

O grande problema é a seleção da banca justa e balanceada.  Mas num processo seletivo com 50 inscritos, a gente nunca sabe quem vai aceitar participar, pessoas sérias tem muito mais o que fazer. Não raro, a gente propõe uma banca com 20 membros entre titulares e suplentes, aprovada pela congregação, mas não conseguimos atingir o número mínimo de membros titulares pois ninguém aceitou participar de uma banca tão longa.  Dizer que esse esforço vale a pena é ignorar o fato que a banca vai acabar sendo aleatória.  

São idealizações que ignoram os detalhes práticos e muito frequentes de realizações de bancas, que fazem o processo ser tão penoso aos organizadores de concursos.  Gasta-se uma energia louca para uma tarefa que poderia ser muito mais simples.

Muito melhor garantir que o número de candidatos a um processo presencial seja limitadopor eliminação, aumentando a chance de uma banca proposta ter condições de aceitar o convite. E aí teremos que conviver por 35 anos no departamento com alguém que foi selecionado por uma banca aleatória.  (estou usando "aleatório" como eufemismo para ruim, tipo "foi o que deu pra fazerr" pois nenhum dos membros inicialmente concebidos aceitou participar).

Esse fenômeno quase nunca ocorre, por exemplo, em bancas de mestrado e doutorado. Aí, a única coisa que está em jogo é a disponibilidade de alguns membros para um único período.  Muito mais fácil.

[]s


On Fri, Aug 15, 2025 at 10:19 AM Evandro L. Gomes <evg...@gmail.com> wrote:
Olá, Cassiano, olá, Marcelo,
Olá, colegas da lista.

Claro que o tema é difícil e nenhum método é perfeito. Eu prefiro o rito de seleção em concursos com a prova escrita (presencial), eliminatória, com sorteio de pontos e correção às cegas. No fundo é a etapa mais impessoal e potencialmente mais justa dos concursos. Se outros métodos a esse sobrepõem, há o risco da encomenda da vaga a algum candidato e vice-versa. O que além de injusto e ilegal.

Quanto à dificuldade de montar bancas, ainda mais com dezenas de candidatos, há que se pensar que esse esforço vale a pena. Um cargo público será ocupado por décadas e é bom que o seja por pessoas comprometidas e competentes. No mais, acho que não devemos fragilizar nossos métodos de seleção que tem constituído um marco de institucionalidade e assegurado, no mais das vezes, bons resultados.

Saudações lógicas!
Evandro Gomes

Marcelo Finger

unread,
Aug 15, 2025, 1:02:52 PMAug 15
to Julio Stern, Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Julio.

V está querendo razoabilidade de advogados, isso nunca virá!

Os grandes juristas da USP obrigam a prova escrita ser lida em voz alta, pois em sua turvada visão de mundo não conseguem ver outra forma de dar publicidade ao exame.  Nunca ouviram falar em publicar algo na internet.  São uns medíocres.

[]s


On Fri, Aug 15, 2025 at 1:55 PM Julio Stern <jms...@hotmail.com> wrote:
Caros: 
Meus 2 centavos... 

Na minha opiniao, toda esta discussao esta fora de foco. 
Em uma  "Universidade de Pesquisa", queremos contratar  "Pesquisadores"! 
Isto deveria ser o obvio ululante. 

Assim, a prova eliminatoria pode ser feita apenas com 
(1) Curriculo Lattes; e  (2) Projeto de pesquisa de 2 folhas (frente e verso);  So! 

Restando meia-duzia de candidatos, da para pedir uma aula didatica,
e uma palestra (ou aula de 4 horas?) sobre o tema de sua especialidade. 

Estes procuradores ficam pondo "regras objetivas" no concurso como 
se estivessemos contratando tecnico de manutencao de ar condicionado... 

Se eh para ter regra objetiva, exija-se  indices bibliometricos como h-index, i-10,
para ranquear os inscritos e eliminar todos menos o topo da lista.
Depois, avaliacao pessoal, presencial e seria com aqueles nao eliminados. 

Meus 2 centavos...  Tudo de bom,  ---Julio 
 


From: logi...@dimap.ufrn.br <logi...@dimap.ufrn.br> on behalf of Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br>
Sent: Friday, August 15, 2025 11:33 AM
To: Cassiano Terra Rodrigues <cassian...@gmail.com>
Cc: LOGICA-L <logi...@dimap.ufrn.br>; Thiago Nascimento da Silva <thiagna...@gmail.com>; samuel <sam...@ufba.br>
Subject: Re: [Logica-l] (OFF ?) Sobre seleção docente
 

Marcelo Finger

unread,
Aug 15, 2025, 2:11:13 PMAug 15
to Cassiano Terra Rodrigues, Julio Stern, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel

Oi Cassiano.

Você já teve de organizar uma banca pra concurso?  

Sobre a leitura em voz alta da prova:

>>> Não vejo muita razão de preocupação com isso, ao menos na USP. 

Eu vejo.  Se você tem um concurso com 50 candidatos, a leitura dura 20 min, você precisa alocar 16.7h (!) pra leitura das provas.  Ou seja, mais de dois dias inteiros só pra leitura inútil de provas escritas em voz alta.  Não importa que dos 50 só 15 apareçam, a banca tem que concordar com estar disponível por esse tempo.

[]s

On Fri, Aug 15, 2025 at 2:51 PM Cassiano Terra Rodrigues <cassian...@gmail.com> wrote:
Marcelo, apenas um comentário rápido sobre a leitura pública da prova, q vc mencionou. 
Não vejo muita razão de preocupação com isso, ao menos na USP. 
Eu mesmo já fiz concurso na USP, no qual não passei, em q fomos, todos os candidatos, persuadidos pelo secretário a não presenciar a leitura dos demais candidatos, para não "constranger os colegas". Fomos informados que era praxe naquela faculdade e que a banca estava de acordo. De forma q todos leram a prova apenas para a banca.
Suponho q seja mera coincidência q o candidato aprovado não tenha dado a melhor aula, como as notas revelaram, e ainda tenha sido neto de um falecido medalhão da USP e fosse, por fim, o preferido do presidente da banca, conforme ele mesmo me falou. O que realmente decidiu o concurso foram os 2 décimos a mais de currículo q ele tinha na época e a excelente prova escrita que ele fez, cuja etapa de leitura durou ao todo 10 minutos, pois foram só 3 páginas digitadas, como o próprio vencedor revelou depois. 
Então, realmente, o modelo não garante muita coisa, principalmente se não for seguido por praxe. 
Abraços,
cass. 

Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
Campus do DCTA
São José dos Campos
São Paulo, Brasil
CEP: 12228-463
Tel. (+55) 12 3305 8438

--
lealdade, humildade, procedimento

Samuel Gomes da Silva

unread,
Aug 16, 2025, 9:04:35 AMAug 16
to Cassiano Terra Rodrigues, Marcelo Finger, Julio Stern, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva
Oi
 
Mais complicado que participar, é montar a banca.
 
Abraços 
 
[]s Samuel 
 

De: Cassiano <cassian...@gmail.com>
Para: Marcelo <mfi...@ime.usp.br>
Cc: Julio <jms...@hotmail.com>; LOGICA-L <logi...@dimap.ufrn.br>; Thiago <thiagna...@gmail.com>; samuel <sam...@ufba.br>
Data: sábado, 16 de agosto de 2025 às 09:04 -03
Assunto: Re: [Logica-l] (OFF ?) Sobre seleção docente

Marcelo, 
 
Já participei de uma meia dúzia de bancas ou algo assim. 
Uma delas tinha 90 inscritos. 
Abraços. 
 
Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
Campus do DCTA
São José dos Campos
São Paulo, Brasil
CEP: 12228-463
Tel. (+55) 12 3305 8438
--
lealdade, humildade, procedimento

Cassiano Terra Rodrigues

unread,
Aug 16, 2025, 10:15:01 AMAug 16
to Julio Stern, Marcelo Finger, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Olá Marcelo, Evandro, Júlio e colegas. 

Marcelo, eu não ignorei a dificuldade de montar uma banca. Eu concordei que o modelo proposto pode ser estratégico, que é o que vc defende. Mas não há como negar que a formação da banca previamente, tendo em vista q a eliminação dos candidatos ocorre em função da banca, inverte a ordem e já insere uma subjetividade muito maior no processo, o que pode ser considerado contraditório com o princípio constitucional (não sou jurista, mas defendo essa interpretação). Um exame seletivo, em si, não é ruim, e concordo que deva existir. Mas, em sua natureza, não é uma avaliação e a proposta inverte essa ordem e confunde as coisas (é possível complicar a questão, mas, para essa distinção, sugiro conhecer o trabalho do professor Cipriano Luckesi). Por isso, é preciso por os pingos nos is e não confundir o que é justiça e o que é idoneidade. É possível uma banca não idônea em qualquer modelo? Sim, tanto quanto uma idônea. Mas no modelo "alternativo", a idoneidade do próprio processo é q está mais fortemente comprometida, independentemente do caráter de quem forma a banca. 
Agora, vamos às idealizações. A formação de uma banca "justa e balanceada" é uma ilusão em si. A dificuldade de formar a banca após a inscrição dos candidatos não cria a idealização, ao contrário, é uma forma de eliminá-la. Se a realidade das inscrições torna impossível formar uma banca "justa e balanceada", pois é, o real tem essa característica de destruir nossos sonhos tão mesquinhos, já cantava Cartola. Seja ao menos pelo fato de q a comunidade científica brasileira não conseguiu acompanhar sequer a tímida expansão de sua pós-graduação nos últimos 20 anos. Mas podemos ficar tranquilos. Na academia, as coisas só mudam mesmo quando a velha geração morre para dar lugar à nova. Mudanças estruturais não demorarão a acontecer. Isso não é opinião minha, Thomas Kuhn já sinalizava esse fenômeno na dinâmica da produção científica. 
A questão então é exatamente essa: o novo modelo proposto é estratégico, pode até facilitar o trabalho da banca, mas é em sacrifício à justiça do processo, se considerarmos o padrão de direito objetivo, e não subjetivo (em resumo: no direito subjetivo, vale a alegação do sujeito de direito; no objetivo, vale o critério estabelecido por instância alheia ao sujeito de direito, relativamente a qualquer alegação que este possa levantar). 
Agora, se a opção for pela hegemonia do direito subjetivo, não há contradição com o modelo da sociedade civil-burguesa ultra individualizada em hoje vivemos, afinal, o princípio do direito moderno é o subjetivo, pois direitos iguais aos iguais, além de ser outra ilusão, implica em licença para agir individualmente, o que também não é sinônimo de liberdade. Em termos mais científicos, o que está em questão, de uma perspectiva social, é o enfraquecimento de uma concepção republicana em favor de outra, mais liberal burguesa, ou neoliberal, se preferirem. E essa minha última afirmação tampouco é uma ilusão ou idealização, é só uma constatação. 
Nesse sentido, a posição do Júlio me parece mais coerente, embora eu, particularmente, lembro que no Brasil a indissociabilidade entre ensino e pesquisa ainda não foi juridicamente desmontada (embora, na prática, muitos colegas ainda muito primitivamente achem que dar aula é um "pedágio" pra fazer pesquisa e que, pior, uma coisa nada tem que ver com a outra). Então, entre a necessidade e o desejo há uma distância, pra dizer o mínimo. Não há relação necessária entre ser professor e ser pesquisador, mas é necessário buscar alguém que seja razoavelmente um e outro (isso sem falar em extensão). Não é um ou outro modelo de concurso que vai garantir isso, mas o modelo vigente prevê várias fases diferentes em função dessa ideia de indissociabilidade. 
Agora, se me permitem, vou dar minha opinião particular e subjetiva, q evidentemente não é dirigida pessoalmente a ninguém aqui. Acho muito sintomático que haja tanta falta de criatividade e de critérios conceituais para pensar um processo mais atualizado que atenda às necessidades e limitações reais das nossas instituições. Essa argumentação generalizada de "é injusto",  "banca justa e balanceada assim é impossível", me parece muito condizente com o jeitinho brasileiro de resolver tudo entre amigos, familiares e agregados. Pode até parecer muito lógico e razoável, mas se cavucar...
Abraços. 


Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
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lealdade, humildade, procedimento

Em sex., 15 de ago. de 2025 às 13:55, Julio Stern <jms...@hotmail.com> escreveu:
Caros: 
Meus 2 centavos... 

Na minha opiniao, toda esta discussao esta fora de foco. 
Em uma  "Universidade de Pesquisa", queremos contratar  "Pesquisadores"! 
Isto deveria ser o obvio ululante. 

Assim, a prova eliminatoria pode ser feita apenas com 
(1) Curriculo Lattes; e  (2) Projeto de pesquisa de 2 folhas (frente e verso);  So! 

Restando meia-duzia de candidatos, da para pedir uma aula didatica,
e uma palestra (ou aula de 4 horas?) sobre o tema de sua especialidade. 

Estes procuradores ficam pondo "regras objetivas" no concurso como 
se estivessemos contratando tecnico de manutencao de ar condicionado... 

Se eh para ter regra objetiva, exija-se  indices bibliometricos como h-index, i-10,
para ranquear os inscritos e eliminar todos menos o topo da lista.
Depois, avaliacao pessoal, presencial e seria com aqueles nao eliminados. 

Meus 2 centavos...  Tudo de bom,  ---Julio 
 


From: logi...@dimap.ufrn.br <logi...@dimap.ufrn.br> on behalf of Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br>
Sent: Friday, August 15, 2025 11:33 AM
To: Cassiano Terra Rodrigues <cassian...@gmail.com>
Cc: LOGICA-L <logi...@dimap.ufrn.br>; Thiago Nascimento da Silva <thiagna...@gmail.com>; samuel <sam...@ufba.br>
Subject: Re: [Logica-l] (OFF ?) Sobre seleção docente
 

Evandro L. Gomes

unread,
Aug 16, 2025, 10:15:01 AMAug 16
to Marcelo Finger, Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Olá, Cassiano, olá, Marcelo,
Olá, colegas da lista.

Claro que o tema é difícil e nenhum método é perfeito. Eu prefiro o rito de seleção em concursos com a prova escrita (presencial), eliminatória, com sorteio de pontos e correção às cegas. No fundo é a etapa mais impessoal e potencialmente mais justa dos concursos. Se outros métodos a esse sobrepõem, há o risco da encomenda da vaga a algum candidato e vice-versa. O que além de injusto e ilegal.

Quanto à dificuldade de montar bancas, ainda mais com dezenas de candidatos, há que se pensar que esse esforço vale a pena. Um cargo público será ocupado por décadas e é bom que o seja por pessoas comprometidas e competentes. No mais, acho que não devemos fragilizar nossos métodos de seleção que tem constituído um marco de institucionalidade e assegurado, no mais das vezes, bons resultados.

Saudações lógicas!
Evandro Gomes

On Fri, Aug 15, 2025 at 8:34 AM Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br> wrote:

Cassiano Terra Rodrigues

unread,
Aug 16, 2025, 10:15:01 AMAug 16
to Marcelo Finger, Julio Stern, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Marcelo, 

Já participei de uma meia dúzia de bancas ou algo assim. 
Uma delas tinha 90 inscritos. 
Abraços. 

Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
Campus do DCTA
São José dos Campos
São Paulo, Brasil
CEP: 12228-463
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Em sex., 15 de ago. de 2025, 15:11, Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br> escreveu:

Cassiano Terra Rodrigues

unread,
Aug 16, 2025, 10:15:01 AMAug 16
to Marcelo Finger, Julio Stern, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Marcelo, apenas um comentário rápido sobre a leitura pública da prova, q vc mencionou. 
Não vejo muita razão de preocupação com isso, ao menos na USP. 
Eu mesmo já fiz concurso na USP, no qual não passei, em q fomos, todos os candidatos, persuadidos pelo secretário a não presenciar a leitura dos demais candidatos, para não "constranger os colegas". Fomos informados que era praxe naquela faculdade e que a banca estava de acordo. De forma q todos leram a prova apenas para a banca.
Suponho q seja mera coincidência q o candidato aprovado não tenha dado a melhor aula, como as notas revelaram, e ainda tenha sido neto de um falecido medalhão da USP e fosse, por fim, o preferido do presidente da banca, conforme ele mesmo me falou. O que realmente decidiu o concurso foram os 2 décimos a mais de currículo q ele tinha na época e a excelente prova escrita que ele fez, cuja etapa de leitura durou ao todo 10 minutos, pois foram só 3 páginas digitadas, como o próprio vencedor revelou depois. 
Então, realmente, o modelo não garante muita coisa, principalmente se não for seguido por praxe. 
Abraços,
cass. 

Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
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lealdade, humildade, procedimento


Em sex., 15 de ago. de 2025 às 14:02, Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br> escreveu:

Julio Stern

unread,
Aug 16, 2025, 10:15:01 AMAug 16
to Marcelo Finger, Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Caros: 
Meus 2 centavos... 

Na minha opiniao, toda esta discussao esta fora de foco. 
Em uma  "Universidade de Pesquisa", queremos contratar  "Pesquisadores"! 
Isto deveria ser o obvio ululante. 

Assim, a prova eliminatoria pode ser feita apenas com 
(1) Curriculo Lattes; e  (2) Projeto de pesquisa de 2 folhas (frente e verso);  So! 

Restando meia-duzia de candidatos, da para pedir uma aula didatica,
e uma palestra (ou aula de 4 horas?) sobre o tema de sua especialidade. 

Estes procuradores ficam pondo "regras objetivas" no concurso como 
se estivessemos contratando tecnico de manutencao de ar condicionado... 

Se eh para ter regra objetiva, exija-se  indices bibliometricos como h-index, i-10,
para ranquear os inscritos e eliminar todos menos o topo da lista.
Depois, avaliacao pessoal, presencial e seria com aqueles nao eliminados. 

Meus 2 centavos...  Tudo de bom,  ---Julio 
 


From: logi...@dimap.ufrn.br <logi...@dimap.ufrn.br> on behalf of Marcelo Finger <mfi...@ime.usp.br>
Sent: Friday, August 15, 2025 11:33 AM
To: Cassiano Terra Rodrigues <cassian...@gmail.com>
Cc: LOGICA-L <logi...@dimap.ufrn.br>; Thiago Nascimento da Silva <thiagna...@gmail.com>; samuel <sam...@ufba.br>
Subject: Re: [Logica-l] (OFF ?) Sobre seleção docente
 

Cassiano Terra Rodrigues

unread,
Aug 17, 2025, 10:46:26 AMAug 17
to Abilio Rodrigues Filho, Julio Stern, Marcelo Finger, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Camaradas, uma reflexão final, q já compartilhei com outro colega. 

Dentre outras coisas, concordo q a quantidade de trabalho da banca é um ponto legítimo a ser repensado.
Mas, da perspectiva q defendo, é um equívoco defender a eliminação da prova escrita, não apenas por ser a única etapa às cegas, mas também por desvalorizar a etapa de elaboração de linguagem ordinária, p.ex., como se fosse desprezível. Há outras etapas do processo q poderiam ser repensadas, mas a vilã da história, assim como no vestibular, é a redação. Sintomático. 
Isso me lembrou q Schroedinger também lament ava o declínio da qualidade da escrita entre seus pares. 
Lembro ainda q avaliação às cegas de trabalho escrito é um instrumento de garantia de cientificidade, uma conquista da comunidade científica no século XX contra ingerências de outras ordens em seus procedimentos. Talvez esse ideal de objetividade seja mesmo uma ilusão, pois é claro q é possivel descobrir quem escreveu o quê, por uma análise comparativa. Não ouso, fique claro, discutir a importância ou insignificância das ilusões na vida social. Mas se se trata de contratar pesquisadores, então é necessário pensar se há coerência entre o método de contratação e a funçāo para a qual se contrata. A carreira de docente, gostemos ou não, inclui várias responsabilidades e exige muitas outras capacidades além da pesquisa. Há uma carreira exclusiva de pesquisador, com contracheque e legislação distintos. Lamento q neste país nenhuma das duas formações seja valorizada. 
Vou, então, deixar uma proposta específica e utópica. Em vez desse tipo de eliminação da fase da escrita e da publicidade dela (q não precisa mesmo ser por leitura pública), eu preferiria defender q o trabalho em bancas, de quaisquer natureza, fosse MUITO BEM remunerado (diárias, pro labore etc.), e não eliminar a única etapa do processo em q há avaliação às cegas. Assim também deveria ser muito mais bem remunerada carreira de pesquisador. Afinal de contas, tudo ê trabalho q passa por opcional, de menor importância, lateral, ou pior, natural... 

Mas reconheço q organizar coletivamente pra exigir direitos trabalhistas é realmente muito mais difícil do q organizar bancas. E hj em dia está cada vez menos na moda. Infelizmente. 

Saudações. 


Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
Campus do DCTA
São José dos Campos
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Tel. (+55) 12 3305 8438

--
lealdade, humildade, procedimento

Em sáb., 16 de ago. de 2025, 12:06, Abilio Rodrigues Filho <abilio.r...@gmail.com> escreveu:
Meu 1 centavo. 
Faço minhas as palavras do Júlio. 
Abraços 
A. 





Abilio Rodrigues Filho

unread,
Aug 17, 2025, 11:23:34 AMAug 17
to Julio Stern, Marcelo Finger, Cassiano Terra Rodrigues, LOGICA-L, Thiago Nascimento da Silva, samuel
Meu 1 centavo. 
Faço minhas as palavras do Júlio. 
Abraços 
A. 





Em sáb., 16 de ago. de 2025, 11:23, Julio Stern <jms...@hotmail.com> escreveu:

Bruno Lopes

unread,
Aug 19, 2025, 7:57:59 AMAug 19
to Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de LOGICA
Oi, pessoal!

Sobre o que se tem discutido acerca dos moldes de concursos, esse do CIn/UFPE está totalmente focado na pesquisa. Não estou defendendo a proposta (sinceramente não sei qual seria a melhor solução), mas esta proposta é diferente de todos os concursos que vi até agora no Brasil.

Abraços,

Bruno.

---------- Forwarded message ---------
De: Sergio Soares via sbc-l <sb...@grupos.ufrgs.br>
Date: ter., 19 de ago. de 2025 às 08:02
Subject: [sbc-l] Concurso no CIn-UFPE
To: Lista SBC <sb...@sbc.org.br>



O CIn (Centro de Informática da UFPE) está com concurso aberto para Professor Adjunto A, inicialmente com uma vaga, e possibilidade de surgimento de novas vagas ao longo de 2026, em especial pela criação do recente curso de Graduação em IA.  


Com base em concursos anteriores, a expectativa é que os candidatos aprovados tenham forte perfil e ambição de pesquisa de destaque internacional na área, e apresentem boa didática e facilidade de comunicação. Interessados podem consultar o edital geral da UFPE em https://www.ufpe.br/documents/40615/846207/EDITAL+N%C2%BA+8%2C+DE+5+DE+AGOSTO+DE+2025+-+EDITAL+N%C2%BA+8%2C+DE+5+DE+AGOSTO+DE+2025+-+DOU+-+Imprensa+Nacional.pdf/6fae427b-d1f1-4b9e-ab52-7167f0cdf958, e se inscrever online até 18/09/2025. As informações complementares da vaga específica do CIn serão disponibilizadas de forma oficial diretamente no sistema SIGRH da UFPE na forma de nota informativa para os inscritos. Em anexo apresentamos um documento não oficial como referência sobre as informações complementares. O perfil esperado é de Doutorado em qualquer área do conhecimento, com publicações de artigos científicos em veículos internacionais de destaque, nos últimos 05 anos, na área do concurso, como os veículos considerados prioritários (vide https://pesquisa.cin.ufpe.br/eventos-e-periódicos-prioritários) pelo CIn bem como em eventos CSRankings (https://csrankings.org/). Se a candidata ou o candidato tiver obtido o doutorado há mais de 05 anos, espera-se que haja evidências de independência científica especialmente em relação ao seu orientador ou orientadora de doutorado.


Inicialmente, como é tradicionalmente feito nos concursos do CIn, a vaga do concurso é ampla e teremos 18 possíveis áreas nas quais você escolherá prestar o concurso:

  1. Banco de Dados;

  2. Segurança de Sistemas;

  3. Interação Humano-Computador;

  4. Teoria da Computação; 

  5. Sistemas de Informação;

  6. Linguagens de Programação; 

  7. Matemática Computacional;

  8. Redes de Computadores;

  9. Sistemas Distribuídos; 

  10. Sistemas Computacionais Embarcados;

  11. Mídia e Interação; 

  12. Sistemas de Controle;

  13. Sistemas de Comunicações;

  14. Processamento de sinais; 

  15. Computação quântica;

  16. Criptografia;

  17. Inteligência Artificial; 

  18. Engenharia de Software.


Além disso, (i) a prova escrita será a descrição de um projeto de pesquisa em uma das 18 áreas, e (ii) a prova didática será a apresentação de um ou mais artigos do candidato em uma das 18 áreas. Em ambos os casos, a área fica à escolha do candidato.


De acordo com a Resolução nº 15/2022, que regulamenta os concursos de professores efetivos, a UFPE leva em conta, na prova de títulos, os impactos da maternidade na vida acadêmica. O período de avaliação da candidata que se tornou mãe nos últimos cinco anos terá um acréscimo de dois anos para cada filho. 


Com mais de 50 anos de existência, inicialmente como Departamento de Estatística e Informática, o CIn hoje tem 91 professores efetivos com doutorado atuando nas mais diversas áreas da Computação. Temos uma pós-graduação Acadêmica nota 7 na CAPES e uma pós-graduação profissional nota 4 (a maior nota das pós-graduações profissionais de Computação no Brasil), ambas com mestrado e doutorado. Já formamos mais de 3000 mestres e doutores nos nossos programas de pós-graduação. Além disso, o CIn conta com quatro cursos de graduação (Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Inteligência Artificial e Sistemas de Informação) de destaque. O CIn tem uma longa história de realização de projetos de cooperação com empresas, com mais de 90% do corpo docente efetivo já tendo se envolvido em projetos dessa natureza. Temos também um forte histórico de contribuição para a sociedade, tendo concebido e ajudado a criar o Porto Digital, o C.E.S.A.R., o ISI-TICs e várias empresas de sucesso.


O CIn-UFPE conta com recursos próprios para apoiar as pesquisas de docentes, discentes e pesquisadores de pós-doc. Pelo perfil buscado, os pesquisadores aprovados nos concursos são credenciados no Programa de Pós-Graduação Acadêmica assim que assumem. Se você tem o perfil desejado e não conhece o CIn pessoalmente, entre em contato com a Diretoria (dire...@cin.ufpe.br). 


Para mais informações sobre o CIn, acesse nosso site (www.cin.ufpe.br, em especial o infográfico do nosso ecossistema https://portal.cin.ufpe.br/pessoas-e-grupos/o-ecossistema-cin/), veja o nosso vídeo de 50 anos (https://www.youtube.com/watch?v=iHdK1VH-ntY), alguns dos nossos outros vídeos institucionais (https://youtube.com/playlist?list=PLA7ATVrEHleSN-ylSEqePPQbYY7T1oEN9), nossa apresentação institucional (https://bit.ly/CIn-UFPE_portugues) ou entre em contato conosco para maiores esclarecimentos.


Sérgio Soares e Ricardo Massa

Diretoria do CIn


P.S. Dúvidas específicas sobre o edital e o processo de inscrição podem ser esclarecidas enviando email para secg...@cin.ufpe.br. Dúvidas sobre o CIn e a vaga podem ser esclarecidas enviando email para dire...@cin.ufpe.br.

_______________________________________________
sbc-l mailing list
sb...@grupos.ufrgs.br
https://grupos.ufrgs.br/mailman/listinfo/sbc-l


--
Bruno Lopes
Professor Adjunto
Instituto de Computação
Universidade Federal Fluminense

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