Prezado Walter,
tenho duas dúvidas, se achar conveniente respondê-las:
1) por que você identifica verdades absolutas com teoremas? Teoremas podem
ser verdades de uma dada teoria, mas não ser de outras. Em que sentido
está utilizando verdades absolutas neste caso?
2) em que sentido você identifica verdades relativas e dedução? A verdade
parece ser um atributo de proposições, de sentenças, não de deduções.
abço,
Marcos.
> Não se trata só de traduzir linguagens. Isso é simples demais.
> Trata-se
> de traduzir relações de consequência
> (portanto, ' verdades absolutas', isto é, teoremas, ou 'verdades
> relativas´, isto é, deduções).
>> Caro Márcio,
>>
>> A resposta de Jean-Yves cobre com muita propriedade o assunto.
>> Quanto à pergunta abaixo é simples: simplificando muito e de modo
>> muito
>> resumido, duas linguagens lógicas são dois modos de formalizar o
>> pensamento. Acontece que para falar dos teoremas de uma na/ pela outra
>> é
>> preciso não apenas traduzir de uma linguagem para outra, mas interessa
>> não
>> perder a propriedade de teorema, ou seja, interessa que o que é verdade
>> num
>> dos idiomas seja verdade no outro. Comparando é como se você
>> escrevesse
>> "chove ou não chove" em Português e depois passasse para outro idioma:
>> se
>> "chove ou não chove" em Português é tautológico também deveria
>> sê-lo em
>> Alemão. Daà há que se estabelecer princÃpios para essa tradução de
>> modo que
>> no outro idioma não se perca a verdade do enunciado.
>> > Você pode explicar melhor? Pode dar um exemplo mais concreto sobre a
>> > "questão da preservação da verdade" que envolva a necessidade de
>> uma
>> função
>> > tradução entre dois sistemas lógicos? Estou falando, claro, do
>> ponto de
>> > vista da motivação e implicação filosóficas